terça-feira, agosto 19, 2008

um negócio no mínino curioso. ou não.


fui comprar um par de óculos esses dias. semana passada para ser mais exato. não sei qual é a tabela de preços de um par de óculos na cidade em que você mora. mas aqui em lisboa um par de óculos vale ouro. não, vale diamante. ok, vale ouro. é caro para cacete. o que, de certa maneira faz com que você olhe, pesquise, olhe e pesquise um pouco mais o modelo certo. e tem um negócio, como a lente custa grande parte da fortuna, digamos uns 70 por cent0, não faz sentido comprar uma armação bosta, barata. é como usar um motor de uma ferrari numa carroceria de um fusca. algo por aí. é como comprar um picasso e colocar uma moldura da ikea. é, é mais por aí. mas tem um negócio curioso. fui comprar o meu par de óculos, que, detalhe, uso apenas quando os meus olhos estão em chamas com as lentes de contato (ou seja, o pouco uso ainda dá mais dor na hora de pagar pelas armações de 18 quilates). bom, fui comprar os óculos usando, o meu único par de óculos. fui, pois-- eu queria que a mulher checasse o meu grau, e usasse o meu par de óculos antigo como base para o novo. me fodi e não. me fodi, porque ao tirar o meu par de óculos para provar as outras armações, não conseguia ver picas no espelho. não me fodi muito-- porque não tive vergonha de espremer o meu nariz no espelho para ver como estava e acho que acertei a escolha. mas enquanto eu pagava olhei ao meu redor e vi dois senhores e uma jovem provando, experimentando os óculos novos. todos com miopia profunda e segurando os óculos antigos em uma das mãos. e todos, sem conseguir ver picas no espelho. acho, e só acho, não tenho assim tanta certeza de duas coisas. a primeira: a grande maioria das pessoas que compra óculos novos se ferra pois, por usar óculos, não conseguem enxergar no espelho a porra do modelo do par de óculos novo e podem errar. e a segunda: acho que acertei na minha. ou não.

Um comentário:

Unknown disse...

Sugestão - Da próxima leve a sua mulher e lea que o ajude a escolher. É o que eu faço. Mato três coelhos com uma cajadada. Ela é mais forreta que eu, vê o que eu não vejo sem óculos e escuso de a ouvir, durante uns anos, a dizer que escolhi os óculos mais horrorosos que havia no oculista.