quarta-feira, julho 26, 2006

pensamentos do dia.

- o nome da revista caras deveria ser "veja". o nome da revista veja deveria ser "leia".

- post-its deveriam ser da cor marrom ao invés de amarelo. marrom claro cor de bosta. "se você esquecer o compromisso que está anotado nele, vai dar merda."

- esteira de bagagem de aeroporto. taí 17 minutos da sua vida que você nunca mais terá de volta.


- a torradeira lá de casa é a favor da pena de morte. não importa como você ajusta o termostato/nível de calor da caráia, ela sempre tosta as torradas até elas virarem carvão.

quinta-feira, julho 20, 2006

pensamentos do dia.

- não existe chocolate light. existe chocolate com 390 calorias ao invés de 400.

- não existe salsicha light. existe salsicha sem gosto.


- moedas de um centavo e de cinco, deveriam ser abolidas do sistema econômico. no lugar das duas, a casa da moeda ou o banco central, não sei quem é que manda nessa pourra, deveria instituir "balinhas de menta" como a nova moeda. sabe aquela balinha de menta mequetrefe de porta de churrascaria? então, a partir de agora, ao invés de ganhar cinco centavos de troco, você ganha uma balinha de menta. simples assim. o mundo inteiro iria seguir o nosso exemplo. balinha de menta no lugar daquele saco de moedas balangueando nos bolsos das calças jeans. vai por mim.

- o principal ingrediente da nutela é a heroína.

- as salas de espera de todos os médicos são financiada pela revista caras.

- as salas de espera de todos os dentistas são financiadas pela revista veja velha.

terça-feira, julho 18, 2006

a bicicleta da academia.

bicicleta de academia é pior que esteira. pelo menos com a esteira você sabe que você está andando numa máquina e não vai a lugar algum. a cada pisada naquela esteira que corre por debaixo dos seus pés, você é lembrado que não se trata de um passeio no parque. não é areia fofa. não é o gramado do parque. é uma bosta de borracha que samba debaixo dos seus pés. com a bicicleta não. você pedala como se estivesse mesmo numa bicicleta. o pedal da bicicleta ergométrica não é diferente de uma bicicleta comum. a diferença é que você não sai do lugar. bicicleta é mais traiçoeira do esteira. começando pela localização nas academias, bicicletas sempre ficam jogada na frente das esteiras. ou seja, têm sempre um bando de alunos observando você tentando encaixar os pés naquele pedalzinho escroto, cuja borrachinha sempre cede no momento em que seu pé entra. bom, outra coisa pior da bicicleta é a suadeira. como você está inclinado para frente, aquele guidon, e quando eu digo guidon, incluo também o mostrador de calorias, milhas percorridas e tempo-- bem, aquela parafernália inteira na sua frente fica completamente submersa em suor. é pura física, como a pessoa está inclinada pedalando, o suor simplesmente usa os braços como escorregas na direção do guidon. outra coisa escrota: depois de 46 minutos pedaland, 96 calorias queimadas. a esteira, por algum motivo utiliza algum fator x na calculação de calorias e pisca algo nas redondezas de 300 calorias. uma recompensa um tantinho maior que a bosta da bicicleta. e porque, apesar de não curtir a bicicileta da academia, volta e meia uso a fêla da pulta? bom, a bicicleta da academia é o único aparelho vazio quando eu chego naquela pourra.

pensamentos do dia

- um senhor bigodudo enjoa rapido de leite achocolatado.


- um senhor bigodudo prefere cerveja sem colarinho.


- um senhor bigodudo prefere mulher sem buço.

segunda-feira, julho 17, 2006

pensamentos do dia.

- a diferença entre o superman e o clark kent são os óculos. o dia em que a lois lane sugerir um par de lentes de contato, fodeu o segredo do cara.

- a diferença de preço entre uma pipoca média e uma pipoca extra gigante no cinema kinolex é 0.50 centavos. mais 300 gramas, 500 calorias e quatro colheres cheias de colesterol por 0,50 centavos. uma pechincha.


- sábado fui almoçar num restaurante que servia de sobremesa "sorvete de cerveja guinness". eu tô vendo o que esses caras (os caras da guinness) estão fazendo. aos poucos eles estão entrando em lugares, horários, partes do cardápio em que cerveja não era bem vinda. já conseguiram um cantinho no cardápio de sobremesas. pode anotar, daqui uns três meses, você vai entrar numa padaria e vai encontrar uma senhora pedindo um pão na chapa e um pint de guinness. é questão de tempo. boa estratégia.


- o pente/escova de cabelos é a kriptonita do lex luthor.


- "caráio, eu não sabia que existia 05:00 da manhã?!" (family guy)

quarta-feira, julho 12, 2006

ressaca.

ressaca da copa do mundo deve ser um sintoma comum em milhões de pessoas. bilhões, para ser mais exato. você passa três semanas e tal assistindo jogos de duas em duas horas com mesa redonda entre eles, melhores momentos e o caralho a quatro e, de repente acaba. acaba a copa, acabam os anúncios e comerciais sobre o hexa, os gols, as estrelas na camisa. aquele clássico comercial da família que acorda cedo para colocar a amarelinha. acaba tudo. é foda. é tudo muito sem aviso, como um soco na boca do estômago. uma hora você tem jogos passando, reprisando e em ângulos diferentes em três canais. e, basta a pourra da copa acabar, para você ligar a caceta da tv e nada. só passa vídeo-show, ana maria braga e vale a pena ver de novo. não fódi. mas nada mesmo. acabaram as discussões sem fim sobre a qualidade do gramado, sobre a paisagem e a hospitalidade dos alemães. aquela rotina que você tinha se acostumado já era, meu amigo. boa sorte se re-ajustando. boa sorte arrumando o que fazer naquelas horas em que passava togo e suiça, equador e coréia do sul. você pode ficar sentado coçando a sáca, tentando entender que a copa realmente acabou e que é hora de fazer alguma coisa interessante com o seu tempo livre. mas não dá. você está de ressaca. tem até uma leve dor de cabeça. uma dor de cabeça fina. daquelas que começam na nuca e vão explodir no centro do crânio. seu corpo tem uma puta dificuldade de absorver essa informação. de que a copa acabou. é, acabou. é hora de respirar fundo e aprender que duas da tarde não é hora de assistir jogo. quatro da tarde então, nem se fala. pourra nenhum, se concentra que a copa só volta em quatro anos meu amigo. quer chorar? chora. quer gritar "gol!' pela janela. grita. mas entenda que não tem mais jogos. não tem mais jogo da argentina para torcer contra, muito menos jogo do brasil para torcer a favor. é difícil. mas uma hora a ficha cai e de repente, quando você menos espera, lá estará você tranquilo e com planos para a copa da áfrica do sul. e em quatro anos, a história se repete. os jogos. a ressaca. e a espera pela próxima. seleção fêla da pulta.

segunda-feira, julho 10, 2006

tagliatelle.

não sei a diferença entre tagliatelle e fetuccine. não sei nem se é assim que se escreve os dois. bom, me lembro de uma crônica do veríssimo daquela coletânea "comédia da vida privada" em que um moleque pertubava seu avô italiano com perguntas bestas. um dia, ele levou o velho a loucura quando teorizou, com certa destreza, que todo tipo de massa era igual. só mudava o formato. o que importava eram os molhos, as carnes que acompanhavam e a qualidade do queijo. no livro, pelo o que eu me lembro, o moleque foi enxotado para fora e só não levou porrada do avô de mão aberta pois o avô, bem, o avô já tinha seus oitenta anos. pensei nisso esse fim de semana. é sempre no fim de semana que se discute comida. é no fim de semana que se come em cantinas, churrascarias, pizzarias e restaurantes portugueses, árabes, indianos e japoneses. era sábado, estava lá eu em casa com a minha mulher prestes a entrar no milenar debate de onde comer. que lugar ir? será que hoje é dia de churrasco? ou será que hoje é dia de encarar uma pizza? conversa vai, conversa vem, surgiu a idéia de comer massa, uma cantina italiana. era final de copa, a itália estava presente, quem sabe as cantinas não se empolgam, com pratos do dia sensacionais como nunca fizeram antes? e foi aí, no momento em que pegava a chave do carro que eu me deitei de volta no sofá. não de cansaço, não. mas completamente certo de que não podia ir em frente com aquela escolha. ou melhor, que não deveria ter concordado com aquilo. abri meu coração, contei a verdade. olhei no fundo dos olhos da minha mulher e disse: "massa é tudo igual, só muda o formato!" senti uma pontinha de tristeza nela, afinal, ela definitivamente não concorada comigo. admira massa e suas variações. admira tudo que é comida italiana. e eu, ali, no sofá, repeti: "massa, é tudo igual, só muda o formato." olhei para o chão como quem pede desculpas e ela entendeu. ou fingiu que entendeu. acabamos num restaurante japonês. e, depois de temakis, tekamakis, sushis, uramakis, ela olhou para mim e disse: "já notou que..." e eu, com a boca cheia de sushi completei: "...sushi é tudo parecido, só muda o formato..." você ai do outro lado pode argumentar que mudam os peixes também. mas no fundo no fundo, o que muda mesmo é formato. do cone para os rolinhos, com alga, sem alga, com alga para dentro, com alga para fora. com salmão picado. com salmão inteiro. e por aí vai. pra compensar, no domingo comi massa. não sei se foi tagliatelle ou fetuccine. não sei ver a diferença.

quinta-feira, julho 06, 2006

pensamentos do dia.

- se a frança ganhar ela fica com dois títulos. se os italianos ganharem, eles ficam com quatro. mas, mesmo sabendo que se a itália ganhar, vai se aproximar do brasil, torço para que isso aconteça. eu durmo todas as noites sonhando com uma única coisa: que aquele goleiro fêla da pulta da frança, o barthez, perca umas duas noites de sono. sílvio santos: "erick, o que você prefere... um carro zero quilômetro e uma cozinha completa, ou ver o goleiro da frança chorar copiosamente que nem uma franga?" e eu: "sílvio, quero ver aquele filho da puta chorando, soluçando..."

- comi uma salada hoje com maçã como ingrediente. é como comer um sanduíche com feijão como ingrediente, ou pelo menos parecido. um ingrediente fora do seu habitat natural. a maçã numa salada. o feijão num sanduíche.


- halls tipo preto arde. listerine azul escuro arde muito mais. bolada no saco durante uma pelada, arde muito, muito mais.

terça-feira, julho 04, 2006

pensamentos do dia.

- paguei um mês de academia adiantado. oito dias depois, ainda não fui nenhuma vez. mas mesmo assim me sinto melhor, mais em forma. é o efeito placebo. o efeito psicológico de ser membro de um clube, de uma academia. é como se uma pequena porção do meu cérebro transmitisse para o corpo a informação de que eu faço parte dessa academia. tenho carteirinha para provar. e por isso, o corpo, automaticamente passa a se portar como se estivesse num shape mais bacana. é apenas psicológico. mas por algum motivo funciona.

- algodão-doce são duas mil calorias com peso de trinta.

- rúcula são vinte e seis calorias com peso de vinte e seis.

- o que é maior, o big-mac ou o big bob? quem bate em quem? quem causa uma maior azia? quem preenche mais a pança alheia? o vencedor terá o direito indisputável de ser o único a ser chamado de "big.

- toda batata que comete algum crime no campo, na plantação-- é condenada a fritadeira elétrica.


domingo, julho 02, 2006

o brasil, o domingo e a musiquinha do fantastico.

poucas combinações são tão mortais. você pega uma pitada de brasil fora da copa do mundo, adiciona um dia de domingo de inverno nublado e coloca duas colheres cheias de musiquinha do fantástico. meu amigo, se isso não te deixar puto com o saco na lua, você precisa de ajuda. mas ajuda daquelas brabas. se hoje fosse uma terça-feira, no meio de uma semana, beleza, o dia ia acabar engolindo você, e, quando você menos esperasse lá estaria você no meio de uma reunião com os olhos fincados numa apresentação de powerpoint no vigésimo terceiro slide. você ainda estaria puto com a derrota do brasil, mas, quase sem querer já estaria com outras preocupações na cabeça. o problema com a porra de um jogo desses num sábado, uma derrota num sábado a tarde, é que você tem o domingo inteiro pra ficar brocoxô. ficar nutrindo aquela sensação escrota de mais uma vez ver o caráio do zidane foder com a sua semana. com a sua copa. aí, vem o fantástico, aquele programa que todo mundo diz que não assiste, mas assiste religiosamente todos os domingos. vem o fantástico como acontece desde que você é moleque. com aquela musiquinha mortal. aquela musiquinha que te avisa que amanhã é segunda. vem o cid moreira e anuncia com aquele vozerão que o maurício kubrusly, aquele repórter ambulante está agora na casa do caralho experimentando um salsichão com mostarda feito por uma freira simpática que mora num monastério perto de frankfurt. aí você fica ainda mais puto. puto pra cacete. porque sabe, mas sabe no fundo do coração que você tinha certeza que o brasil ia ganhar a copa. a musiquinha do fantástico te dá um beliscão no braço e diz: "acorda moleque, deixa de ser palhaço, vai chorar essas mágoas no travesseiro e dormir, porque amanhã você tem trabalho..." o brasil, o domingo e a musiquinha. se eu fosse algum político influente daqueles que conseguem instituir leis com o rabisco de um caneta, mudaria a data dos jogos da copa. não todos os jogos. mas os jogos das oitavas, das quartas, das semis e da final. esses que se você perder, fodeu, tá fora. é, porque, puta que pariu, eles sempre acontecem num fim de semana desses de inverno. e, quando o brasil perde, fico aqui eu mais um país inteiro tendo que escutar a pourra do pedro bial no fantástico com suas crônicas sobre a bola que rola, que deita que morre no fundo do gol para o despertar de uma nação...blá...blá...blá... vai da meia hora de bunda. ainda me lembro do gol do cannigia na copa de 90 que eliminou o brasil. me lembro dos 3 do paolo rossi de 82. me lembro do goleiro francês de 86 que pegou o penalti do zico. me lembro do terceiro gol da frança em 98. todos ou no sábado ou num domingo de inverno. igual a esse fim de semana. todos com uma musiquinha do fantástico ao fundo pra te deixar ainda mais puto. que fosse numa terça-feira. caráio. francês fêla da puta.