quinta-feira, março 30, 2006

três pensamentos do dia.

• a coca-cola light mudou de sabor. vai dar meia hora de bunda. eu gostava do sabor antigo e ninguém me perguntou picas.

• a impressora lá de casa é tintólatra.


• o primeiro astronauta brasileiro vai ficar uma semana no espaço. amanhã é dia 31. amanhã também é o dia que ele vai acordar suado na nave, puto por ter esquecido de colocar as contas no débito automático.

a colher.

tem um episódio de seinfeld em que ele filosofa sobre as vantagens dos talheres, especificamente o garfo e a faca. e como, o garfo e a faca são infinitamente superiores aos palitinhos que os japoneses e chineses usam. como é difícil entender como um povo reconhecidamente sábio prefere comer com o auxílio de palitinhos de madeira ao invés de garfo e faca. bom, mas como você pode ver pelo título deste textinho, o meu argumento, a minha cagação de regra é em favor da colher. acho, sinceramente, que deveríamos trocar o garfo e a faca pela colher. as vantagens são infinitas. pra começar, a colher vem de criança. o aprendizado da colher vem de pequeno. você cresce dominando a colher. pode notar, uma vez que a criança começa a tentar domar o garfo e a faca, fodeu. mas, na minha sincera opinião, o argumento mais forte para substituir permanentemente o garfo e a faca pela colher é que a colher ocupa apenas uma das mãos. é meu amigo, é uma coisa óbvia, mas é a mais pura verdade. colher ocupa apenas uma das mãos. e, se você pensar, jantar é um ato social em que você interage com pessoas. e, uma mão livre ajuda bastante. eu sempre me fodo com o garfo e a faca. até hoje, 31 anos depois, preciso inverter o garfo e a faca na hora de cortar, na hora de serrar o bife. é um troca, troca de garfo e faca, faca e garfo, que volta e meia jogo mini-poças de feijão sobre a mesa. grãos de arroz sobre convidados e lascas de bife no colo. outra vantagem da colher é que colher não vaza. outro ponto óbvio, mas que quando você está comendo um nhoque ao sugo, e entra numas de engolir cada gota do molho, ajuda. tente pescar o molho com o garfo. cai pelos buraquinhos e te deixa puto. aí você deve estar pensando: "pau no cu da colher, como é que eu vou cortar o bife?" a resposta é simples. eu proponho que a colher tenha um dos lados mais afiado que o outro. aí, na hora de cortar o bife, basta apertar um pouco o bife com a colher para picotar a carne. simples assim. quer ver outra coisa que é foda de garfo e faca? as frescuras dos restaurantes. você pede um peixe ao invés da picanha? lá vem o garçom trocando os seus talheres, tira a faca e coloca aquele coisa esquisito para comer o peixe. vai comer salada? ah, então que tal comer com um garfinho e uma faquinha pequenina? hein? as vantagens são infinitas. sai o garfo, sai a faca, fica a colher. um só talher. universal. para todos os povos. para todas as idades. desde pequeno. só a colher. vai por mim.

quarta-feira, março 29, 2006

três pensamentos do dia.

- walkman é para escutar música andando. runningman é para escutar música correndo.

- completei o tanque do meu carro ontem com gasolina comum, custou R$102 mangos. a pergunta que não quer calar: quem manda o carinha do posto completar com gasolina aditivada premium?

- acordei hoje 06:40 e pensei: "ah, foda-se, vou dormir mais cincão! cinco minutos!" me virei para o lado e quando abri os olhos já eram nove da manhã. não fodi. eu tinha a mais absoluta certeza que eu e alguma porção do meu cérebro tínhamos entrado num acordo, pourra.

o tempo e a falta de

o dia tem 24 horas. vinte e quatro. nem mais, nem menos. bom, aí você acorda sete e tal, toma um banho bacana, faz a barba, joga uma camisa por cima e parte para o trabalho. você chega ao trabalho entre nove e dez. vamos fechar em nove e meia. reunião, email, email, email, reunião, almoço, apresentação, trabalho, telefone, trânsito, quase nove da noite. você chega em casa nove e uns quebrados. aí, você chega, bate um papo rápido com a sua mulher ou marido e janta. jantou? dez da noite. se você tem filhos, onze. aí você parte para o banho, conversa mais un tanto, escova os dentes, joga duas mãos de água no rosto e cai na cama. o dia seguinte é meio replay do começo deste textinho. agora, vamos aos dias que você tem fôlego para sair direto do trabalho para algum lugar. vai que dos cinco dias que você trabalha, dois você sai com amigos, familiares ou com os dois. você, conseguiu se encontrar com duas pessoas, ou dois casais. ou com um grupo maior, se uma dessas saídas for a um bar daqueles com mesas grandes com 32 pessoas. mas você sabe, numa mesa dessas, de 32 pessoas, você só fala com 4. falar, falar mesmo, se lembrar de tudo que você falou, só com 4 pessoas. o que é quase a mesma coisa que sair com os dois casais de duas frases atrás. bom, agora o fim de semana. o fim de semana é o tempo mais livre que você tem. no fim de semana você viaja, você liga para os pais, lê jornais mais grossos, assiste filmes no cinema e frequenta restaurantes como churrascarias e cantinas italianas. ou seja, no fim de semana, apesar de parecer em tese que você vai fazer uma caráiada de coisas, encontrar uma porralhada de gente, você acaba fazendo coisas que consomem o seu tempo. não necessariamente chatas. mas que consomem o seu tempo. e, quando você menos espera, fodeu, é segunda-feira. e começa tudo de novo. aí você deve estar aí coçando a cabeça (ou não) e pensando: "porra, conclui logo esta merda!" ok, ok. o ponto é o seguinte, está cada vez mais complicado de encontrar conhecidos, amigos e até mesmo família. pourra, não sobra tempo. é você pensar em ligar para um amigo e quando você coloca os dedinhos no teclado do telefone para ligar, a semana já deu uma outra volta. já é semana que vem. falando nisso, tenho que ligar para um amigo que deixou um recado no meu celular para a gente marcar de almoçar. o fêla da puta ligou tem duas semanas. fêla da pulta.

terça-feira, março 28, 2006

três pensamentos do dia.

- comprei uma manteiga chamada "leco ao mel". manteiga com mel, que já vem misturada. e, enquanto eu passava no pão, (é bom pra caráio) comecei a pensar como eu não faço mais nenhum esforço físico. até o ato de misturar o mel e a manteiga no pão, já se encarregaram de fazer para mim. aí bateu uma preguiça.

- comi um cachorro-quente frio.


- porque o post-it é amarelo e não vermelho? do tipo: "alerta vermelho, lembra dessa bosta senão pode dar merda!"

a camiseta pólo azul piscina.

anos atrás ou meses, não me lembro ao certo quando, escrevi aqui sobre uma camisa salmão que eu não conseguia usar: "o exílio da camisa salmão." bom, hoje, pela vigésima vez, esbarrei numa camisa pólo azul piscina. daquelas piscina regan. azul bebê. sabe? então, não consigo colocar a fêla da puta. cheguei a pegar ela da gaveta, e pensei: "caráio, essa camisa combina com jeans..." mas... não. coloquei, tirei. coloquei, tirei. e comecei a pensar o que me levou a comprar a fêla da pulta. pensei, olhei para a camisa, pensei, olhei para a camisa e foi aí que eu caiu a ficha: caí no conto da liquidação. ano passado entrei numa loja dessas transadinhas em busca de um jeans. e, a caminho do provador, bati de frente com um bolo de roupas em promoção. uma montanha daquelas com uma plaquinha com o preço em cima. neste caso com uma placa com o tamanho do desconto: 70%! é, setenta por cento. o que, cá entre nós, é foda. setenta por cento grita: "compra essa porra meu irmão! compra caráio! pelamordedeus, compra!" e eu comprei. levei a camisa azul piscina. levei para o fundo do meu armário. de onde ela nunca mais saiu. essas promoções, liquidações, deveriam ter obrigatoriamente um aviso do tipo: "você periga nunca usar esta porra! e só vai comprar porque está barato!" é uma pena, mas é um fato. quantas vezes o descontão te pegou de jeito e quando você se deu conta, lá estava você levando uma camisa branca de linho, daquelas que amarrotam quando você respira. mas voltando a camisa azul piscina. assim como a camisa salmão, ela também tem uma cor pastel. aquele azul que não arde a vista nem chama atenção. azul bobo. acho que é uma maldição das camisas cor pastel: viver no exílio. para sempre. a camiseta pólo azul piscina fica sempre lá me espiando, me olhando de canto de olho. implorando para ser usada. pelo menos experimentada. é uma pena, mas hoje não foi o dia dela. quem sabe amanhã. a camiseta pólo azul piscina.

segunda-feira, março 27, 2006

três pensamentos do dia.

- em 2018, a dança da garrafa voltará. reciclada.

- quando eu era moleque, minha tv tinha 5 canais. hoje tem 82.

- tenho medo de altura e de profundidade. ou seja, ou moro nos primeiros andares ou numa casa. nunca no subsolo.

o replay dos casais®

dia desses fui fazer um curso de padrinho. é, parece que agora, para ser padrinho de uma criança, você precisa assistir uma palestra com uma tiazinha. uma palestra de duas horas num sábado pela manhã. no subsolo da igreja mais perto da sua casa. e a parada é cedo , não adianta ficar de putaria e chegar meia hora atrasado que a tiazinha de chuta de lá. ok, ela não chuta, mas pede educadamente para você se retirar e voltar no sábado seguinte. mas não é sobre a tiazinha que eu queria falar, mas sobre um negócio que eu observei durante a mini-palestra dela. bom, a tiazinha passou a manhã lecionando os casais que lá estavam presentes: "quando a mulher estiver com a razão, o marido deve respeitá-la e pedir perdão...", "quando a mulher estiver nervosa, o marido deve entender e dar espaço...", "quando o marido fizer cagada, ele deve rezar um pai nosso.... e madar flores..." e o mais engraçado é que enquanto ela falava essas coisas... tinha sempre uma mulher ou um homem, presente no curso que beliscava o marido ou a mulher e sussurrava: "te disse!', "escuta ela!", "eu estava certo(a)!". e foi, observando essas micro-cenas que eu pensei num negócio: o replay dos casais®. é a mesma idéia por trás do replay do futebol, mas para os casais. pintou alguma duvida num lance? replay nele. a mulher acha que você deu uma resposta grossa para ela? replay na resposta. você acha que a risada que a sua mulher deu ao final da piada que você contou, foi falso? replay no comentário dela. replay nisso. replay naquilo. replay. cada pessoa teria direito a fazer três intervenções, três replays por semana. dessa maneira, as discussões acabariam no ato. sem cu doce, gelo e frescuras. sem nenhuma duvida. ninguém circularia por aí com aquela nuvenzinha escura sobre a cabeça. o replay dos casais. a parada pode até não dar certo, o que é muito provável, mas não custa tentar.

sexta-feira, março 24, 2006

três pensamentos do dia.

- é impossível fazer um sanduíche de queijo minas quente (um mineiro-quente) idêntico ao da padaria. impossível.

- o melhor presente para dar de uma lista de casamento é a "galeteira" (aquele conjunto com o porta-azeite, o porta-vinagre, saleiro e o pimenteiro) o casal vai lembrar de você em todas as refeições: "o erick é tão bacana né... não sei porque , mas tive a vontade de falar isso.. amor passa o sal..."

- já estamos quase no mês 4. e caráio, ainda me lembro do reveillon... não fódi. acho, só acho, que a porra do ano está passando mais rápido que o normal. 1/3 do ano já se foi. na boa, tem alguma coisa rolando. algo de sujo, sinistro. alguma conspiração das horas. fica esperto.

a loja de azeite.

passei na frente de uma loja de azeite no morumbi esses dias. loja de azeite. não sabia que existia isso. e até que a loja estava cheia. mulheres e senhores analisando garrafas de azeite como quem segura uma carteira de couro importado, como quem analisa um par de sapatos gucci. azeite. achei estranho. azeite pra mim sempre veio de graça, na mesa, junto com o sal e a pimenta, no canto da mesa para esfregar o pão. "garçom, traz o azeite e mais uma cesta de pão!" e o garçom trazia sem cerimônia ou sem cobrar mais por isso. eu nunca recebi uma conta de restaurante com "azeite" especificado nela.o dia que isso acontecer acho que vai rolar um quebra-quebra generalizado no restaurante. bom, mas voltando a loja de azeite no meio do shopping morumbi. que fica localizada num ponto nobre, vamos deixar bem claro. comecei a pensar: "como é que uma loja de azeite consegue pagar o aluguel?", "quanto custa uma caráia de latinha de azeite?", e a pergunta mais importante: "quem é que compra?" é, porque não consigo me imaginar pagando 100 mangos numa latinha de azeite. não consigo me imaginar saindo de casa, enfrentar o trânsito para voltar com uma latinha de azeite socada na mochila. fico imaginando de quem foi a brilhante idéia de abrir uma loja dessas: "amor, tive uma idéia... mas é uma idéia boa, vamos pegar todas as nossas economias e vamos abrir uma lojas de azeites... sabe?" e o marido, puto, por ela ter interrompido o jogo de futebol que ele estava assistindo responde: "ok, ok, ok, azeite..." e, num belo dia, a mulher do cara abre a porra da loja. e, desde então faz de tudo para convencer as pessoas a entrarem lá gastar fortunas em litros de azeite. imagina outra cena curiosa-- um marido chega em casa e fala para a mulher: "amor, cancela aquele pacote de férias nas ilhas gregas... gastei tudo em azeite!" a loja do azeite. o próximo passo é a expansão. você sabe, nesse nosso mercado capitalista, uma só loja de azeite não basta. o próximo passo é abrir uma loja de vinagre. mas só se for ao lado da de azeite.

quinta-feira, março 23, 2006

quatro pensamentos do dia.

- uma das maiores invenções da humanidade não é o celular, mas o identificador de chamadas do celular.

- dia desses sonhei em francês. não sei falar francês.

- formiga sofre de diabetes?

- será que se eu dormir de óculo de grau, terei sonhos mais nítidos?

meia "expresso do oriente". meia "leonardo da vinci pré mona lisa".

pizza é provavelmente uma das coisas mais gostosas que existem. se não for a melhor. pizza fina. média. crocante. com queijo borbulhando. caráio. não tem quem não goste de pizza. se vc não gosta de calabresa, gosta de muzzarela. e vice-versa. não tem erro. massa fresca, bastante queijo e molho de tomate. depois é só escolher aleatoriamente mais uns ingredientes e inventar o nome da pizza. e é exatamente sobre isso que eu gostaria de falar. os ingredientes. os nomes. as invenções. exemplo: você vai a uma pizzaria, e no cardápio ao invés das pizzas clássicas, encontra uns troços muito cafuzo. primeira pizza do cardápio: raspas de abobrinha com gengibre, linguiça toscana e queijo emental. aí se você quiser essa pizza--com esses ingredientes, você chama o garçom e pede por uma "michelangelo renascentista", ou algo parecido. na linha de baixo, outra invenção: presunto de parma em cubos, com tiras de mamão papaya e salmão repicado sobre queijo bola. aí se você quiser essa: é a "cinema paradiso clássica". sei lá. nada contra uma invenção aqui e outra alí. mas na minha modesta opinião- -pizza é pizza porra! não fódi. é marguerita, calabreza, portuguesa e muzzarela. no máximo capitury. caráio. o negócio é pra ser prático e simples. pra comer com as mãos. e os cara ficam cafuzando tudo. dia desses fui a uma pizzaria ¬á perto de casa e perguntei se tinha pizza muzzarela. o carinha olhou para mim e disse: "a gente não tem pizza muzzarela, temos a pizza 'gladiador de roma em chamas', que até tem muzzarela, mas com raspas de goiaba e um toque sutil de manjericão banhado no azeite virgem extra cultivado de azeitonas pretas da namíbia oriental! e, se você quiser eu posso conversar com o pizzaiolo, que é muito amigo meu e quem sabe ele não quebra um galho pra você?!" aí eu olhei pra ele, respirei fundo e disse: "vai da meia hora de bunda!" ok, ok, não disse isso. mas deu vontade. caceta, está ficando quase impossível comer um triângulo de pizza como eu fazia quando era moleque. se eu tivesse um din din guardado, abriria uma pizzaria. com apenas 4 sabores no cardápio. somente os clássicos. não sei se faria uma fortuna. mas--facilitaria a vida de muita gente. não fódi.

terça-feira, março 21, 2006

três pensamentos do dia.

- as vezes, só as vezes, eu compro um kinder ovo e fico torcendo para encontrar uma nota de 100 reais lá dentro.

- o barney, amigo do fred flintston, tem cara de ser um dos amigos mais bacanas de todos os tempos.

- dia desses joguei "war" e conquistei a américa do sul, oceania e mais 18 territórios. sem matar ninguém. o dado bateu na mesa e sem querer bateu no olho de alguém, mas não matei ninguém.

"é isso aí..." - a invasão.

não sei se você tem o costume de escutar rádio. eu, geralmente acordo com ele. escuto um tantinho a caminho do trabalho e mais um pouco na volta. mas, existem outros lugares em que, quase sem querer dou umas mini-escutadas. elevador de shopping, taxi e música ambiente de restaurante. e é aí que entra título desse textinho: "é isso aí..." bom, para quem não sabe, esse é o nome da música mais tocada dos últimos 100 anos no brasil. no universo intergalático. eu aposto um pirulito que vira chiclete com que você vai escutar essa música antes de se deitar hoje. é um fato. não tem jeito. é praticamente impossível fugir dessa música do "seu jorge e da ana carolina". quem mandou esses dois adaptarem essa música? quem? pelamordedeus, quem? as vezes eu tento escapar, mas não dá. você está lá de bobeira e a porra da música começa a tocar na novela da globo, aí você pensa: "vou fugir?"e pula de canal e o “seu jorge” está sendo entrevistado na marília gabriela e dá uma canja. bom, aí você pensa, vou pular uns trinta canais, quem sabe lá não tem “é isso aí...:” mas tem. agora é a ana carolina que está cantando num intevalo dos "seinfeld" no music news da sony entertainment televison. “é isso aí...” toca tanto, mas tanto que a fêla da puta da música entra na sua cabeça, e sequestra todos os seus neurônios. um por um. e, quando você menos espera, lá está você cantarolando “é isso aí...” aí, é você que entra num elevador cantando esta pourra e todo mundo começa a cantarolar junto. “é isso aí...” é uma espécie de vírus que se espalhou pelo país e não tem fuga. não tem antídoto. não tem uma porra de uma injeção capaz de te proteger das notas musicais desta canção. ela entra na sua cabeça com o primeiro toque do alarme e vai te dando umas porradas, uns tapas de mão aberta, no decorrer do dia. nada contra a música. nada mesmo. o foda é que cada dia que passa tenho mais dificuldade de para de cantarolar a fêla da puta. toca demais. “é isso aí...” é como aquelas múmias de filmes de terror antigo que não adianta você correr, ela sempre te alcança no final. fique esperto, a qualquer momento você pode escutar essa música. fique esperto, a qualquer momento ela pode entrar na sua cabeça para nunca mais sair. fique esperto. antes, que seja tarde demais. é isso aí...

segunda-feira, março 20, 2006

dois pensamentos do dia.

- se você passar hidratante numa uva-passa, ela volta a ser uma uva?

- quando eu era moleque, minha casa tinha quatro pratos que sempre se alternavam no decorrer da semana: arroz, feijão, batata-frita e bife. bife, batata-frita, feijão e arroz. arroz, batata-frita, bife e feijão. e, feijão, bife, arroz e batata-frita.

sir pert.

quem foi pert? apesar do nome de lorde inglês: "sir pert", ninguém sabe ao certo quem foi pert. a expressão: "chupar cana e assobiar ao mesmo tempo" deve ter surgido com pert. quando criança, pert devia ser aquele moleque na escola que dominava matemática, sabia de cor a tabela periódica, os mapas e os livros de história. grande pert! talvez pert não era um lorde inglês. pert era suíço. o sujeito por trás da invenção do canivete, mas que provavelmente esqueceu de registrar a patente. "a patente! a patente do canivete suíço!" essas podem ter sido suas últimas palavras. quem sabe ainda, pert foi um gênio incompreendido. tinha mil idéias. queria realizar todas ao mesmo tempo. pegou fama de maluco. "quem, o pert? pert era um excêntrico!" tinha três esposas. meia dúzia de filhos e era um pai exemplar para todos. em nenhuma enciclopédia você encontra uma foto do pert. apenas em rodas de conversas e anedotas. todas elas com um ponto em comum. pert era um gênio. um cara que conseguia fazer de tudo um pouco. um sujeito tão especial que quando não tinha ninguém pra pegar no gol na pelada da firma, pert se oferecia e ainda era o menos vazado. uma coisa é certa, pert deixou um legado. pert escreveu seu nome na história. pert. em várias línguas, em todo o mundo. pert está em todas as casas. pert é lembrado diariamente por homens, mulheres e crianças. é, porque, pert pode ter partido, mas deixou para trás o grande "pert plus". o shampoo que leva seu nome. pert aprendeu. pode ter esquecido de registrar a patente do canivete suíço. mas pert não é bobo. registrou a patente do shampoo. aquele que além de shampoo, também é condicionador e remédio ani-caspa. grande pert. sir, pert.

sexta-feira, março 17, 2006

três pensamentos do dia.

- estava sem lente de contato, com sono, sem óculos e sem querer ajustei o meu rádio-relógio para duas da manhã ao invés de meia noite. acordei duas horas mais cedo sem saber, tomei banho, me vesti e só fui descobrir que ainda era cinco da matina quando liguei a tv e estava passando telecurso 2º grau. tarde demais.

- zorro tinha um irmão chamado mário. na primeira vez que ele foi "rabiscar" com a espada a letra "m" no corpo de um cara, demorou muito e se fodeu.

- não escrevo uma carta com selo desde 1999.

a unha do meu dedão do pé.

a unha do meu dedão do pé é afiada como uma espada samurai. corta aço. corta tecido. corta madeira. não sei porque, nem como. só sei que ela é assim. e não adianta cortar, tem sempre uma quina, uma pontinha que fica pra fora, pronta para atacar. pronta para tirar um naco do pé da mesa de jantar. a unha do meu dedão do pé é tão, mas tão afiada que eu não poderia entrar num país como os estados unidos sem escolta armada. a unha do meu dedão do pé é letal. compro sempre um tênis com um número maior, para não correr o risco de ter a unha fodendo com a frente dele. minha mulher morre de medo. em respeito a ela, durmo de meias. ou melhor, em respeito as canelas dela, durmo de meias. outra razão de ter um tênis com um número maior é que quando eu estiver em perigo, posso simplesmente lançar o meus tênis a distância e me defender. cortar o assaltante em pedacinhos. filé de assaltante. essa minha unha não é nojeta. muito menos, suja. ela, por algum motivo possui uma quina, uma ponta cortante, dura e firme como aço inox. é o "dedo ginsu". meu amigo, tenho muito orgulho da unha do meu dedão do pé. como ela me sinto mais seguro. com ela ninguém se atreve a chegar perto. a unha do meu dedão do pé é uma espécie de arma secreta. ou era, até eu escrever sobre ela, aqui.

quinta-feira, março 16, 2006

três pensamentos do dia.

- porque batatas fritas não são chamadas de fritas francesas ("french fries")?

- se você estiver lendo o jornal, e uma pessoa pedir para você ler o horóscopo para ela, leia o que está logo abaixo do dela. é a melhor maneira de ajudar essa pessoa a nunca mais perder tempo com isso.

- tem um post-it no meu monitor que eu grudei em novembro de 2005, quero ver até quando ele aguenta. (eu não preciso mais da informação, mas preciso ver até quando ele aguenta...)

a prisão perpétua dos peixes.

dia desses fui num restaurante que tinha um aquário dentro. daqueles grandes com peixes coloridos, grandes, médios e pequenos. acabei sentando numa mesa perto do aquário. de onde eu estava eu podia ver os peixinhos com a cara colada no vidro abrindo e fechando as boquinhas. bom, sem pensar muito, pedi um salmão. é, um salmão grelhado com molho de maracujá e uma salada verde. acho que foi o primeiro item que eu vi no cardápio e para ser sincero não pensei duas vezes. o salmão chegou, fatiei o bicho, e soquei garganta abaixo. delicioso. mas, foi só depois, depois de comer o peixe que eu me toquei da cagada. da crueldade que eu tinha submetido os peixinhos. caráio, comi um peixe enquanto outros peixes assistiam da primeira fila. caceta, como é que eu fui fazer isso? como? o que eu fiz é o equivalente a um canibal comer uma pessoa enquanto eu assisto tudo de uma jaula bem pertinho. ou pelo menos, é quase isso. bom, e foi pensando nesse ato bárbaro e cruel que eu comecei a pensar nos peixes. nos peixinhos do aquário. aquele aquário alí no meio de um restaurante que serve peixes como prato principal, é uma prisão perpétua da pior espécie. aquele aquário alí é uma espécie de "bangu 1" do mundo, do universo dos peixes. a "alcatraz". a prisão de segurança máxima. os peixinhos que mataram outros peixinhos e foram condenados a morte, vão para aquele aquário. os piores da espécie. todo peixe que é "fêla da puta" vai para lá. só pode ser. "você, peixe listrado, com barbatana esquisita, foi condenado a passar dez anos no aquário do restaurante cuja especialidade é frutos do mar... e uma vez lá, assistir outros peixes serem devorados com requinte de crueldade máxima...."

quarta-feira, março 15, 2006

dois pensamentos do dia.

• os paralamas do sucesso criaram um nome que desde o início exerceu grande pressão sobre o grupo. convenhamos que o nome é tanto pretensioso "...do sucesso". caráio, imagina o drama na hora de compor cada música: "não, não, herbert, essa música é legal, nota 8, mas a porra do nome do grupo é do sucesso! cacete, a música tem que ser do caralho! não pode ser mais ou menos."

• rodasol é a kriptonita do homem-aranha.

o cara do ibope. cadê o fêla da pulta?

o cara do ibope nunca foi na minha casa. taí uma coisa que eu sempre achei estranho, ou no mínimo curioso. é. porque todo programa tem lá os seus números de ibope. e, se cada número representa uma caralhada de casas, como é que até hoje ninguém foi bater lá em casa com uma pranchetinha na mão? será que eles tão me incluíndo nessa conta? e o meu vizinho? também nunca vi ninguém com crachá do ibope e pranchetinha-- na casa do vizinho. para ser sincero, nunca vi um fêla da puta desses entrando no meu prédio, descendo o elevador, muito menos em pé lá fora pedindo autorização para entrar e entrevista o sr. ariovaldo do 81. pensando bem, não conheço ninguém que já tenha visto o cara do ibope. o que se você pensar, é muito esquisito. o cara do ibope é como o monstro do loch ness. como o pé grande. como elvis. você escuta por aí histórias que o cara do ibope existe, vê as pesquisas sendo divulgadas nas manchetes dos jornais-- mas nunca viu ele com seus próprios olhos. confesso que isso já me deixou triste. quando eu era moleque não entendia porque eles não iam lá em casa perguntar porque eu assistia tanto o 'pica-pau' e os 'thundercats'. e depois mais tarde, 'magnum' e 'duro na queda'. mas o tempo foi passando, e a cada pesquisa divulgada, fui aceitando o fato de que talvez o cara do ibope nunca toque a campainha lá de casa. fico puto quando sai o resultado de uma pesquisa presidencial falando que tal e tal pode levar no primeiro turno. vai dar meia hora de bunda, e eu? e minha opinião? conta? o cara do ibope é um mistério tão tão grande que periga você sentar no avião ao lado do elvis presley, o original-- e nunca esbarrar no fêla que carrega a pranchetinha marcando "x". olha, e antes que eu me esqueça, obrigado aí pelo seu ibope.

segunda-feira, março 13, 2006

três pensamentos do dia.

• "goleiro frangueiro pega a gripe do frango?" (alessandro "cabelinho" bernardo)

• o woody allen é o contrário do superman. se ele tira os óculos de grau, vira um cidadão comum.

• tenho saudades da ana paula padrão. desde que ela foi para o sbt, nunca mais vi ela ler uma notícia.

três espirros e a gripe do frango.

espirrei esses dias, três vezes seguidas. três. não duas, três. o que para mim, é um tanto raro. não me lembro da última vez que isso aconteceu. desde pequeno espirro meu, só sai em dupla. pá, pum. pum, pá. nunca pá, pum, pá. com você, deve ser a mesma coisa, você deve ter o seu estilinho próprio de espirrar. sua própria sequência. cada ser humano tem um "espirro assinatura". é como uma impressão digital. ninguém espirra igual. mas voltando ao "meu" espirro. fiquei cagado, com medo, caráio, três espirros! você sabe, não se fala em outra coisa a não ser a tal gripe do frango. todo dia tem alguma notícia dessas aterrorizantes nos telejornais. tem sempre um coitado que sem querer esbarrou num pato, num frango a caminho de casa e se fodeu. será que eu estava gripado? será? caráio. comecei a buscar na minha memória minha rotina. por onde eu tinha andado. que lugares frequentei. será que eu tinha subido no elevador com um pato, e não notei? será? será que peguei algum taxi em que o motorista era uma galinha e também não notei? caceta, eu tinha que pensar mais. mais. tinha que eliminar toda e qualquer chance de ter contraído a tal gripe do frango. me lembrei que dois dias antes tinha ido a uma churrascaria. mas, para sorte minha, não aceitei nem o espeto de coração de frango, muito menos o de coxinhas de frango. ufa. e em casa? também nada. me lembrei que a mocinha que cozinha lá perguntou se eu preferia o bife ou o frango a milanesa... e eu, fiquei com o bife. grande bife, companheiro de todas as horas. bom, nenhum frango. nenhum pato. nenhum ganso no meu caminho. nem mesmo patê de figado de ganso. estava a salvo. aquela seqüência de três espirros não passava de uma simples anomalia. um erro de sistema. um momento atípico na minha existência. eu, erick rosa, não tinha a gripe do frango. não, meu amigo. estou saudável. pau no cu do frango. e na gripe dele. fêla da puta. saúde.

sexta-feira, março 10, 2006

dois pensamentos do dia.

- tenho um amigo que consegue lamber a ponta do próprio cotovelo.

- se eu tivesse um din din sobrando, abriria um restaurante com pratos com nomes como: "angelina jolie", "jennifer aniston", "bárbara borges" e "luana piovani". porque? bom, imagina somo seria na hora de pedir os pratos: "e você senhor, o que vai querer comer?" "angelina jolie, mal passada, com batatinhas assadas, por favor!"

lê bigodon.

vou crescer um bigodon. um bigode. essa faixa de cabelos espessos entre o nariz e o lábio superior. até o bicho começar a entrar na boca. aí, você pergunta: "porque raios eu vou entrar numas de crescer um bigodon?" bom, tenho notado que tem grandes figuras sempre têm um bigodon. não confundir com bigodinho. hitler tinha um bigodinho. bigodon tinha charles muller-- que trouxe o futebol para o brasil. bigodon tem os grandes chefs. salvador dalí tinha lê bigodon. não sei quanto tempo vai demorar, mas vou tentar, só pra ver que bosta dá. bigodon daqueles que você segura nas pontas e enrola com o indicador e o polegar como se tivesse dando corda no relógio de ponteiros do seu avô. já tive um vizinho engraçado que quando falava por de trás daquele bigodon dele, parecia ainda mais engraçado. groucho marx tinha um bigodon. o bigodon é um espécie de escudo, que você pode ficar alí atrás falando bosta, cagando regra e se safando de situações. "pourra não entendi picas o que o erick quis dizer com aquele argumento, mas acho que faz algum sentido..." com o bigodon, de repente, frases desconexas ganham pseudo-significados. caráio, "pseudo-significado?" parece até que eu já possuo o tal bigodon. fico imaginando o que isso pode me ajudar. posso estar completamente errado. mas vamos a um exemplo: restaurante. chego, na hora do pico de movimento, num restaurante da moda-- que se encontra lotado. aí, vem a hostess cheia de marra e pergunta: "mesa para quantos?" e eu, já munido do meu bigodon disparo: "mesa para quatro!" e ela: "nome?" e eu, "erick bigodon!" aí, ela vai olhar para a listinha que está na mão dela, de canto de olho, para não dar muita bandeira e vai dizer: "sua mesa está pronta, sr. bigodon." quem é que vai deixar um sujeito com um bigodon esperando. caráio, eu posso ser um crítico gastrônomico. só um crítico gastrônomico para ter um bigodon desses. posso ser editor de uma revista dos paises baixos. posso ser um vencedor do prêmio nobel de literatura. lê bigodon tem esse poder. pelo menos é o que eu vejo quando assisto algum programa na tv com um bigodon presente. é uma cagação de regra que parece ser autorizada e aplaudida pela simples presença daque naco de pelos. bom, não custa tentar, qualquer coisa, é só cortar. que venha lê bigodon. quem sabe. hein?

quarta-feira, março 08, 2006

três pensamentos do dia.

- halls preta arde mais a boca do que listerine.

- será que o bush gosta de jogar "war" com os amiguinhos dele?

- o tufo branco* na cabeça do william bonner não pára de crescer. se ele der mole, um dia, durante uma notícia do jornal nacional, o tufo vai engolir ele vivo.

*aquela mancha branca no cabelo dele.

ah, o joelho. ah, o joelho. o tarado por joelhos.

gosto para tudo. cada um com seus fetiches e preferências. tem gente que gosta de pé. tem gente que prefere as nádegas, a tão popular bunda. e foi, pensando nisso, nas preferências que eu me lembrei de um amigo meu. o cara tinha uma preferência curiosa. curiosíssima por sinal. ele curtia joelhos. é, tinha uma tara por joelhos femininos. a mulher chegava na praia e a primeira coisa que ele mirava, era o par de joelhos. só depois vinha a bunda, os seios e o rosto. não necessariamente nessa ordem. me lembro uma vez, numa mesa de bar, um amigo em comum chegou todo empolgado dizendo que tinha ficado com tal tal e menina. bom, a primeira coisa que o tarado por joelhos falou foi: "parabéns, ela tem um joelhinho lindo!" numa outra ocasião, ele conversando com um outro amigo disse: "olha, tem uma menina bacana amiga da minha namorada que tá afim de ficar com você.... mas vou logo te avisando... ela tem o joelho feio!" ninguém nunca levou o cara assim tão a sério. era engraçado. mas eu, para ser sincero, me sentia um privelegiado em conhecer um expert em joelhos. é como conhecer um expert em vinhos ou literatura francesa do século 18. você sempre aprende alguma coisa nova. fico imaginando esse amigo hoje, mais velho, trabalhando num escritório, sofrendo. é, sofrendo, porque a maioria das mulheres vão de terninho, sem expor os joelhinhos.

terça-feira, março 07, 2006

três pensamentos do dia.

- ainda não sei de cor o meu cpf.

- perguntei para a minha mãe quantas senhas ela tinha que lembrar quando ela tinha a minha idade. ela respondeu: "acho que uma."

- no playstation, você joga futebol com as mãos.

já não vou mais ao banco, a locadora de video e a pizzaria... a era dos "coça sacos"

vídeo, pizzaria e banco são três lugares que eu não frequento mais. não vou. são eles que vão até a minha casa. seu eu preciso de alguma coisa no banco, entro na internet, click, click, click e chega um pacote, uma carta lá em casa. com a pizzaria a mesma coisa. não me lembro de ter sentado numa pizarria no ano passado. desde moleque sempre pedi pizza, mas de um tempo para cá, sequer entro mais numa pizzaria. o serviço dos caras é tão prático que não consigo mais entrar num carro, enfrentar a caráia do trânsito para comer uma pizza. agora, o mesmo aconteceu com o vídeo clube. é, tem um vídeo clube que eu nunca entrei, não sei nem onde fica a sede, mas todos os dias leva um filme e retira outro lá em casa. tudo pela internet. nunca falei com um funcionário desse video. tô começando a ficar preocupado. não preciso me mover mais para nada. antigamente as pessoas gastavam suas calorias a caminho do banco, da locadora.... hoje, eu fico sentado em casa no ar-condicionado coçando a minha sáca esperando as coisas chegarem. é foda. as vezes eu tenho a vontade de ir pessoalmente ao banco, a locadora só para ver se existe. se não tão de putaria comigo. ou mesmo só para exercitar um pouco as pernas. é a era dos "coça sacos". na era dos coça sacos, se uma pessoa entra numas de ir ao banco ou até uma pizzaria em pessoa, os outros estranham estranham. essa parada tá ficando perigosa. cada dia mais gritante. dia desses notei que tinha feito uma caráiadas de coisas sem sair de casa. se minha mãe ligou e perguntou o que eu tinha feito naquele dia e eu listei: "aluguei dois fimes, comi uma pizza, paguei 8 contas, fiz um depósito, comprei uns remédios..." minha mãe ficou impressionada: "mas, nossa meu filho, isso tudo, mas você não pára em casa hein?" e eu, ali, sete da noite, ainda de pijama, não quis decepcioná-lá: "é, mãe, é..."

segunda-feira, março 06, 2006

quatro pensamentos do dia.

- meu desodorante de bolinha (roll-on) emperrou. a bolinha não gira para nenhum dos lados. desodorante de roll-on deveria ser vendido com "estepe", uma bolinha extra em caso de acidentes como o meu.

- beber 1 copo de coca-cola normal é a mesma coisa que beber 260 copos de coca-cola light.

- o apontador de lápis é o irmão mais novo da serra elétrica.

- meu alarme está sempre dois minutos adiantado. ou seja, eu estou dois minutos adiantado do resto do mundo.

sorvete de baunilha e uma long neck gelada. lições de um dia de verão quente pra caráio.

poucas coisas conseguem domar o calor como um sorvete de baunilha e uma cerveja bem gelada. e quando eu digo sorvete de baunilha, estou falando de sorvete de baunilha daqueles que entortam a colher de aço inox ao servir. sabe? e, quando eu digo cerveja gelada, estou falando daquela long neck "esquecida" no canto da geladeira. é diferente de comprar um cerveja e colocar no freezer. uma cereveja esquecida por uns cinco dias no canto da geladeira, precisa de apenas uns 16 minutos no freezer para atingir o ponto perfeito. uma cerveja dessas não fica gelada, é gelada, o que é diferente. mas voltando ao sorvete de baunilha. dia desses comprei um sorvete de baunilha "la basque". super premium fuckers makers. o bacana do sorvete de baunilha é que ele combina com qualquer coisa. mas não caia nessa tentação de colocar brownie quente, petit gateau e o caráio a quatro. mantenha o foco no sorvete. lembre-se está um calor infernal, quanto mais gelado estiver o sorvete melhor. se você colocar um pedaço de brownie fervendo ao lado do sorvete, ah, meu amigo, o sorvete deixa de ser sorvete, derrete em questão de segundos. bom, muitas pessoas preferem comer o sorvete em pequenas colheradas. saboreando cada momento. eu não--curto pegar uma colher daquelas grandes e colocar porções generosas goela abaixo. porções de sorvete que baixem a minha temperatura quase que instantâneamente. sorvete no verão só faz sentindo quando dá aquele choque gelado na cabeça. então está combinado: num dia infernal de verão, sorvete tem que ser de baunilha, servido em porções generosas em colheres grandes e sem coadjuvantes quentes como brownies e similares. detalhe importante, evite também sorvetes como brigadeiro, chocolate choc chip e pistache. esses sorvetes dão sede depois. a cerveja gelada. bom, a cerveja gelada não precisa de muitas introduções. mas, aqui vão algumas dicas para um dia de verão em que você acha que pode pegar fogo a qualquer instante. evite beber a tal cerveja estupidamente gelada acompanhada de bolinhos fritos em gordura quente. evite frango a passarinho e linguiça calabresa fatiada e banhada na cachaça. foco na cerveja. o problema desses acompanhamentos, é que, você fica tão preocupado em conquistar alguns pedaços de frango que a cerveja fica em segundo plano. a temperatura sobe, e você agora é um sujeito fadado a se lambuzar de frango a passarinho e bebericar uma cerveja morna. num dia infernal de verão, o frango a passarinho é um inimigo. última dica: prefira a cerveja em garrafa log neck. a latinha passa a impressão de ser mais gelada. mas é só imprssão. com uma long neck, você segura pelo "pescoço" da garrafa, mantendo suas mãos quentes longe do líquido, da cerveja. com a lata, não. e é aí que está o problema, com a lata, sua mão funciona como uma lareira aquecendo a cerveja. lições de um dia de verão. sorvete de baunilha e uma cerveja gelada.

quinta-feira, março 02, 2006

três pensamentos do dia.

- comi uma salada com mais de 1.000 calorias hoje.

- fui a um restaurante japonês que não tinha palitos de dente.
o restaurante tem milhares de palitinhos. nenhum de dente.

- meu dentista tem gibis da mônica na sala de espera.

hostess, os dentes grandes e a dancinha câmera lenta.

hostess é um emprego complicado. dos mais complicados que existem no mundo. sempre achei que fosse fácil. sempre desmereci completamente o ofício de uma hostess. estava errado. puta trabalhinho difícil. hoje, no almoço sentei de frente para a porta da entrada do restaurante. e, detalhe, num dia quente como hoje, o trabalho de uma hostess é ainda mais foda, mais vital para um restaurante. você deve estar aí pensando: "esse fêla da puta está exagerando..." não tô não. alí, em pé com uma mão na porta e uma outra acenando para as pessoas que entram, a hostess deve controlar a entrada, a saída das pessoas, sem deixar o ar-condicionado sair. e é claro, sem deixar o cliente com o saco na mão. quantas vezes eu já quis mandar uma hostess tomar no cu. (e acho que já mandei baixinho.)hostess tem que ter o braço forte e dentes grandes. não adianta ser só bonitinha não, meu amigo. tem que ter dentes grandes. o sorriso tem que ser visto de longe. de bem longe. hostess não é preocupada com os pés de galinha nos cantos dos olhos. hostess é preocupada com as rugas nos cantos da boca de tanto sorrir. a hostess do restaurante de hoje tinha trinta e tantos dentes do tamanho dos da mônica das revistas em quadrinho. só tem uma coisa ruim essa história de dente grande de hostess. é que, mesmo quando você está na merda, quando ela te fala que sua mesa vai demorar uns 45 minutos, ela fala isso sorrindo. não fodi. só mais uma coisa que eu não curto em hostess. e que complica ainda mais esse emprego. é aquela dancinha em slow-motion que hostess fica fazendo lá na frente do restaurante. como se fosse a pessoa mais cool do mundo. você fica ali, sem saber se aquilo é normal, se ela está recebendo algum espírito. que dancinha aquela que ela está fazendo com os olhos fechados, balançando a cabeça para os lados. que pourra é aquela, alí na frente do restaurante? você pensa: "é, ela é cool e tal.. acho que ela pode...zuzo bem, a mulher tem o direito a tal comportamento. afinal, hostess é um emprego complicado.

quarta-feira, março 01, 2006

três pensamentos do dia.

- o zoom da minha câmera digital me deixou mais preguiçoso.

- depois de chegar em cima da hora no cinema e ter que assistir o filme da primeira fila... minha televisão ficou pequena.

- cortei o cabelo com uma máquina em casa. ela me cobrou 20 reais depois.

o barulhinho do caixa eletrônico quando cospe notas de dinheiro.

poucos sons despertam a atenção de um ser humano como o barulhinho que um caixa eletrônico de um banco 24 horas faz quando cospe o dinheiro na sua mão. e eu digo "cospe", porque a máquina não é nada sutil, quando você menos espera, lá vem as notas estourando pelo buraco a espera da sua mão. hoje fui buscar um din din para pagar o salário da pessoa que trabalha aqui em casa. o banco estava cheio. fiquei uns três minutos na fila do caixa eletrônico esperando a minha vez. e, enquanto esperava, ficava lá escutando o "dig, dig, dig, dig, dig..." (esse é o som que as notas de dinheiro fazem ao serem cuspidas pela maquininha.) esse som é um mix de prazer e de tristeza. prazer, porque é como se você tivesse acertado na loto, e lá vem o seu prêmio. e tristeza, porque, milésimos de segundo depois, cai a ficha e você se lembra de que não ganhou porra nenhuma de prêmio. bom, mas voltando ao "dig... dig... dig..." chegou a minha vez de pegar o meu dinheiro. digitei os números como quem protege um segredo nuclear, esperei, esperei e de repente: "dig... dig... dig...dig... dig... dig...dig... dig... dig..." não era uma fortuna, não. é que a caráia da máquina só tinha nota de 10. mais um segundo de espera e pimba, a máquina abriu a portinhola e parou de fazer o barulho. e, na paranóia de que alguém estava me observando, ou melhor, escutando o meu "dig... dig... dig...dig... dig... dig...", dobrei o din din e coloquei no bolso com a esperança de abafar o som. por sorte minha, a próxima pessoa a retirar dinheiro no caixa eletrônico também foi pega no contrapé. sem saber que a máquina só estava com notas de 10-- deve ter pegado o din din do aluguel do apartamento, porque, foi ela apertar o último botão para todos que estavam ao redor escutarem uma saraivada de "dig... dig... dig... dig... dig... dig...dig... dig... dig...dig... dig... dig..." a mulher abriu um sorriso amarelo, assustada, afinal, não é todo mundo que pode escutar tanto "dig... dig... dig..." de uma só vez. naquele momento, com o banco prestes a fechar as portas, o banco tinha definido a sua campeã. a grande campeã dos "dig... dig... dig..." não havia mais tempo hábil para que uma outra pessoa retirasse tantas notas de dinheiro de um caixa eletrônico. e, num misto de orgulho e agonia de ser reconhecida ao sair pelas ruas, a tiazinha socou o maço de notas na bolsa. no dia 1º de março, nenhuma pessoa conseguiu superar o número de "dig... dig... dig...". "uma fortuna!!!", dirão algumas testemunhas. agora é esperar ela voltar amanhã e insistir para o gerente daquela agência não colocar uma foto em sua homenagem na entrada. "é perigoso!", ela vai dizer. "não quero ninguém sabendo o número de dig... dig... dig... que eu faço a cada saque de dinheiro!" e o gerente, de cara fechada, triste, vai entender, mas vai dizer, do fundo do coração, que nunca sentiu tanto prazer como no dia que ela sacou aquele dinheiro. "nunca escutei tanto dig... dig... dig... na minha vida!" e, ela, para fazer um afago no bom gerente, vai dizer: "tá bom, só mais uma vez!" "dig... dig... dig...dig... dig... dig...dig... dig... dig...dig... dig... dig...dig... dig... dig..."