segunda-feira, dezembro 29, 2008

apanhados de duas semanas perambulando pelo brasil. 1

estava lá eu saindo da loja do free shop no aeroporto de são paulo, quando um sujeito que até então estava sozinho olhando para os preços na vitrine-- olha para mim e comenta: "porra, tá caro para cacete rapazzz, assim com três "zzz". eu concordei com um leve balançar de cabeça e saí com a conclusão de que quando algo realmente está caro para cacete, a pessoa precisa colocar isso para fora, mesmo que seja com um estranho que está de passagem.


aquele negócio que a sua mãe falava para você não ver a tv de perto porque estraga a vista, não funciona no avião. no avião para acompanhar direito qualquer filme, você precisa, obrigatoriamente-- deitar o nariz sobre a tela colada no banco a sua frente.


a livraria letras e expressões de ipanema é a melhor livraria do mundo. não a maior. não a mais stáile. não a com mais opções. não a mais barata. não a mais um monte de coisas. mas a pourra da livraria fica na a uma quadra da praia do leblon. não fódi. em que outro canto do mundo você pode pesquisar livros com os dedos dos pés cagados de areia da praia-- a bermuda ainda quase molhada, e perto de uma série de bares prontos para tirar um chopp para você?


voltei para lisboa com um casal que acabara de se conhecer na fileira de trás. o sujeito na poltrona de trás estava trabalhando um dobrado para marcar uns pontos com uma menina. digo, tentando pegar uma menina que ele conheceu no avião. nunca vi um fera trabalhar tanto para pegar alguém. acho que o avião inteiro estava torcendo para ele. a menina deu trela. e ele, bem, pediu um copo d'água para a aeromoça e manteve a garganta em ordem para passar a noite inteira tentando pegar. não vi se pegou. mas acho que sim. foram 8 horas sem parar de falar.

caipirinha de lichia bem feita é foda. espanca a original de limão.



pegar um taxi do aeroporto de guarulhos para qualquer ponto na cidade de são paulo é mais caro do que um prato com raspas fartas de trufas brancas do fasano.



o sorvete da mil frutas espanca o da haagen dazs.




se você costuma se emocionar no cinema, leve seis rolos de papel toalha para assistir marley & me. se você se acha meio durão porque nunca chorou, leve quatro.



picanha fatiada do restaurante plataforma custa um rim saudável, mas vale a pena.



a gol deveria se chamar "prorrogação". para continuar com o tema do futebol, mas também porque a porra do avião da empresa não sai no horário nem fudendo.



a árvore da lagoa no rio é bacana e tal. mas fode com o trânsito. fode bonito. e entre uma árvore bacanuda e um trânsito bosta, prefiro o trânsito bacana e uma lagoa com uma árvore invisível.


manchete do jornal o globo esses dias: "papai noel mata 4!"
ok, o americano que matou essas pessoas estava vestido de papai noel, mas ele não é o papai noel. o que é bem diferente. uma criança que pega esse jornal pira para sempre.

....

quinta-feira, dezembro 11, 2008

homens e compras.



não sei fazer compras. se precisar, eu faço. mas não sei. e não estou falando do esqueminha de comprar comida no supermercado. comprar comida, o basicão eu sei. estou falando de roupas, de tudo que não é relacionado com comida. hoje, por exemplo precisava comprar umas coisas. uma calça, uma camisa. e tem algumas coisas que você não pode pedir para a sua mulher comprar. não que ela não vá acertar. porque ela vai. 9 de 10 vezes, ela acerta. o problema é que você precisa experimentar a bagaça na loja. a sua mulher ama você e por isso ela sempre, sempre vai tratar como se você fosse mais magro do que você realmente é. ou seja, existe a chance, e grande da calça chegar um pouquinho mais apertada. aí é aquela coisa, você vai ter que ir a loja. e se você for até a loja para trocar periga encontrar alguma coisa mais interessante. aí você está na merda. como é que você vai chegar em casa com qualquer coisa diferente daquela que ela escolheu para você com todo o carinho --- exatamente porque você não quis ir em primeiro lugar? caplicado. por isso, se a minha mulher compra a roupa para mim, tento, a todo custo ficar com ela. e, no caso de precisar comprar qualquer coisa que o fator "experimentar" é chave... aí meu amigo, eu vou. até porque, como você já sabe-- o efeito em cadeia da troca da roupa não é fácil. ah, antes de fechar aqui, tem uma outra coisa interessante de homem fazendo compras. quando um fera encontra uma camisa, uma calça, um qualquer coisa que ficou bacana. exemplo: o dia que um cara se aventurou em comprar uma camisa que ficou toda bacanuda-- e ele se olhar no espelho e ver que sim, ele está bem na bagaça-- segura-- porque o fera vai comprar de todas as cores possíveis. tudo para evitar uma viagem a uma loja similar no próximo ano inteiro. eu já tive um tênis adidas idêntico a um que eu gostei dentro de um saco plástico esperando o primeiro acabar. comprei um, e antes de sair da loja, ao notar que aquele tênis era sensacional... comprei um idêntico. tudo para evitar uma ida a uma loja no futuro em que aqueles que estavam nos meus pés ficassem velhos. homens e compras. é nesta época. no natal-- que fica mais fácil observar o fenômeno.

luvas.



usar luvas no frio é importante. essencial eu diria. quando está muito, muito frio então. mas luvas também causam problemas. ou melhor, não são práticas. se você está usando luvas não consegue ter acesso a carteira. se você está usando luvas não consegue coçar o ouvido. não consegue colocar as mãos nos bolsos da calça jeans. do casaco, sim. do jeans, não. não consegue segurar o cafezinho num quiosque desses de rua. não consegue catar as moedas para pular no elétrico ou no metro. não consegue anotar o telefone de alguém na rua. por falar e em telefone, não consegue acertar o esqueminha do sms no celular. não consegue comer um mega hamburguer na rua. consegue, mas se suja todo. mas, apesar de tudo, usar luvas no frio, é, sim, importante.

a crônica do destak da semana

terça-feira, dezembro 09, 2008

com emoção ou sem emoção?


fui a natal uma vez. na verdade fui a joão pessoa e aproveitei para ir a natal. puta esqueminha bacana. cidade sensacional. as duas. mas foi em natal que eu fiz o tal passeio de buggy. se você ainda não fez, faça. para ser sincero não sei nem se ainda é permitido. a bagaça é muito perigosa. um jeep que nem fabricam mais, sem cintos, no meio das dunas de natal. num esquema improvisado, mas como o título deste textinho diz: emocionante. e tem essa pergunta. o carinha chega para você e pergunta na cara dura: "com emoção ou sem emoção rapá?!" e pourra, como você está ali nas dunas pela primeira vez, longe de tudo, com um sol du cacete você responde: "com emoção é claro!" meu amigo, nunca pulei de pára quedas. nunca fiz bungee jump. sou bem cagão. e acho que fiquei ainda mais cagão depois do passeio com emoção. não aconteceu nada. mas basta o carinha estacionar depois para você olhar para o naipe do buggy e o tamanho das dunas para ter certeza que fez merda ao responder que queria que ele ligasse o foda-se. e que algo maior segurou a onda para você poder estar ali em pé-- cheio de marra como quem diz: "andei nesta pourra com emoção." recomendo. mas também recomendo trocar uma idéia com o motorista. e principalmente dar uma sacada para ver se ele não está usando havaianas. nada contra elas. mas o fera precisa de tração. de um tênis com solado de borracha para conseguir alcançar o freio quando uma duna se desfazer e ele gritar lá de cima com eco: "o senhor pediu com emoção-ção-ção, não fódi-di-di."

o espirro na curva.


com o inverno chega a gripe. com a gripe, os espirros e as tosses com pigarro. e aí você sabe, se você não está gripado, basta levar uma espirrada na cara para pegar a gripe que até então você não tinha. aqui em lisboa, com o frio, os ônibus estão fechados, o metrô sempre socado de gente. ou seja, as chances de você pegar uma gripe é relativamente grande. não sei se você já assistiu o filme menos conhecido do m. night shyamalan, unbreakable. no brasil tinha um nome bem quisito: corpo fechado. era com o bruce willis e o samuel jackson. acho o melhor do diretor. acho quase genial. mas isso não vem ao caso. a história do filme era sobre o personagem do bruce willis-- que era unbreakable, a prova de tudo. quase que um super-herói. bom, e em relação a gripe, febre e nariz escorrendo, eu sempre me achei meio unbreakable, ou, como no brasil diziam no poster do filme: corpo fechado. devo ter ficado gripado vai, umas duas vezes na vida. mas nada, nada resiste a um espirro na curva. e que caráio é o espirro na curva? é o seguinte, vou andando para o trabalho todos os dias. e o caminho é simples. subo duas ruas, a segunda delas grande-- e viro a esquerda numa avenida. e foi ao virar nesta avenida. na curva. uma curva para a esquerda... que levei o espirro na cara. uma senhora que trabalha nos correios. ela não sabia é claro que eu estava prestes a aparecer na frente dela. ela não tinha como saber. ela estava só na rua. e acho que por achar que estava só que caprichou no espirro. e que espirro. o timing foi perfeito. na minha cara. e o pior: no exato instante em que eu inspirava baldes de oxigênio. ainda não sei. ainda não tenho sintomas. mas acho, não, tenho certeza, que uma gripe está a caminho. o espirro na curva e o fim de uma lenda. o fim do unbreakable.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

sujeito honesto.

a carteira mágica. ou caráio, onde foi parar o meu din din.




comprei uma carteira mágica daquelas que você abre e o dinheiro pula de um lado para o outro. sabe? ok, se você não sabe, vou colocar uma foto aqui. mas voltando a carteira. o nome dela é um bocadinho pretensioso. ela tem lá suas qualidades de jogar o dinheiro de um lado para o outro. mas magia magia, não faz. resolvi escrever sobre ela porque esses dias ela me fodeu. nessa de colocar recibo de cartão de crédito e abrir e fechar repetidas vezes ela meio que me fodeu. é, porque quanto mais você abre e fecha a bagaça, mais "mágica ela faz". mais vezes ela joga o dinheiro ou o recibo de um lado para o outro. e nessa, de abrir e fechar...um recibo foi jogado para cima da nota de 5 euros que eu tinha lá dentro. resultado, ao sair do taxi, estava sem dinheiro. ou melhor, achava que estava. então, pedi para o taxista que já estava meio puto parar num caixa eletrônico. e, depois de sacar o dinheiro do caixa-- quando fui abrir a minha carteira mágica para colocar o recibo de papel lá dentro-- vi, reecontrei a velha nota de 5 euros que estava escondida. olhei para o taxista e disse: "caramba fera, e não é que não precisávamos ter parado aqui. olha só, tinha uma nota de 5 aqui." e ele: "mas, antes você não tinha?" e eu: "eu já disse para o senhor que é uma carteira mágica?" e ele: "cuma?" ok. ele não disse "cuma". mas a expressão no rosto dele foi de "cuma". moral da história: você tem uma carteira mágica? fique esperto porque ela pode ter din din e você não sabe.

terça-feira, dezembro 02, 2008

o esquema de degustação. ou "é papilas gustativas, fiquem espertas que hoje vocês vão ficar meio cafuzas."



dia desses fui jantar com amigos num restaurante que servia um esquema de degustação. todos os pratos estavam excelentes. alguns, curiosos. mas todos com uma explosão de sabores dessas que você não consegue definir ao certo o que está comendo. ok, o garçom explica, mas a ideia da degustação é apreciar a criatividade do chef. o cara não vai servir filé com fritas para você colega. a idéia é inventar. e o garçom serve e tenta explicar o que você está prestes a comer. e você fica tentando identificar cada um daqueles ingredientes que estão balançando entre a sua língua e o céu da boca. mas, a parte mais bacana de um jantar com esqueminha de degustação é preparar espaço. é bastante comida. é claro, não são sete pratos como os pratos que você pede num restaurante sem este esqueminha. mas é bastante comida. você tem que estar preparado. o almoço obrigatoriamente tem que ter sido leve. o café da manhã, inexistente. e saber que no dia seguinte, você também terá que pegar leve na comida. e tem uma outra coisa bacana, interessante esquema degustação é exatamente isso, a mistura de sabores. você pula do creme de cenoura com rabo de porco selvagem e castanhas, direto para o sorvete de coentro com lima e direto para o lombo de bacalhau. ou seja, as suas papilas gustativas ficam doidjas. quando elas acham que são as papilas lá do fundo da língua que terão que lidar com os sabores X e Y, aí meu amigo é que chega um prato que vai trabalhar nas papilas gustativas da ponta e das bordas da sua língua. e isso enquanto o fera serve diferentes tipos de vinho para cada prato. curioso. interessante. e você sai com a pança com novas dimensões.

uma maneira bacana de pedir comida quando é a primeira vez no restaurante



não curto muito fazer isso, mas faço. e como uma certa frequência. e quando digo que não curto, falo isso porque bate uma certa vergonha. mas que caráio é isso? eu explico. sabe quando você está num restaurante que você nunca foi antes, olha para o cardápio e não tem a menor idéia como são os pratos? então... o que eu faço é espiar os pratos vizinhos. olhar de canto de olho para a mesa ao lado. tento a todo custo investigar que pourra de prato bonito é aquele que a muié pediu. "garçom, chega aí... me diz, o que é que aquele casal pediu?" ou "garçom, bom, eu estava quase fechando no frango supremo zambers, mas agora que vi aquele prato que aquela mulher sentou o garfo, acho que mudei de idéia.... vou querer aquele!" e o garçom periga dizer algo como: "aquele é o frango supremo zambers rapaz." um esqueminha no mínimo interessante de pedir pratos. sempre prefiro fazer isso do que ficar pedindo um relato de cada prato do garçom: "filetes de pescada empanados com uma fina camada de farinha e banhado na gema do ovo de codorna do sul da espanha... com batatas caramelizadas e um porção de arroz com respingos de azeite virgem..." não sei, acho que nessas primeiras vezes, prefiro olhar o prato no olho, mesmo que seja de canto de olho-- e na mesa do vizinho. é claro que se você passar a frequentar o restaurante, eventualmente deixa de fazer esse esqueminha. já conhece os pratos, os segredos. é, na quinta vez que você for, é alguém que vai apontar lá do outro lado do restaurante e dizer: "que prato é aqu
ele que aquele fera que escreveu sobre isso num blog-- está comendo?"



a cena clássica de um daqueles filmes que todo casal já viu ou ainda vai ver. e provavelmente uma das cenas mais citadas de sempre, e que, coincidentemente, é uma boa maneira de ilustrar esta técnica de pedir comida. sem olhar para o cardápio, apenas focando na mesa dos outros.

sábado, novembro 29, 2008

e você, já comprou esperança?


CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR A UMA REPORTAGEM  SOBRE A LOJA DA CRUZ VERMELHA.

SE VOCE ESTIVER LENDO ISTO DE PORTUGAL, VÁ VISITAR, FICA LÁ NO DOLCE VITA MONUMENTAL NO SALDANHA.


OU, SE VOCÊ JÁ COMPROU SEUS PRESENTES E LEU ESTE POST TARDE DEMAIS, ENVIA O LINK PARA SEUS AMIGOS.  www.cruzvermelhastore.com

quinta-feira, novembro 27, 2008

poemas que quase não rimam e muitas vezes não fazem sentido.

"ora bolas."

"ora bolas!", disse ele.
ela então  vestiu as botas e reforçou o batom vermelho.
ele repetiu: "ora bolas!"
ela disse: "você, já se olhou no espelho?"


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prato do dia


ela só sabia fazer um prato.
pato.
para comer ele era chato.
não comia nada verde, porco e pato.


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amor?


ele amava ela.
ela fingia que amava ele.
para este poema rimar
vamos chamá-la de estela.
e para este poema não fazer sentido
vamos chamá-lo de gutierrez, tambem conhecido
como penido.



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"mama mia!"

nunca entendeu como um filme com as músicas do abba poderia ser um sucesso.
sua irmã aprendera as músicas dos discos--ao decorar as letras do verso.
certa vez numa pizzaria ela gritou "mama mia!"
ele bateu na mesa e disse: "vai tomar no cu, é essa porra de abba, noite e dia!"
ela respondeu chorosa: estava falando da lasanha a bolonhesa..."
ele disse baixinho: "que be-le-za!" 

dica de inverno. ou como não congelar na hora de jantar.

portugal é de longe o país que tem o melhor esqueminha de sopas. de longe. você pode até encontra uma sopa zambers com uma receita única de um bistrot na casa do caráio que é a melhor sopa do mundo. beleza. mas aí seria um caso isolado. em portugal em todos os lugares ou 99%, você encontra uma sopa bacanuda. vai por mim. até mesmo a sopa do dia mais carregada na água é de foder. bom, mas a dica é a seguinte: chegou em casa e o termômetro marca menos do 8 graus? pesca uma sopa de caixinha no armário e pimba soca no fogo alto. duas pitadas desajeitadas de sal e você está a salvo. o esquema é estocar o armário com caixas longa vida de sopa. sopa pronta cheio dos temperos. tem a knorr que é um pouquinho mais cara e cheio das nove horas mas também tem as genéricas. não importa, compre a que o seu orçamento permitir, com a temperatura que você vai socar a sopa para dentro,  não faz assim tanta diferença. faz, mas não tanta. aí você vai me dizer: "mas o fera, sopa não mata a fome." outra dica: cozinhe um ovo dentro dela enquanto você esquenta ela, bata um pouco o ovo com a colher dentro do sopa até engrossar. e finalmente, uma dica de alguns pratos portugueses, mais especificamente a açorda alentejana-- lance pedaços de pão meio velhote sobre a sopa fervendo. portugal é de longe o país que tem o melhor esqueminha de sopas.

terça-feira, novembro 25, 2008

o "P" e o "B"

o "P" era o amigo mais magro do "B".

--- fim----

o reality show do e! com a pamela anderson e a victoria silvested

"essa imagem não tem nada a ver com o post das duas loiras peitudas que andam em câmera lenta no e!. mas achei engraçado. com todas essas notícias de bancos sendo salvos com bilhões de dólares dos impostos pagos pelas pessoas.... o carinha que fez, tem toda a razão em ficar putinho."


já escrevi aqui uma vez sobre as coelhinhas da mansão da playboy. uma aula de antropologia. acho que foi desta maneira que eu tentei adicionar um pouco de conteúdo ao programa. mas como eu disse, a bagáça é hipnotizante. e, por falar em programas que sugam o seu tempo sem nenhum dó, vi esses dias um episódio do reality show da pamela anderson e um outro com a victoria aí do título deste post. sem querer entrar aqui em detalhes dos detalhes das moças, mas eu aposto seis trilhões de euros que você não consegue mudar de canal depois de 36 segundos assistindo qualquer um dos dois programas. é um negócio das duas circulando em câmera lenta com taças de champagne nas mãos. impressionante. é quase bizarro. não, é bizarro. não tem nenhuma lógica. não tem começo, meio e fim. são as duas, sempre com camisas mais curtas, peitos maiores e taças de champagne. rindo em câmera lenta e com um zigalhão de marmanjos do outro lado da tela.

o porquinho e os bancos que quebram.




comprei um porquinho daqueles para se guardar moedas. e com o esqueminha das moedas de 2 euros e 1 euros, o porquinho está rico. ou melhor, não está rico, mas estufado. esses dias abri o bicho só para ter uma idéia, ele já está com quase 200 euros. recomendo. se você for morar por essas bandas eu recomendo. ao chegar na europa, compre um porquinho. e uma carteira sem porta moedas para forçar você a socar o porquinho de moedas. uma idéia. nessa época em que bancos amanhecem quebrados, o meu porquinho está bem.

domingo, novembro 23, 2008

A Loja da Cruz Vermelha

A partir do dia 26 de novembro no Shopping Dolce Vita Monumental.
Você poderá entrar numa loja e comprar ajuda. Simples assim. Diferentes tipos de causas estarão penduradas em cabides (idosos, crianças, socorrismo e teleassistência.) Basta você escolher uma causa e levar até o caixa. As causas serão divididas em tamanhos p, m, g. pequeno, médio e grande. igualzinho a uma loja. você escolhe o tamanho da ajuda e paga. taí uma excelente dica de presente de natal. Ah, e se você quiser conhecer melhor a causa, basta ir ao provador e escutar um pouco mais sobre a causa antes de decidir. Você também pode comprar um voucher presente. Assim, você faz a doação mas deixa alguém escolher a causa online. E aí, bora lá?

sexta-feira, novembro 21, 2008

o barbeiro do chiado 2.




já escrevi uma coluna no destak sobre o barbeiro do chiado. e, se der mole já escrevi aqui alguma coisa. se eu estiver me repetindo, desculpe. bom, mas como você pode ver, coloquei ali em cima, ao lado do título do textinho um número "2". é uma espécie de seguro. que diz que talvez seja um segundo texto sobre o mesmo assunto. ou não. mas voltemos ao barbeiro. se você mora em lisboa, vá. se você já cortou o cabelo esse mês, espere crescer e vá. 10 euros. um esquema muito bacana. uns senhores super educados. cheios de assunto. e numa barbearia de 1800 e tal. volta e meia enquanto você está lá dentro, aparece um turista com uma câmera com um cartão de 20 gb de memória para tirar fotos daquele lugar histórico. esse é um daqueles lugares que você precisa ir para ter certeza que existe. e daqueles lugares que você fica torcendo para não desaparecer. fui lá ontem. o senhor contou as mesmas histórias e pela terceira vez demonstrou surpresa quando disse que eu morava em são paulo antes de vir para cá. mas tudo bem, está desculpado pela falha de memória. até porque o fera não falha na hora de cortar o cabelo. com precisão milimétrica. no corte e na viagem no tempo.

o sujeito da calça vermelha.

tem um filme do tom hanks que é genial. "o homem do sapato vermelho." é um daqueles filmes do tom hanks que é menos famoso, teve menos sucesso do que os forrest gumps e resgate do soldado ryan, mas é muito bacana. bacana não, é fudido. neste filme ele é confundido com um espião. tudo culpa do par de tênis vernelho dele. o código para um espião para ele ser identificado por outros espiões era um par de sapatos vermelhos. e o tom hanks sem querer sai de casa com um desta cor. e aí o filme é o corre-corre sobre esta confusão. bom, me lembrei desse filme hoje ao passar por um sujeito a caminho do trabalho. vamos chamá-lo de "o sujeito da calça vermelha". a calça do cara era vermelho-bombeiro. a camisa acho que era um bege, ou branca suja. ou seja, o contraste da camisa com a calça gritava: "eu sou vermelha para cacete, qualé!!" ao passar por uma velhinha, ela, a velhinha parou e ficou olhando para o sujeito com um ar de: "pourra, esse cara é de marte?" não era, claro. mas achei a cena engraçada. de um lado uma senhora de quase 90 anos com uma roupa de uma só cor, tons de cinza, bege e variações de branco. e ele, o sujeito de calça vermelha. foi como se umas 4 gerações se cruzassem naquela esquina. um sujeito que usa uma calça vermelha está cagando baldes para o mundo. não sei se você, por exemplo, tem uma. se você tem, bom, você deve cagar baldes para o mundo. nada contra a calça vermelha. só acho, e tenho quase certeza, que a calça vermelha não combina com nada e tem a tendência de gritar: "porra! eu sou vermelha para cacete!!! não fódi seu bosta de calça jeans normal!" ok, exagerei. mas é algo por aí. ou quase.

ou isso, ou o fera é um espião.




terça-feira, novembro 18, 2008

ir ao dentista 2.



ir ao dentista é como se apresentar voluntariamente para levar umas porradas de um sujeito bem educado. mais ou menos por aí. ah, e você ainda paga por isso. é quase estranho. mas você tem que ir. é uma obrigação que nasce do simples fato de você só ter um de cada. um dente de cada-- ou seja, a bagáça é valiosa. não dá para ficar de putaria com os dentes. uma coisa que eu descobri é que quanto mais tempo você demora para ir resolver alguma coisa no dentista, mais caro sai. ah, outra coisa que eu descobri, dependendo do dente-- dar um tapa, arrumar direitinho um dente hoje-- vale mais do que uma vespa usada. e tem outra coisa. quando eu era moleque, ficava putinho quando a minha mãe insistia para eu escovar bem os dentes depois de comer, antes de dormir. sempre. com o fio dental a mesma coisa. sempre virava a cara e não entendia porque aquela pessoa tão boa queria me fazer sofrer com aquele fio fino rasgando a minha gengiva. mas como a gente acaba sempre aprendendo na vida, mãe sabe das coisas. é, agora que eu sei a dor que é ir ao dentista depois de véio-- e quanto custa a bagáça, entendo. sim, entendo que ela estava me preparando para o futuro. mas não o futuro de quando eu era moleque. o futuro agora, quando eu, por livre e espontânea vontade entro num taxi a caminho do dentista.

queijo camembert e o exílio no freezer



queijo camembert para que não conhece ou não gosta, é um queijo com um aroma, digamos, forte. com presença. o queijo camembert não é tímido. não se importa em aparecer. nunca. basta você colocar o fera num pão para ele dominar a área. não importa se o sanduba tem isso ou aquilo, presunto ou um molho zambers-- se tiver camembert, fodeu. você vai comer um sanduba de camembert. se você entrar numas de colocar ele na mesa junto com outros queijos também, fodeu. mas fodeu para os outros queijos. o queijo camembert está com o aroma e o sabor sempre ligados no volume 11. ou você ama ou você odeia o queijo camembert. não tem meio termo. o queijo é tão punk, forte que esses dias tive que expulsá-lo da minha geladeira. aí você deve estar aí pensando: "mas você jogou ele fora? no lixo?" não. mas coloquei ele numa solitária. é, o fêla, ou melhor, o queijo, estava dominando tanto a geladeira que já não era possível abrir a geladeira em busca de qualquer outra coisa sem levar um tapa no nariz --de autoria do próprio queijo. foi como se ele tivesse sequestrado a minha cozinha inteira. o que eu fiz, se eu não joguei fora? simples, abri a última gaveta do freezer e coloquei ele lá no fundo. sem antes colocar a embalagem do queijo de personalidade forte dentro de um saco desses ziploc. então lá está ele. escondido. congelado. no fundo do freezer. até o dia que será mais uma vez liberado para tomar conta da minha cozinha.

o espelho no dedo.



a melhor maneira de você ver se engordou ou emagreceu é com a aliança. ficou meio justa no dedo? fique esperto, você está engordando meu amigo. ficou folgada? parabéns, você perdeu peso. não consegue tirar? pior, precisa colocar um pouco de sabão líquido para tirar a aliança? é, você está bem mais gordo do que quando colocou ela primeira vez. fique bem esperto. você ligou o foda-se e não sabia. a aliança é melhor do que uma calça jeans, por exemplo. calça jeans de vez em quando cede um pouco, ou encolhe. as vezes mente o seu peso, por causa justamente das fibras do algodão. aliança não, é feita de ouro. e negócio é sólido. fala na lata. basta tentar tirá-la ou colocá-la de volta para saber como está a sua forma física. pelos menos é assim que eu faço. dá muito menos trabalho do que subir numa balança.

terça-feira, novembro 11, 2008

casais.


1)

- fernando, eu sempre quis te contar um segredo.

- pode falar, mariana.
- mas tem que ser no seu ouvido-- para quem estiver lendo este dialogo-- nao escutar.
- ok.


2)

- porque voce nunca pede peixe quando a gente sai para jantar?
- nao curto muito o esqueminha das espinhas.
- chupar espinhas?
- eh, e ter que cuspir no prato depois.
- nao eh romantico?
- nada.
- e alface?
- nao tenho nada contra.
- ok. entao voce me diria se eu tivesse um preso nos dentes?
- sim.
- e fiapo de frango?
- tambem?
- e casca de feijao?
- tambem?
- agriao?
- agriao.
- aquela pele de lombo frito, sabe, quando agarra entre o canino e molar?
- sim. eu avisaria.
silencio.
silencio.
- vamos la para casa?
- nao sei, acho que perdi a vontade.



os seriados de crimes. algo que está acontecendo comigo.

de tanto assistir csi, law and order, monk, burn notice, psych, crossing jordan, criminal minds-- desenvolvi um super poder. sério. você deve estar pensando: "que super poder? não fódi, erick." é sério. de tanto ver esses programas, eu virei um expert em crimes de seriados. eu consigo resolver qualquer mistério antes do primeiro intervalo. é punk, meu amigo. não consigo explicar como em temos específicos. mas, é só ver as primeiras cenas chaves. a primeira entrevista da polícia com um dos suspeitos para desvendar o programa todo. aí, as vezes, só para testar, eu fico os outros 50 minutos esperando o programa resolver toda a história--só para ter certeza que eu não estou pirando. e aí, sabe o que acontece? adivinhou. eu acerto. sei quem é o criminoso. 99% das vezes. é impressionante. comecei a notar que tinha esse poder mais recentemente. depois de acertar quem era o criminoso em 3 programas consecutivos. era um domingo desses bem frio. meia garrafa de vinho vazia. cobertor. e os programas rolando um atrás do outro. acertei o assassino do primeiro. depois do segundo. e quando eu suspeitava que tinha esse poder, acertei o criminoso do terceiro. os seriados de crimes. algo que está acontecendo comigo.

é aquela coisa.

toda e qualquer pessoa que começar uma frase como: "é aquela coisa..." fique esperto. não quero dizer que o cara vai te foder, mas não custa ficar esperto. o "aquela coisa" é primo irmão do "veja bem dotô..." exemplo prático: você chega numa loja de eletrônicos e pergunta para o vendedor se aquele gps da vitrine é tão bom quanto o outro que está em promoção. ele vai coçar a cabeça e falar para você: "é aquela coisa.... não é assim igual, não é assim ideal, é aquela coisa, o senhor pode comprar o da promoção na paz, mas também não pode depois é querer comparar.... é aquela coisa." em outras palavras, " é aquela coisa..." é sinal que você está na merda colega. ou na merda, o que periga levar gato por lebre. algo por aí.

sexta-feira, novembro 07, 2008

diálogos quase interessantes

1)

- você sabe o que ele quis dizer com aquele levantar de sobrancelha?
- não sei.
- mas, quando a gente entrou no bar, ele reagiu diferente.
- sim, ele parou de beber, colocou o copo sobre o balcão do bar...
- e levantou a sobrancelha.
- sim, levantou.
- mas, qual das duas?
- mas ele levantou as duas, não apenas uma.
- sim, mas ele começou por uma delas, e a outra depois alcançou a primeira.
- bom, se ele levantou primeiro a esquerda e só depois a direita, pode não ser bom.
- como assim?
- experimente fazer você mesmo.
- assim ó?
- é.
- agora faz de novo e se olha no espelho atrás do bar enquanto você faz.
- caramba, é verdade, é meio sinistro.
- pensando bem, ele levantou as duas ao mesmo tmpo.
- e foi em slow motion.
- slow motion é bom.
- significa que ele gostou do que viu. digo, gostou de ver a gente.
- uma das duas.
- ou as duas.
- só existe uma maneira de saber.
- como?
- acho que devemos passar por ele-- e também devemos levantar a sobrancelha.
- juntas?
- ou separadas. tanto faz.

- o importante é ver a reação dele.
- vamos fazer o seguinte. eu passo por ele e levanto. você observa.
- depois eu passo e faço o mesmo.
- ok.


cinco minutos depois. enquanto o cara bebe a terceira bebida. ele comenta com o bartender:

- você sabe o que ela quis dizer com aquele levantar de sobrancelha?
- qual das duas?


2)

- você me acha engraçada?
- hilariante. (pausa....) e você, me acha sarcástico?


3)
- mas amor, você quer casar comigo ou não, porra?
- quando eu disse que gostava de escutar umas barbaridades, eu quis dizer na cama. não na hora de me pedir em casamento.



terça-feira, novembro 04, 2008

e eles quase se encontraram.



me considero um sujeito relativamente bem humorado. é claro que volta e meia acordo mais cedo com o saco na lua. ou, muitas vezes, por milhares de variáveis, fico de mau humor. acontece com qualquer um. você não é obrigado a passar o dia mostrando os dentes. claro que não. mas, de vez em quando você encontra uma dessas pessoas que são mau humoradas o dia inteiro. e quando eu digo o dia inteiro, isso inclui a noite. esses dias encontrei o sujeito mais mau humorado do mundo. se existisse uma copa do mundo de pessoas com déficit de humor, o fera levava de goleada. como quase sempre, era um taxista. não sei, ou o governo português aumenta o preço do quilômetro rodado nos taxis daqui, ou vai dar bosta. entrei no taxi e disse o endereço. e como tenho o costume de falar baixo, repeti. no meio da segunda vez, o fera me interrompeu e disse: "não sou surdo." mas eu levei na esportiva. fui aos poucos puxando assunto com o fêla. que me disse que na noite anterior uma garota tinha vomitado no banco dele: "vagabunda!" disse também que o clube de futebol do porto não estava agradando como nos últimos anos: "bando de bosta!" e finalmente se referiu a todas as mulheres que usam saias como moças de programa. bom, digamos que o fera atirava para todos os lados. fast forward, chego num restaurante e, ao entrar, pergunto se existe uma mesa me esperando. a mulher olhou para a minha cara e disse: "e quem é você?" eu ri. e ela ficou ainda mais nervosinha: "você acha que é o único cliente da casa?" de longe enxerguei as pessoas e a mesa. e, ao deixar ela para trás pensei baixinho: "hostess ranzinza, eu acabei de conhecer o amor da sua vida. um taxista igualzinho a você. com o mesmo jeitinho. e com todos os dentes cobertos e as mesmas dobrinhas de tensão na testa. mas, só porque você foi bem fêla da pulta, não vou dizer. eu poderia ter apresentado os dois. moça mau humorada do restaurante, taxista mau humorado. e tenho certeza que vocês se dariam super bem." e fui jantar. e ela continuou lá, resmungando sozinha. se tivesse sido um pouquinho mais simpática. só um tiquinho-- poderia estar dando um passeio no banco vomitado do taxista mais mau humorado do mundo. ou não.

o irmão português do panetone, com um nome mais pimpão, mas bem pior.



vou cagar uma regra aqui e assumir que o bolo-rei é o panetone dos portugueses. o que é uma péssima maneira de começar este textinho, afinal o panetone tem raizes italianas. mas acho que deve ser no brasil que a grande maioria do mundo é vendida. eu não acredito que na itália também acontece aquele esqueminha com aquelas pirâmides de panetone nos supermercados. bom, mas voltando ao bolo-rei. o nome, se você ler asssim meio descompromissado já é meio metido. meio não, muito. é de que se acha o mais pimpão, o bam bam bam, o fodalhão do bairro. é um bolo que diz: "eu não sou qualquer bosta não, eu sou o bolo-rei." mas é aí que entra o meu quase raciocínio para este quase textinho. o bolo-rei é bem mais ou menos. muito ruim. e se você é uma dessas pessoas que passa o ano a espera do bolo-rei, minhas sinceras desculpas e pena também. pena, porque meu amigo, o bolo-rei é uma bosta. eu sei que deve ter lá uma história linda por trás da receita, do nome. pensando bem, deve ter uma história linda que você viveu em que o bolo-rei estava lá no centro da mesa. mas, contra os fatos não dá para discutir. o bolo-rei é uma bosta. seco, com um esqueminha meio disforme de ingredientes. o bolo-rei não merece ter este nome nem fudendo. o panetone de chocolate, o tal chocotone até poderia roubar o nome. herdar, diria eu . basta experimentar para ver que eu estou com a razão. ou quase.

você não vai acreditar e o curioso.


- você não vai acreditar no que aconteceu comigo.
- conta.
- você não vai acreditar.
- pode contar.

- mas só se você acreditar.

- mas eu só posso acreditar ou não se você contar.

- tá.

- então, vai contar?
- não.

- não?
- pensando bem, acho que você pode não acreditar.
- mas...
- é, prefiro deixar assim, no ar, com esta tensão, como se realmente fosse algo que você não fosse acreditar.

- então conta....

- não, assim, parece ainda maior.

- mas o que é que aconteceu?

- hmmm, não. a curiosidade é mais legal do que o negócio que eu ia te contar.

- mas...
- diz, você não está aí pensando?

- tô.
- cara...
- o que?

silêncio.
silêncio.


- você não vai acreditar no que aconteceu comigo...

- vai tomar no cu.

quinta-feira, outubro 30, 2008

como é que uma pessoa decide que caráio faz com o tempo.



o tempo é complicado. se você notar, todos os dias ele é idêntico. por mais óbvio e ridícula a afirmação da frase anterior possa parecer, para efeito deste textinho, ela é importante. sim porque, apesar da pourra do tempo ser o mesmo, cada dia aparece mais coisas para você fazer. e não estou falando de trabalho. a internet é o maior exemplo disso. não sei quantos sites eu tenho no meu bookmark. mas devem ser uns 7 bilhões. cada dia adiciono mais uns 100. essa porra de "tabs" também fode com o seu tempo. esse esqueminha de ficar pulando de um site para o outro deveria ser proibido. email. email mais o spam também fode com o seu tempo. se você for um bom leitor de emails, tá na merda. se você for um educado "respondedor". está muito na merda. celular. celular com baterias que duram cada vez mais e com funções que tomam cada vez mais o seu tempo também fode com o seu tempo. aí tem os seriados na tv. não sei se você tem o costume de assistir, mas se você entrar numas de assistir, tem que ser um sujeito disciplinado. não é possível ver mais do que 3 ou 4 sem sacrificar qualquer outra coisa, o tempo não sobra. falta. trabalhar, reuniões, coisas simples como interagir com a mulher, o marido, os amigos. tempo. comer. se for em casa, você precisa de tempo para fazer. se for comer fora, precisa de tempo para chegar e esperar. se morar numa cidade com mais trânsito, precisa de tempo para o trânsito. e por aí vai. comcei a escrever este textinho pois ao olhar olhei para o relógio, aquele fêla que fica piscando no topo direito do monitor do mac-- e vi que já era tarde para cacete. não dei chilique, nem fiquei putinho. mas achei meio suspeito. e resolvi escrever aqui. sobre a caráia do tempo. esse que você perdeu lendo este textinho. ainda tenho uma caraiada de coisas para fazer e acho que não vai dar tempo. o tempo é complicado. se você notar, todos os dias ele é idêntico.

o random shuffle makers zambers do itunes



o random shuffle do itunes é genial. aquele featurezinho com as setinhas invertidas que se cruzam. sabe? fica alí embaixo do lado esquerdo do itunes. é um botãozinhoque fica bem na pontinha, o segundo. você clica a setinha e a partir daquele momento, as suas músicas entram numa mistureba e você corre o risco de escutar elvis presley guns and roses, aretha franklin e xuxa na sequência. essa função do itunes desenterra músicas do fundo do seu hd. permite você descobrir uma caráiada de músicas que você não tinha a menor idéia que estavam lá. o meu itunes, por exemplo, tem quase seis mil músicas. seis mil. é música para cacete. pelas contas do próprio itunes, são quase 15 dias de música. sem repetir. mas como todas as pessoas têm a tendência de ficar com um esqueminha mais resumido. grande parte das músicas socadas no itunes permanecem sem ver a luz do dia. ninguém escuta as seis mil músicas. antes de escrever este textinho aqui eu não tinha a menor idéia que este era o número de músicas que eu tinha. bom, mas de um tempinho para cá passei a apenas escutar músicas no shuffle random. mesmo que o fêla me force a escutar alguma bosta, eu arrisco. a idéia é muito simples: tá lá por algum motivo. não fode. se eu algum dia tive o trabalho de sugar as músicas de um cd, tenho que escutar a fêla pelo menos uma vez. agora por exemplo, está rolando um tim maia. antes estava tocando aqueles moleques pentelhos do hanson. do tim maia ao hanson, em apenas 3 minutos e tal. experimente. coloque o seu itunes nas mãos do random shuffle para ver que bosta dá.

o café de são bento e um dos melhores bifes do mundo.

a idéia de ter criado um outro blog, o guia fucking fuckers de gastronomia, foi para concentrar toda e qualquer crítica de comida lá. mas, confesso que por um misto de falta de idéias e uma certa preguiça de acessar e colocar direitinho a crítica lá no outro blog--- coloquei o café de são bento aqui. bom, mas a idéia é realmente um dia colocar lá em todos os detalhes o que faz do café de são bento merecedor das cinco desejadas estrelas do guia fucking fuckers de gastronomia. mas fica aqui essa pequena entrada, post, mini textinho para lembrar você. visite a bagáça. é impressionante.

agora, se você caiu neste blog por acidente ao digitar café de são bento ou melhor bife do mundo no google e não sabe onde fica-- faça o seguinte: digite café de são bento, rua de são bento, lisboa, bife. ou alguma variação dessas palavras. aí, você anota o endereço, tente não chegar muito tarde pois lá não fazem reserva. é caplicado e fácil de achar. fica na são bento na altura do jardim da assembléia. você precisa tocar uma campainha escondida. e se você conseguir a mesa, aproveite, coma devagar, em slow motion. o bife é punk. daqueles que você fica catando o caldinho com o garfo e lambendo as pontinhas do garfo depois. punk, meu amigo.

terça-feira, outubro 28, 2008

os estados quadradinhos dos estados unidos.



enquanto escrevia o post abaixo, me lembrei de um negócio que eu sempre quis escrever. é sobre os estados quadradinhos dos estados unidos. sabe? aqueles estados do meio? eu não entendo como é que as pessoas não falam sobre isso nos bares, nas escolas. puta negócio estranho. a impressão que se tem é que os caras tinham um prazo para riscar o mapa dos estados unidos. e fizeram com todo o carinho, a costa oeste. depois, a costa leste. bom, aí os caras tiraram umas férias. compraram umas garrafas de vinho e cerveja, foram para uma casa na praia ou uma casa na montanha. festa, mulheres, festa, mulheres, bebida. e na véspera de entregar o mapa, eles se lembraram que ainda faltava definir uns vinte e tal estados ali no meião do mapa. aí meu amigo, com pouco tempo e com a adega cheia, os cara pegaram a régua, o lápis nº2 e fizeram os quadradinhos. outra história qualquer sobre a origem dos quadradinhos, não faz sentido.

fisherman's friend e o mito.




não sei se você já comeu a bagaça. é uma espécie de balinha de menta dessas que diz que é forte para cacete e que vai fazer você chorar. bom, sempre vi a propaganda, os posters e confesso não tinha assim tanta coragem para comprar. colocava a mão no saquinho e antes de pagar, a mão tremia, a testa cuspia gotículas de suor e eu amarelava. e essa história, esta cena patética se repetiu uma dezenas de vezes. ok, exagerei, mas aconteceu mais do que três vezes. a sensação era de que eu estava carregando um balde com nitroglicerina. e devolvia o mesmo para a prateleira com muito muito cuidado. afinal, a propaganda era séria. os avisos também. comprei. fraquinho para caráio. portanto, se você também achava que a pourra da pastilha podia fazer você jorrar lágrimas pelos canais dos olhos, vá em frente. sem dramas.

pessoas que você não sabe se falam a sua língua ou não num país estrangeiro.



isso já aconteceu com todo mundo. todo mundo. em diferentes partes do mundo, é claro. você está em paris com a sua namorada num café, por exemplo. e aí, quando você pega o croissant certo, o café, paga, e se dirige cheio de "stâile" para a mesa com a sua namorada ao lado, um senhor pega a última mesa. mas ele pega a última mesa quando você estava prestes a agarrar a cadeira. azar o seu meu amigo. bom, e aí como você está em paris, num país em que a primeira língua é o francês, e a sua é o português-- o que você faz? bom, você olha para a sua namorada e diz num volume bacanudo: "cara fêla da pulta, pegou a nossa cadeira, a nossa mesa... este bosta, veja só." e o que acontece? se você é um sujeito azarado, este senhor é brasileiro ou fez um curso intensivo de português. aí, ele vai entender o que você falou, vai olhar para você como quem diz: "que azar hein?" e você vai ficar ali com uma cara de bosta meio sem graça e puto. primeiro por ter perdido a cadeira para o ladrão de cadeiras, e segundo, porque ele sabe falar português. e isso acontece em todos os lugares. já aconteceu comigo num ônibus numa montanha no colorado (na casa do caráio, literalmente) quando uma senhora furou a fila na minha frente. ela também falava português. num museu na holanda. o meu radar é meio ruim. bem ruim. aqui em portugal, no eléctrico, já me fodi umas duas vezes. você deve estar pensando: "mas em portugal se fala português, rapá!" claro. mas as meninas e o senhor que eu achava que não falavam português, eram, respectivamente, mais dinamarquesas do que qualquer cidadão daquele país. e mais americano do que qualquer americano de um daqueles estados quadradinhos do mapa. nas duas ocasiões comentaram: "eu falo português." pessoas que você não sabe se falam a sua língua ou não num país estrangeiro. fique atento. ou não.

sexta-feira, outubro 24, 2008

a teoria do sabonete líquido e o de barra.

certa vez no meio de uma reunião dessas de planejamento que demoram umas seis horas alguém mostrou, com a ajuda de uns 76 slides de powerpoint, que o brasileiro não usa sabonete líquido nem fudendo. o brasileiro gosta da barra de sabão e pronto. não adianta inventar. eu até entendo. primeiro, por causa do costume, é claro. mas também tem aquele esqueminha da barra que vai desaparecendo na sua mão. é, porque se ela está desaparecendo, é sinal de que o cheiro, a limpeza que antes estava lá--- agora está em você. o sabonete líquido para mim tem um problema muito básico, parece o shampoo. a textura, a embalagem. a sensação que eu tenho quando uso o tal sabonete líquido é a mesma que eu tinha quando era moleque e no meio de uma viagem acabava o sabonete. ou você esquecia de levar a pourra da barra. lembra? aí você pegava uma mão de shampoo, adicionava água e pimba-- fingia que era sabonete, só para dar um cheirinho. bom, para mim, esse é o problema com o sabonete líquido. o efeito psicológico. acho, apenas acho que o brasileiro só vai passar a usar essa bagáça em formato líquido no dia que o governo mandar tirar das prateleiras todas as barras de sabonete. digo isso, pois um dia destes quis dar uma chance para o sabonete líquido. comprei um tubão. tomei o banho e tal. mas depois-- passei o resto do dia escorando o nariz para perto da subáca para ter certeza que não estava exalando um odor de qualidade discutível. é complicado trocar. substituir. a barra pelo pote. bem complicado.

não acredito no segundo livro do cara que promete tudo com o primeiro.

não acredito em autores de livro de auto-ajuda com mais de um livro. afinal, se o fera é realmente bão, se ele sabe fazer as pessoas ficarem ricas, muito muito ricas, com rios de dinheiro--- ele--- o autor do livro de auto ajuda não deveria precisar sentar a bunda numa cadeira para escrever um segundo livro. o cara já está milionário, os leitores dele também. enfim, se ele precisa escrever um segundo livro-- então ele é bem mais ou menos.

terça-feira, outubro 21, 2008

o lagostês. versão 3.



ontem ao sair de um restaurante o chacho olhou para o tanque de lagostas vivas que pulavam na entrada e comentou sobre o que deveria estar passando na cabeça delas-- sempre que alguém entra no restaurante-- antes de comer.


versão 3.

- alguém já contou o que acontece quando aquele carinha da cozinha faz quando pegam a gente aqui?
- hmmm... não.
- para onde eles nos levam?
- também não.
- pode falar, eu não conto para ninguém.
- promete?
- ok. reza a lenda que a gente é levado para uma banheira quente e depois cuidadosamente banhado em creme e ervas.
- um spa de luxo!
- e que isso fique entre nós. não quero perder a minha vez para ninguém.
- (falando baixinho) banheira... banho de cremes... ervas... isto é o paraíso.

o lagostês. versão 2.




ontem ao sair de um restaurante o chacho olhou para o tanque de lagostas vivas que pulavam na entrada e comentou sobre o que deveria estar passando na cabeça delas-- sempre que alguém entra no restaurante-- antes de comer.


versão 2


- cara?
- fala.
- tenho que confessar uma coisa.
- pode dizer.
- sabe ontem... quando o chef levou a sua mulher para a panela?
- (chorando) sei.
- então...
- então o que?
- quando você se virou para o lado, eo chef se aproximou, me fingi de morto, virei os olhinhos para trás e parei de soltar bolhas de ar. o chef achou que estava menos fresco e foi direto nela.
- filho da puta.
- mas eu sou sincero.

as lagostas que conversam em lagostês no aquário.





ontem ao sair de um restaurante o chacho olhou para o tanque de lagostas vivas que pulavam na entrada e comentou sobre o que deveria estar passando na cabeça delas-- sempre que alguém entra no restaurante-- antes de comer.


versão 1


- no brasil se como muita lagosta?
- depende.
- depende?

- é cara.

- mas quanto cara?
- muito. muito cara.
- e aqui, aqui é cara?
- proporcionalmente, menos.
- então esse brasileiro que está entrando com esse argentino pode entrar numas de querer matar a vontade de comer a gente. aproveitar o preço e tal.

- nossa sorte está nas mãos do argentino.

- como assim?

- é, se o argentino pedir outra coisa, carne, por exemplo, pode influenciar no pedido do brasileiro.
silêncio. silêncio.
- ar-gen-ti-na! ar-gen-ti-na! ar-gen-ti-na! ma-ra-do-na! ma-ra-do-na!

documentários e o cara que era mais ou menos doidjo.


curto documentários. os não ficção. os baseados em histórias 100% reais. os que na grande maioria das vezes é estrelado pelas pessoas que protagonizaram a história. aqui em lisboa está tendo um festival de documentários. o doc lisboa. puta esqueminha bacana. se você está em lisboa e lê este blog, o festival vai até domingo. e, se você for fuçar o site dos caras atrás de um filme, foque naqueles que estão em cartaz na culturgest. a culturgest se você nunca foi, é um negócio gigantesco, daqueles que devem ter levado uns dois séculos para ser construído. bom, fim de semana passado fui ver um filme lá. o filme era meio melancólico. mas aconteceu um negócio quase curioso. minha mulher sentou a minha esquerda. e, na minha direita sentou um sujeito bem doidjo. nada contra pessoas doidjas. mas esse era bem peculiar. para começar não conseguia decidir que perna queria cruzar por cima de qual. deve ter variado, mudado de posição umas 72 vezes. depois entrou numas de brincar com o elástico da meia. como quem puxa o topo da meia para a fora e larga contra a perna como se aquele "bater" de meia sobre a pele da canela causasse alguma sensação. o celular. o fera, durante o filme, juro, checou para ver se tinha alguma mensagem umas 980 vezes. confesso que fiquei um pouco tenso em alguns momentos, especialmente quando ele ameaçou começar uma guerra de cotovelos pelo espaço entre as duas cadeiras. mas nada aconteceu. mas teve uma coisa que achei ainda mais quisita, estranha. o riso do fera. o cara estava fora de sincronia. ria antes dos momentos de rir. e não é que ele já sabia a piada. ele ria meio milésimo de segundo antes. e o resto do cinema inteiro logo em seguida. documentário é um esqueminha genial. o festival de lisboa também. mas, domingo passado-- as cenas mais cafuzas não estavam na tela, mas logo ao meu lado. pronto para um duelo de cotovelos. fêla.

sexta-feira, outubro 17, 2008

dois casais. um em casa. o outro no motel.

1-

casal em casa, sete e tal da noite. ar-condicionado quebrado.

- amor?
- oi?
- vou deixar você.
- como?
- deixar você, ir embora.
- antes ou depois da novela começar?
- oi?
- só para eu ver se preciso botar para gravar.

2-
casal no motel, depois do rala e rola.

- paixão?
- diz fofolucho.
- eu gostaria de contar para você uma coisa.
- claro.
- eu não sou quem você pensa que eu sou.
- como assim?
- eu não me chamo joão. eu sou casado.
- grandes bosta, eu não me chamo maria. e sou casada também.
- silêncio.
- silêncio.
- maria?
- o que foi joão?
- vamos novamente?
- claro.

a comida mineira.

a comida mineira é excelente. muito boa. um negócio de outro mundo. mas pourra, vai ser pesada assim na casa do caráio. sempre que eu vou a um restaurante mineiro fico cafuzo com a quantidade de comida. mas não só a quantidade. a gordura da bagáça. costela, lombinho, feijão com não sei o que, farofa gorda afogada na manteiga e mais uma centena de opções. o mesmo com a sobremesa, são aqueles doces que disputam com o alcool combustível-- o destino da cana de açucar. uns doces que devem ter 500 calorias por colher de sopa escorrendo. não sei qual é o esquema, como é que o pessoal em minas gerais consegue evitar uma crise de obesidade de proporções gigantescas. não sei como nunca teve uma pessoa desmaiando com a cara sobre a mesa após comer o sexto prato fundo (nunca raso). não sei. tenho medo de voltar para um restaurante mineiro. medinho. daqueles do lábio inferior ficar tremendo com uma babinha pendurada bem no meio dele. mas como você sabe, a bagaça é boa. e aí, é só um fera levantar a mão e comentar algo como: "putz, e uma caipirinha... um tutu... um licorzinho de jabuticaba." aí, bem, aí você passa em casa antes, coloca a calça de moletom e vai. mas vai sabendo que pode passar o resto da semana rolando pelos cantos da casa fazendo um som estranho enquanto faz a digestão de 7 kilos de comida. mas vale a pena. ou não.

o projeto bigode.




aqui na agência, o lincão e o nuno começaram o projeto bigode. que, nada mais é do que deixar crescer o bigode. (já notou que quando você coloca a palavra projeto na frente de qualquer outra, fica com um tom de coisa importante?). bom, mas voltando a história do bigode. e do projeto. a idéia do projeto é que mais pessoas entrem no esquema. dois caras de bigode andando pela agência deixam a impressão de que não é uma raridade. que você não estará sozinho caso deixe a bagáça crescer. corajosos os dois. não é todo mundo que tem bagos de aço para deixar crescer el bigodon. bagos de titânio. bigode chama a atenção para caráio. de repente, você passa a ser o cara de bigode. exemplo: você entra num restaurante com a sua mulher atrás de um casal de amigos que já esperam por vocês lá dentro. o garçom pergunta como é o casal que você está procurando. e você, sem pensar diz: "o cara tem um bigode." e o garçom comenta: "ah, o senhor de bigode? está lá, mais ao fundo." se alguém for desenhar uma caricatura, retrato falado, qualquer coisa que envolva um lápis e um papel-- o bigode vai saltar. o bigode engole a pessoa. se você não tem um piercing do tamanho de uma bola de sinuca agarrado na orelha, a pessoa sempre vai lembrar do bigode. por isso mesmo o projeto bigode é corajoso. pois um dois risca ganhar um apelido de "bigode". e que, ao contrário do bigode que pode ser sempre raspado-- o apelido pode ficar para sempre. "tio bigode, ô bigode, opa do bigode, ô bigodão, bigode passa a bola..." e por aí vai.

a crónica do destak desta semana.

terça-feira, outubro 14, 2008

o esquema dos carteiristas e os ninjas.



carteiristas para quem não sabe é o batedor de carteira no brasil. aqui em portugal, em lisboa, pelo menos, parece que existe uma chance relativamente grande de um carteirista pegar algum pertence seu quando o metro está cheio. acho que o esquema é mais punk com turistas desavisados. acho que carteirista é o mesmo esquema no mundo todo. bom, mas como aqui eu ando muito mais de transporte público do que jamais andei no brasil, fiquei curioso com o esquema. fui perguntar para pessoas que pegam o metrô ou o elétrico para saber como é que funciona. fui investigar, perguntar para o lisboeta. todos me disseram a mesma coisa. 99% das vezes é silencioso, você não vê o cara ou a mulher pegar a carteira do seu bolso.quando nota, é aquele esquema, de dar um passo para frente ou uma joelhada na sáca. celular, chave, o que seja. bom, você entendeu, é um esquema meio ninja. e isso, me deixou cafuzo. não sei muito como me defender disso. ok, o basicão eu sei. não andar com as coisas nos bolsos de trás. mas, quando você vem do brasil onde na maioria das vezes, a sua carteira pode ser levada a força e aos berros, é mais difícil absorver a idéia de que vão levar a sua carteira sem você ver. não que seja melhor. claro que não é. qualquer tipo de assalto é uma bosta. mas confesso que o esquema ninja dos carteiristas que você não consegue ver de maneira alguma, é foda se preparar. e o brasileiro como eu, que cresce meio que pronto para reagir a uma situação mais barulhenta na hora de um assalto fica bem mais cafuzo. mas belê. é torcer para que o ninja nunca apareça.

quinta-feira, outubro 09, 2008

marcar dentista.




marcar dentista é um esquema engraçado. ou não.

você, por livre e espontânea vontade, marca para sentir dor. você pega o telefone e liga para um sujeito para agendar para ser legalmente torturado. e ele, você, e a mocinha que atende o telefone-- todo mundo acha isso normal. é por isso, e só por isso que ela, a mocinha que atende, é super doce com você. "bom dia, senhor erick? como é que você está? que bom saber. isso é muito bom saber. então quando é que é o melhor dia da semana para você?" aí você responde. e ela: "que bom saber disso. que bom que esse dia é tão bom para o senhor. e que horas? que horas que é especial, que horas é uma delícia para você?" aí você responde. e ela: "ahhhh, senhor erick, que bom, mas como é bom poder marcar esse dia, nessa hora tão querida para o senhor se dirigir até nós." e você fica ali, do outro lado da linha com uma sensação de: "é, beleza, talvez seja bom mesmo. ela tem razão... vou lá naquele cara e deixar ele socar o meu dente com uma broca. vou sim. é bom. porque não." e marca. e vai. e se fode.

as lentes que explodem depois de um dia.

comecei a usar lentes de contato de um dia. puta esqueminha fácil. acabou o dia, descarga. você está lá escovando os dentes a noite, e se, ainda consegue se enxergar no espelho, é só jogar o par na pia. o problema da outra lente, a que dura um mês, é que você nunca lembra quando foi que colocou ela pela primeira vez. e sempre fica naquela de: "só mais um dia, mais um, mais um, mais um..." e quando vê, está com os olhos vermelhos e lacrimejando. o esqueminha da lente de um dia beira a genialidade. você não se fode com uma lente velha nos olhos. você não precisa mais carregar aquele potinho criadouro de bactérias para cima e para baixo. você também não precisa comprar aquele pote de 6 litros de soro. meu amigo, a bagáça é descartável. depois que escurece, pimba, lixo. você coloca nos óio de manhã e o timer na contagem regressiva começa. fudido. se você também passou grande parte da vida com os dedos cutucando as bolinhas coloridas dos olhos, vá com força nas lentes de um dia. você vai ficar meio puto. não, vai ficar puto para cacete. mas por não ter feito isso antes. até porque a bagáça existe desde sei lá quando. a sensação que você tem depois de usar essas lentes é como se hoje, aos trinta e poucos anos de idade, descobrisse pela primeira vez na vida-- que existe água quente nos chuveiros. é exatamente isso.

a melhor parte.

sempre aparecem aquelas dicas de amigos que já assistiram filmes que você vai ver-- do tipo: "ó, não vai sair do cinema ao final do filme, espere... pois depois dos créditos tem uma sequência com os erros de gravação e tal." os filmes da pixar começaram a moda e tal. e por falar nos filmes da pixar, esses também criaram um esqueminha genial-- em que você pode sempre assistir um curta do caráio antes dos desenhos começarem. bom, e tem um filme no cinema agora, o tropic thunder, com o ben stiller, o jack black e o robert downey jr que tem um esqueminha desses. como se trata de um filme dentro de um filme sobre fazer filmes-- eles também fizeram uns trailers fucking fuckers dos atores que os atores de verdade fazem no filme. parece confuso mas não é. a dica aqui é: chegue mais cedo no cinema. a melhor parte do tropic thunder são esses trailers.

e essa dica é do fera aqui do trabalho, mico toledo. que assistiu o filme, e, quando foi comentar comigo sobre os trailers do início-- comentou sobre 3. e eu, atrasado de merda, só assisti um. que era genial.


terça-feira, outubro 07, 2008

uma teoria sobre o jerry maguire



fiz esse teste este fim de semana. perguntei para algumas mulheres e para homens, a primeira frase que eles lembravam do filme "jerry maguire".

o teste não foi perfeito. mas foi quase. as mulheres quase todas foram direto na frase do tom cruise na cena que ele fala para a renee zellweger meio chorando de emoção: "you... complete me!" e ela responde com os olhos em cataratas: "you had me at hello!'

os homens não. quase todos foram direto na frase do cuba gooding jr."show me the money!" não é lá assim uma teoria a prova de fogo. mas é quase. faça você mesmo o teste.
assista aí embaixo as duas cenas.
não diz nada. mas digamos um pouquinho da diferença dos homens para as mulheres. ou seja, as mulheres saíram suspirando do filme por causa dessa cena. e os homens rindo por causa da outra. as mulheres suspirando pelo tom cruise. e os marmanjos pela renee que, convenhamos, estava no auge. apenas uma idéia.






"SHOW ME THE MONEY!"



"YOU COMPLETE ME..."

sexta-feira, outubro 03, 2008

guylian, a droga mais pesada de todas feita de cacau.




se você tem problemas ou com a taxa de açucar no sangue, ou com o tamanho da pança que escorre pela cintura da calça jeans, afaste-se dos chocolates guylian. não se comparam com godiva ou qualquer outro desses que tira uma onda de chocolate fiucking fuckers zambers "aí como eu sou gostoso para cacete do mundo." o guylian é um troço do outro mundo. e eu sei que dizer que um chocolate é um troço de outro mundo é meio subjetivo. cada um tem o seu chocolate favorito e tal. alguns são muito parelhos. mas o guylian, não. e basta dar uma dentada pequena para sentir o drama e concordar comigo. e eu digo uma dentada pequena, pois, depois da pequena, você comer o seu dedo indicador e o polegar, jutos. é impossível, complicado-- não comer uma barra inteira. deveria ser proibido vender em qualquer lugar. se eu fosse dono da marca faria como os traficantes. daria pequenos quadrados do chocolate em praças de shopping de graça. e depois cobraria seis mil euros por barra. talvez cinco mil. mas algo assim, com preços para foder a cabeça das pessoas. e tenho certeza que todos comprariam. venderiam a mãe, o pai, e os melhores amigos dos dois. a bagáça é boa. e se você conhece a marca, ainda tem um esqueminha engraçado dos cavalos marinhos feitos de chocolate com um recheio de heroína. meu amigo, se você ver esses cavalinhos de chocolate perto de você ligue para a swat. corra. ameace pular. faça qualquer coisa. só não dê uma mordida. nem fudendo. sério. sem putaria. você vai me agradecer. ou não.