quarta-feira, novembro 29, 2006

master beef supremus imperador maximus

"o senhor gostaria de um naco dessa picanha nobre?" não sei se você já notou, mas em qualquer churrascaria, as carnes são divididas em classes sociais. tem a picanha que é nobre e tem a normal. tem o corte especial da alcatra, assim como tem o corte normal. tem o coração da picanha e da alcatra. mas como você já sabe, tem também os cortes comuns, os mais simples, sem fru-fru. o próprio filet-mignon, que em qualquer outro lugar é rei, na própria churrascaria é recebido com descaso. pode notar, o filet mignon dentro de uma churrascaria é tão bem aceito quanto uma lasca magra de cupim. resultado dessas classes sociais impostas pelos estabelecimentos. miolo de picanha nobre, especial, especialidade da casa, com crosta de alho, com crosta de alho especial, com crosta de alho nobre e super especial, master beef sumus. é sempre a mesma cena--quando se aproxima da sua mesa o garçom com o espeto com aqueles galetinhos magros de frango, você pode ver nos olhos do sujeito um certo ar de "sou um bosta, eles não me acham capaz de carregar um miolo especial fucking fuckers master sumus premium. não, é franguinho mesmo." o garçom do cupim então, já chega olhando para os próprios sapatos como se estivesse pagando algum pecado. o carinha do filet mignon fala baixinho, com ênfase no "gnon", só pra ver se desperta nas pessoas aquele brilho nos olhos. costela de boi, fraldinha. fodeu. essa divisão de classes está fodendo com as carnes com nomes mais simples. lá perto de casa, por exemplo, os nomes mais pretensiosos é que fazem maior sucesso: ancho premium, "bife de tira, dotô, corte argentino!" já, perto do trabalho, tem uma churrascaria que inventou um tal de "baby beef fiorentina especialidade da casa!!" o garçom oferece a tal especialidade com sangue nos olhos: "vai um fiozinho de azeite campeão? fica ainda mais especial." toda churrascaria é assim agora. carne não é mais simplesmente carne. se custar uns 80 mangos pode se chamar master beef supremus imperador maximus. já a picanha comum, comum, que supostamente não é tão fodona como sua irmã mais nobre, a nobre, não teria coragem de cobrar metade disso. não sei se você já notou, mas em qualquer churrascaria, as carnes são divididas em classes sociais.

segunda-feira, novembro 27, 2006

ou isso ou aquilo (4)

telefone celular com câmera ou relógio com calculadora.

chocolate meio amargo ou batata doce.

descer para pegar a pizza e entregarem o jornal na porta da sua casa ou descer para pegar o jornal e entregarem a pizza na porta da sua casa.

dentista ou acupuntura.

taxista perdido ou nota de 20 reais perdida.

fio dental depois de comer uma costela de boi ou uma praia com uma gostosa com um fio dental.

ar condicionado quebrado no verão ou cobertor curto furado no inverno.

pneu furado ou radiador estourado.

dor de cabeça ou dedada com mindinho do pé na quina da mesa de jantar da sala.

vizinho pentelho ou pentelho do cozinheiro na comida.

ou isso ou aquilo.

incongruências.(1)

dentista com dentes tortos.
endocrinologista pançudo.
taxista perdido.
cachorro-quente frio.
cobertura em prédio de três andares.
pit bull manso.
porteiro do seu prédio que não sabe o seu nome.
s.a.c. ocupado.
sofá da sala desconfortável.
linguiça de frango.
carne de soja.
sorvete de queijo.
café descafeinado.
esmalte transparente.
desodorante sem cheiro.
fio dental grosso.
feijão sem arroz
óculos escuros claros

quinta-feira, novembro 23, 2006

frangos.

frangos (1)

dois frangos conversam:

- sabe quem eu vi saindo do motel agora a pouco?
- quem?
- sua irmã.
- é uma galinha.



frangos (2)

dois frangos gagos conversam:

- co-co-co-ricó.
- co-co-co-ricó.




frangos (3)

dois frangos conversam:

- tá vindo dá onde?
- cinema.
- comédia?
- filme de terror.
- qual é o nome do filme?
- mcnuggets com molho barbecue.
- nossa.



frangos (4)

dois frangos observam uma galinha passar:

- nossa, que galinha gostosa.
- viu as coxas dela?
- suculentas. e olha que eu acho que ela está arrastando as asas para mim.



frangos (5)

dois frangos se encontram no elevador:

- mas que cara é essa rapaz?
- o natal. o natal tá chegando.
- você tem razão. é a época mais triste do ano.
- ceia. salpicção de frango. salada com frango. coxinha.
- triste.
- triste.
- boa sorte.
- procê também.

quarta-feira, novembro 22, 2006

porcos.

porcos (1)

dois porquinhos conversam.
- você não vai lavar as mãos depois de fazer suas necessidades?
- não.
- seu porco.



porcos (2)

dois porquinhos assistem o jogo do palmeiras juntos:

- porco! porco! porco!
- porco! porco! porco!




porcos (3)

bebê porquinho vai até o quarto dos pais de madrugada:

- mãe, eu não tô conseguindo dormir.
- o que aconteceu, meu filho.
- sonhei que tinha um lobo mal debaixo da minha cama.



porcos (4)

casal de porcos:
- amor?
- oi?
- você acha que eu fico gorda nesse vestido?
- fica.



porcos (5)

dois porcos conversam. é fim de tarde.
- caesar salad leva bacon?
- leva.
- muito?
- um pouco, pedacinhos, em cima.
- então fodeu!
- fodeu como?
- e escutei a dona da fazenda falando que ia fazer uma caesar salad.
- pra família inteira ou só para ela?
- pra família inteira.
- então fodeu.

terça-feira, novembro 21, 2006

vacas.

vacas (1).

duas vacas se encontram no pasto.

- oi.
- oi.
- tudo bem?
- tudo tranquilo.
- o que você fez hoje?
- fiquei pastando. e você?
- fiquei pastando.
- vai fazer alguma coisa mais tarde?
- acho que vou pastar. e você?
- pastar também.
- quer fazer alguma coisa amanhã?
- tipo o que?
- sei lá, pastar.
- legal.




vacas (2)

duas vacas se encontram.

- leite?
- isso. tava tirando leite.
- integral?
- não, desnatado.
- que dureza hein?
- é foda, tenho que tomar um litro d'água para cada litro de leite que o fêla da pulta tira.
- um litro?
- um litrão de água para cada litro de leite desnatado.
- foda.
- complicado.




vacas (3)

duas vacas se encontram.

- você viu?
- viu o que?
- de que material é feita as botas que o fazendeiro está usando?
- não, não notei...
- lembra da ana?
- ana?
- é, aquela vaca "simpática" que sumiu?
- ah, lembro. ana, ana, aquela vaca.
- bom, virou bota de fazendeiro.
- bem feito.




vacas (4)

bezerro pergunta para uma vaca:

- de onde viemos?
- inseminação artificial.




vacas (5)

duas vacas conversam:

- você acredita em vida após a morte?
- acredito.
- e o que acontece com a gente depois que morre?
- quarteirão com queijo.

quinta-feira, novembro 16, 2006

a loja de animais (2).

a loja já está aberta desde meio dia. o relógio marca duas e meia. um dos cachorrinhos finalmente parece ter conquistado a atenção de uma menina.

- olha lá. aquela menina gamou.
- tá louquinha por você.
- como eu disse, gamou.
- olha como ela me olha.
- faz carinha de "cuti, cuti" não dá mole. foram horas de treinamento, não vai jogar isso fora.
- chamou a atendente. tá vindo pra cá.
- pula. pula. dá dois pulinhos e depois coloca a língua para fora.
- assim?
- menos. menos. mais discreto.
- mil reais!!!??? não fodi. você viu quanto a vendedora disse que eu custava?
- caramba, tá caro. faz um cocô. grande. talvez eles abaixam o preço.
- já fiz. fiz antes da loja abrir. mas olha lá, olha lá, a mãe dela sacou o cheque do bolso. vão deixar ela pagar em três vezes.
- putz cara, acho que chegou a sua hora. quem diria que esse dia chegaria. cada um para um lado.
- e graças aos seus ensinamentos. obrigado por tudo. você é o meu obi-wan kenobi. meu mestre jedi.
- calma, assim eu vou ficar emocionado. me promete uma coisa.
- claro.
- se ameaçarem colocar o seu nome de "rex", você morde, late, mija, mas não deixa.
- beleza.
- tudo menos rex.
- lá vem ela. vai abrir a portinha do vidro.
- tchau.
- tchau.
-snif.
- snif.

a menina pega o cachorrinho e comenta com a mãe:
- olha mamãe, ele tá chorando de emoção.

e as duas vão embora com o cachorrinho no colo.

quarta-feira, novembro 15, 2006

a loja de animais quatro minutos antes de abrir.

sábado. shopping cheio de crianças famintas por animais de estimação. dois cachorrinhos recém-nascidos conversam:

- cara de fofo. faz cara de fofo.
- assim?
- não, não. tem que mexer os olhinhos para cima e juntar as sobrancelhas. tem que fazer cara de "abandonado", sabe?
- assim, então?
- quase.
- e, quando eu fizer essa carinha, eu devo chorar também?
- até pode, mas tem que chorar baixinho. não pode ficar histérico. ninguém leva cachorro histérico para casa.
- e se uma criança bater no vidro?
- tenta não latir.
- uma latidinha alegre?
- latidinha alegre pode.
- e se duas crianças baterem no vidro?
- bom, aí você tem que focar em uma. se você tentar impressionar as duas, aí fodeu. você vai se desgastar e o pai da criança não vai sentir tanta confiança assim em você.
- caramba?
- o que foi?
- tô com vontade de fazer xixi.
- segura.
- pourra, justo agora que a loja vai abrir.
- segura esse xixi. se uma mãe te ver mijando na vitrine, aí pode dar adeus para a fuga da loja. você vai passar mais uma semana aqui. e, você sabe, quanto mais velho você fica, mais difícil é ser vendido. e tem outra coisa. se a gente não agradar, o moleque acaba levando um gato.
- gato fêla da pulta.
- calma. calma. olha lá a vendedora virando o sinal de "aberto". vai abrir. respira fundo.
- abriu a loja!
- concentração. cara de coitado. olhinhos para cima. sobrancelha juntas. e foco numa só criança. foco!
- boa sorte.
- pra você também.

segunda-feira, novembro 13, 2006

o fiapo de frango agarrado nos dentes e outros meios de tortura.

dia desses, enquanto lia uma notícia sobre o bush comecei a pensar em outras formas de tortura. o texto falava sobre algum tratado em que o bush decidiu, por lei, que era permitido torturar prisioneiros de guerra. com socos na nuca, na garganta, dedo no olho, joelhada na sáca. em outras palavras, tudo relacionado a dor extremas. muita dor, dor pra caráio, dor. bom, e foi pensando nisso que eu comecei a pensar em formas alternativas de tortura. menos doloridas, mas igualmente eficazes. ex.: dar uma coxa de frango assada para o terrorista e esconder o fio dental dele. outro exemplo, ajudar o terrorista a entrar num prédio empresarial e depois esconder o crachá dele. outro, dar um telefone celular para o terrorista com o toque polifônico de "festa no apê" e ligar seguidamente para ele. alguns outros tipos de tortura: servir batata frita sem sal e sem ketchup e ao final oferecer aquele guardanapo de boteco que espalha a gordura. servir uma bifa suculenta com um nervinho ao centro. convidar o terrorista para um casamento e forçar ele a usar terno e gravata. servir torrada integral com creme vegetal becel. dar uma pick-up cabine dupla para o terrorista estacionar no shopping num sábado a tarde de chuva. depois de três dias passando fome, servir para o terrorista uma fatia grossa de quiche sem direito a nenhum líquido para acompanhar. levar o sujeito para experimentar roupas numa loja dessas mudernas em que a vendedora fica cantando uma música baixinho enquanto mostra para você as roupas. viajar para são paulo do rio, na poltrona do meio, com o pitoquinho de ar condicionado meia bomba. fazer ele ligar para uma operadora de celular para cancelar uma linha. e finalmente, colocar ele para dar uma volta no meu quarteirão num domingão calçando um daqueles tênis com a sola cheia de vincos que agarram bosta de cachorro quando se pisa em cima. bom, eu duvido que o terrorista ia omitir qualquer informação. alí, com aquele fiapo de frango preso entre os molares, sem fio dental, o terrorista ia chorar, entregar a mãe, o pai, e cantaria o hino americano com a mão direita no peito.

quinta-feira, novembro 09, 2006

karma.

alarme é um relógio que morreu, e como vivia atrasado, voltou para a terra como um alarme. é puro karma. depois de foder a vida do dono, o relógio teve o que mereceu. entrevista de emprego atrasado. prova de algebra atrasado. primeiro encontro atrasado. segundo encontro atrasado. encontro com os sogros atrasado. cinema atrasado. avião perdido. tem relógio que passa o resto da vida estragando cada momento do dono. e quando eu digo resto da vida, é porque uma hora a vidinha miserável dele acaba. o tic-tac pára. afinal, um dia você não aguenta e desiste do relógio, joga ele no fundo da gaveta. ou melhor, enterra ele no fundo da gaveta e o bicho bate as botas, parte para outro mundo. morre. "aquele relógio? morreu. escafedeu. comprei um novo. aquele vivia atrasado." e aí,um dia, quando ele, o tal relógio fêla da pulta menos espera, volta. mas volta como um alarme. quem mandou estragar momentos importantes do dono? é, porque agora, no papel do alarme, esse relógio está fodido. vai sofrer. vai chorar. vai implorar por perdão. pra começar vai ter que acordar cedo todos os dias. e o pior, ao acordar cedo todos os dias, será obrigatoriamente recebido por porrada. porradinha. porradão. aquele tapa, soco, empurrão que todo dono de alarme dá após o primeiro toque. e, depois do tapa, do primeiro toque, ele, o alarme tem que respirar fundo e contar silenciosamente cinco minutos para voltar a tocar. e levar mais uma bifa. e essa rotina se repetirá até o fim da sua vida para sempre: acordar cedo, levar tapa. karma.

terça-feira, novembro 07, 2006

o crachá.

crachá é foda. complicado. é uma relação de amor e ódio. amor, porque você precisa da porra para entrar no trabalho, no estacionamento e para sair. ódio, porque você precisa da porra para entrar no trabalho, no estacionamento e para sair. não tem jeito, você é obrigado a carregar o crachá para todos os lados. experimenta ir para o trabalho um dia sem ele. experimenta. o mesmo carinha da segurança que te vê todos os dias, vai ameaçar sentar o porrete na sua nuca se você não apresentar o crachá. sem o crachá, vão te cobrar uns trezentos e vinte e sete mangos para estacionar o seu carro na garagem do prédio. já perdi três crachás. crachá é foda. complicado. existem dois tipos de crachás: aquele com o mini-clip que agarra no bolso da calça e o que vem com a cordinha que você leva com orgulho no peito. se eu fosse presidente de um firma, eliminaria o crachá no primeiro dia. ou no segundo. só para os funcionários darem valor a minha decisão de eliminar a caráia do crachá. só existe um esqueminha pior do que ter que usar um crachá para entrar e sair do prédio que você trabalha: trabalhar na empresa que fabrica crachás. caceta, imagina você passar o dia, colocando aquelas cordinhas. ou o clips. ou o chip que apita quando passa na catraca. sabe, aquele chipzinho que quando entra em contato com aquela luzinha da catraca apita um som agudo como quem diz: "se fodeu meu irmão. tá cansado? quero ver você encontrar o seu carro na garagem do prédio agora! crachá é foda. uma peça de plástico de uns vinte gramas mas que pesa uns seis quilos. experimenta perder o crachá enquanto você está na firma. antes de ir para casa. meu amigo, é uma espécie de sequestro relâmpago. você sabe que ele está em algum lugar. mas sem ele você não pode sair. e, nos próximos dez, vinte minutos, você vai fuçar a mesa, a mochila, os bolsos atrás dele. vai revisitar todos os últimos lugares que você foi esperando encontrá-lo sobre a mesa de alguém. sempre com a esperança de encontrar o fêla da pulta e poder ir para casa. crachá é foda. vou procurar o meu.

domingo, novembro 05, 2006

steve jobs, o fêla.

o steve jobs é um filho da puta. dos maiores que existe. ou melhor, dos piores que existem. afinal, ele não tem cara de filho da puta, não tem jeito de filho da puta, mas é um. ou seja, ele é um disfarçado. o que, para mim, é o pior tipo de filho da pulta que existe. aí você me pergunta: "que caráio o steve jobs fez?" bom, semana sim, semana não, ele aparece com aquela cara de melhor amigo com um novo lançamento. ah, você acaba de comprar um ipod mini? se fodeu, o steve jobs lançou três minutos depois, o ipod nano. ah, mas você também comprou um ibook? que pena, uma linha inteira de laptops acaba de ser lançada. mais rápidos, mais leves e é claro, bem melhores do que o seu. aquele modelo que o steve jobs convenceu você a comprar dois meses atrás numa conferência em são francisco. lembra? você do lado de cá do monitor, viu o fêla no palco apresentando o "mais moderno laptop de todos os tempos" e acreditou. puxou o cartão de crédito sem pensar duas vezes. ok, ok, você pensou duas vezes, mas foi para comprar mais um ipod shuffle. é, ele diminuiu, você pensa, e compra um novo ipod shuffle também. o grande problema é que essa cena: você escutando uma novidade da boca do steve jobs seguido por uma compra de impulso, se repete com uma freqüência irritante. as vezes parece que ele espera você comprar para anunciar no minuto seguinte que a pourra do computador que você vai pagar em três vezes ficou velho antes de você instalar o primeiro programa. é como se ele ficasse do lado do telefone esperando o carinha da apple store ligar para ele e avisar: "fala steve, beleza? o erick, aquele mané acabou de comprar. não tem mais volta. o cartão já autorizou. pode lançar um novo. até mês que vem!" se eu tivesse algum poder. se eu fosse algum juiz da suprema corte, faria alguma coisa sobre isso. é, meu objetivo na vida seria parar de vez com essa putaria. criaria a lei do steve jobs. uma lei simples: "steve jobs, o fêla da pulta, só poderá lançar novos produtos com um intervalo de 1 ano. pelo menos. e, se ele achar que deve lançar um novo notebook ou modelo de ipod antes de um ano, ele, obrigatoriamente deverá re-comprar pelo preço original os modelos que se tornarão obsoletos após o tal lançamento." sério, não fódi. como é que um sujeito tem a coragem de lançar um novo modelo de ipod no dia seguinte que eu cheguei de viagem com um modelo "antigo" escondido no fundo falso da minha mala. como? cadé a compaixão. custa esperar um pouquinho? se você já teve algum produto da apple, com certeza já passou por isso. essa sensação de pastel. de tonto. devolve meu din din steve. devolve.

quarta-feira, novembro 01, 2006

a bendita polaroid.

o josé mayer come todas as atrizes da globo. todas. as principais. se ainda não comeu, vai comer. pode notar, qualquer novela das oito, tá lá o cara encoxando as principais atrizes. no estábulo da fazenda. no consultório médico. no elevador. não existe uma novela em que ele não está pegando gente. "presença de anita", "mulheres apaixonadas", "páginas da vida" e por aí vai. o josé mayer é um dos maiores pegadores da história da tv. mas o principal detalhe é que numa novela, quando um determinado ator pega gente, é o autor da novela que escreve e decide com quem o ator vai pegar. é o autor, ali, abraçado no computador que escreve as cenas, o clímax, que descreve como tal cena deve acontecer. ou seja, quando o josé mayer come uma caraiada de mulheres na novela das oito, não é o papo dele que conquista elas muito menos o charme do fêla. são as cenas descritas, detalhadas pelo autor da novela que determinam essa pegação. o que nos leva a conclusão deste textinho. desta tese. o que nos leva a explicação do título deste textinho: a bendita polaroid. que raios é a bendita polaroid? bom, imagino que o josé mayer, o comilão das 8, tem em seu poder, polaroids com imagens de autores de novelas da globo em posições delicadas. em posições muito delicadas, picantes e comprometedoras. e, toda vez que uma nova novela das 8 vai estrear, o fêla da pulta liga para o autor da novela da vez e diz: "fala manoel carlos, beleza? então, nessa próxima novela das 8, me coloca num papel para dar uns pegas naquele filézinho, a deborah secco." e o manoel carlos, receoso: "mas, ô josé mayer, ela tem idade para ser a sua filha... acho que desta vez não vai dar." e o josé mayer fala, enquanto folheia a última playboy da deborah secco: "manoel, não esquece a polaroid. não esquece a polaroid."