quarta-feira, setembro 24, 2008

a subaca do taxista. ou como é que um sujeito faz isso num dia de chuva torrencial.


dia desses peguei um taxi para um jantar-- com um taxista que tinha uma subáca fervendo. com um cheiro de cegar criancinhas. um odor impressionantemente forte. mas tinha um problema. estava chovendo para cacete. ou seja, eu não podia abrir a janela para deixar entrar o ar fresco de fora-- sob o risco de me molhar por completo e parecer um pouquinho doido. o mesmo com o vento, o ar condicionado. estava frio lá fora e dentro. pedir para ligar o ar não seria a coisa mais normal do mundo naquelas condições. também o tinha o risco sério de circular aquela bomba tóxica cujo foco se localizava no banco da frente. então lá fiquei, cercado dos vestígios do futum atômico. cheguei no restaurante e, enjoado, comi apenas uma sopa. filho da pulta.

obs.: taí um negócio engraçado, ou curioso. quem está com a subáca na merda não consegue sentir o próprio cheiro. não sei se é o fato da pessoa estar o dia inteiro cercado daquela fumaça de bosta que as narinas se acostumam. e aí, quando um fera entra no taxi, o cara está cagando baldes para o cheiro, o aroma que você registra.
afinal, para ele, é a coisa mais normal do mundo.

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