quinta-feira, setembro 18, 2008

oprah 2. ou, sério, segura a onda, oprah. na boa.





não tenho nada contra a oprah. ok, um pouquinho, assim, de leve, eu tenho. não sei se você já assistiu. com certeza já deve ter visto pelo menos um pedaço. a moça tem um programa nas tardes de todas as tvs do mundo desde 1980 e tal. o que me deixa levemente puto com a oprah é o efeito dramático em tudo. o efeito "quer apostar que você vai chorar se não mudar o canal?" tudo que passa na oprah, sempre é para chorar. metade de emoção. metade de tristeza. o foda é que ela sabe a tal fórmula. sabe o enquadramento certo que a câmera deve fazer quando filmar. sabe a trilha. tudo, tudo é pensado para deixar a dona de casa desidratada de tanto cuspir lágrimas pelos olhos. e não importa muito se é uma reportagem sobre as viúvas do 9 de setembro no eua. não, se ela estiver fazendo uma reportagem sobre uma bola de sorvete de pistache que derreteu pois foi esquecida sobre a mesa de jantar--- você vai chorar. e se você não se emocionar com o pistache em forma de líquido agarrado na borda da mesa de jantar gritando pela sua vida, ela, a oprah-- olha para a platéia e mostra uma telespectadora com o nariz inchado e vermelho com um lenço de papel em uma das mãos. mas como disse, não é apenas tristeza. a oprah tem um esquema em que ela gosta de fazer os dois tipos de choro. porque, quando você acha que foi tudo para o caralho... pimba, a oprah dá um carro para cada pessoa na platéia e uma casa para quem atender o telefone em casa e 1 bilhão de dólares para quem estiver no palco. bom, resolvi escrever aqui só porque ela quase me pegou esses dias. pourra, eu que me considero um cara com um deficit de choro-- quase desabei com a história de um casal. não fódi. puta esqueminha perigoso.

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