sexta-feira, julho 22, 2005

os enigmas do frescobol.

nunca entendi ao certo o que é o frescobol. como é que se vence uma partida. sei que já tentaram fazer um campeonato nacional, mas só teve uma edição. ou duas, no máximo. não poderia ser diferente. frescobol é muito quisito. é aquele negócio de ficar espancando a bola pra lá e pra cá. não sei. juro que quando eu era moleque, achava que quanto mais barulho a bolinha fazia, mais pontos você marcava. confesso que é um raciocínio bem mais ou menos para um moleque de 7 anos, mas não tinha outra explicação. aquele bando de marmanjo 'cacetando' a bola por horas a fio. e tudo isso, é claro, com suas respectivas mulheres sentadas na areia esperando. não tem linha na areia demarcando a quadra. não existe saque, tempo pré-determinado. caráio, é muito nonsense. puta negócio sem razão. e não é como se fosse um esporte em que os únicos que sofrem com eles, são os jogadores. não, o pessoal que foi a praia pegar sol, namorar, e principalmente mergulhar no mar, se fode. mas se fode bonito. a porra da bolinha sempre sobra pra você pegar. sempre. porra, e as vezes, você tá lá, encolhendo a barriga, todo prosa, de mãos dadas com a sua mulher, quando passa um bolinha azul voando rente ao seu nariz (isso é claro, quando ela não te acerta em cheio.) aí, você tem que largar tudo, a barriga inclusive, e sair correndo atrás da bolinha. porque, se você ignorar ela, o mané do frescobol te olha de cara feia e depois para a bunda da sua mulher. nessa ordem. outra coisa: os caras demarcam a praia. é como se fosse um muro separando você da água. eles ficam alí, entre o mar gelado e a areia quente. mas nada de parar o jogo pra você entrar na água. aquele jogo sem fim é mais importante que a sóla do seu pé. puta negócio esquisito. frescobol. não entendo. é provavelmente um dos maiores enigmas da humanidade.

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