segunda-feira, fevereiro 06, 2006

a teoria do calor que molha as subáca e do frio que arrepia a nuca.

tem um negócio que eu venho observando desde o ginásio. passando pela faculdade. até hoje, na empresa que eu trabalho. é um negócio sério e no mínimo curioso. é o simples fato de que nesses ambientes fechados, ou está sempre um calor du caralho ou um frio do cacete. calor do caralho ou frio du cacete. nunca meio termo. a temperatura nunca é bacana. é um fato. ou você está com as subácas suadas em pleno funcionamento-- como se fossem usinas nucleares prestes a explodir ou está arrepiado de frio. é mais ou menos assim que funciona: você colocar uma roupa para o trabalho. alguma coisa básica, que funcione tanto para o frio como para dias de calor. bom, aí, ao entrar no escritório ou na sala da faculdade tudo parece bem. eu disse parece. porque aí, meu amigo, é só você baixar a guarda, achar que está tudo certo, relaxar , para a onda de calor cair sobre você. como um elefante obeso lançado de um helicóptero no seu colo. os poros abrem, você fica com os cantos da testa molhados e uma sensação estranha de que aquilo é só o começo. aí você pensa, pensa e pensa mais um pouquinho e resolve ligar para o tiozinho da manutenção. "tá fervendo aqui dentro pourra!" e o tiozinho, sempre educado rebate "pode deixar que eu vou aumentar o ar." aí, só pra te foder, pra fazer você pensar duas vezes na próxima vez antes de ligar, o tiozinho da manutenção coloca o ar condicionado no máximo. a lá "marcha dos pingüins", frio suficiente pra congelar a sáca, a ponta do nariz e das orelhas, nessa ordem. segundos depois, a mulherada do escritório começa a gritar de frio, umas choram, outras se recusam a trabalhar. resultado: "desliga a caráia desse ar, seus bando de fêla da puta." e lá vem o calor de volta. não tem jeito. se você parar o que está fazendo agora para tentar lembrar um poquinho, você vai ver. foram centenas as vezes em que você suou bicas na escola porque estava quente e uma menina se recusava a ceder. ou, estava um frio du caralho, seu cérebro congelou e você não conseguia sequer mover os braços para assinalar "a" ou "b" na prova de múltipla escolha. a teoria do calor que molha as subáca e do frio que arrepia a nuca. não sei porque, mas nunca, nunca, estive num lugar que conseguiu atingir o ponto de equilíbrio perfeito. não fodi.

Nenhum comentário: