quinta-feira, fevereiro 23, 2006

gravatas e a pena de morte...

gravata é uma espécie de pena de morte disfarçada de acessório. é sério. não tô exagerando. preste atenção ao ver executivos em elevadores cheios ou praças de alimentação de prédios lotados de empresas. tem sempre um engravatado asfixiado contando os andares como quem conta os segundos que restam de vida. ok, ok, tô exagerando. mas gravata é foda. nos últimos 5 anos usei gravata três vezes, duas como padrinho de casamento e uma vez no meu casamento. juro que tentei negociar com a minha mulher casar sem gravata. pra ser sincero pensei em negociar mas desisti sabia que não ia rolar, mas desde então nunca mais. odeio muito. hoje, para colocar uma gravata só se me pagarem. mas pagarem muito. ou se for numa situação do tipo: "erick se você colocar essa gravata o terrorista tal e tal não solta a bomba nuclear aqui!!!" aí, talvez eu coloque. mas voltando ao assunto levantado pelo título desse textinho, a pena de morte. fico imaginando o dia que um juiz, após o juri ter chegado a conclusão que um sujeito merece a pena de morte, pergunta para o culpado: "você prefere morrer na câmara de gás ou usando uma gravata?" não é a toa que quando um sujeito chega em casa num filme ou numa novela, a primeira coisa que ele faz é afrouxar a gravata, fechar os olhos e soltar o ar. é uma maneira de dizer: "estou livre, fui absolvido da pena de morte!" se o ibope resolvesse investir uma grana em pesquisa, descobriria que o número de mortes envolvendo pessoas que usam gravatas é infinitamente maior do que dos sem-gravatas. é um fato. se você tiver um amigo bacana que vive de gravata, salve ele. arranque a gravata do pescoço do fêla da pulta. para o bem dele. gravata é uma espécie de pena de morte disfarçada de acessório. é sério. não tô exagerando.

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