terça-feira, fevereiro 07, 2006

frentistas.

não sei onde estaria se não fossem os frentistas dos postos de gasolina. sempre me perco. sempre estou perdido. tenho uns 6 caminhos decorados na minha cabeça e só. o da ida pro trabalho. o da volta (eu vou por um caminho e volto por outro). o de 2 shoppings. o caminho para o bar espírito santo . e o do supermercado. é complicado. muitas vezes marco de encontrar pessoas e não chego. ou chego tarde. chego na hora do cafézinho. e geralmente quando ele já está frio. costumo sempre andar com um olho nas placas e outro nos postos. quando começo a desconhecer os destinos que aparecem nas placas: minas gerais--salvador--panamá, é hora de entrar no posto. frentista é muito melhor que taxista pra ensinar caminho. taxistas preferem os caminhos mais longos e em bandeira 2 (mas isso já e uma outra história). hoje, logo pela manhã, por exemplo, me perdi no morumbi. puta bairro complicado. é tudo igual. e não tem como voltar. errou? siga até a fronteira com a eslovênia e faça o retorno. é foda. e é cheio de motoristas nervozinhos com uma mão na buzina e e outra pra fora da janela--fazendo o sinal de piróca com o dedo. um frentista me salvou. sentiu o leve desespero nas minhas palavras. primeiro ele coçou o queixo, e depois fechou o olho direito enquanto mandava algum neurônio buscar a informação-- e pimba-- me mandou no caminho certo. alguns países não têm frentistas. têm maquininhas. você passa o cartão e enche o tanque. não poderia nunca morar na inglaterra, por exemplo-- nada contra os ingleses. é que lá não tem frentistas. e eu não sei onde estaria se não fossem os frentistas dos postos de gasolina.

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