quinta-feira, janeiro 12, 2006

o uniforme do prédio. ou, calça de moletom, havaianas e camiseta hering.

o prédio que eu trabalho tem umas seis mil trezentas e vinte e duas empresas. é algo por aí. talvez mais, talvez menos. mas eu acho que é mais. bom, do estacionamento até a minha mesa, esbarro com milhares de pessoas a caminho de suas respectivas empresas. e tenho o costume de observar o maior número possível delas. as pessoas, os crachás, o tamanho do salto, o terno, se a gravata está apertada, se o carinha do financeiro está suando, sapatos de bico fino, o peso dos laptops, pessoas bocejando e por aí vai. e, de depois de alguns meses observando essa galera cheguei a conclusão que alguma coisa está errada nesse prédio. são muitas firmas, todo mundo disputando espaço nos elevadores, nos restaurantes do subsolo, na garagem, no lobby. todo mundo meio estressado. mulheres se equilibrando nos saltos. homens suando as gravatas. cheguei a uma conclusão, um jeito de levantar a moral da galera. acho que o prédio poderia instituir um uniforme. é, como tinha na escola. quer trabalhar nesse prédio? então não fodi, só se for com uniforme. sem uniforme não entra. sai, salto alto e sapato carregado de graxa, entra sandálias havaianas. sai saia apertada de tecido preto/marrom claro e calça com pregas, entra calças de moletom. sai camisa social amarrada com gravata e terninhos justinhos das mulheres, entra camisa hering 100% algodão. no começo as pessoas podem estranhar um pouco, ficarem um tanto preocupadas com a aparência. mas depois relaxam. vai por mim. com o tempo todo mundo vai ver que todos estão igualmentes relaxados. e é aí que está a beleza do uniforme. as pessoas ficariam mais alegres, rilécs, as empresas produziriam mais. e todos trabalhariam felizes para sempre. só uma idéia.

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