terça-feira, fevereiro 26, 2008

o taxista que queria ser lutador de luta livre

volta e meia relato acontecimentos sobre taxistas. nada contra os caras. mas o fato é que em qualquer lugar do mundo, os taxistas são pessoas que acabam sempre gerando assunto. hoje, por exemplo peguei um taxista revoltado comigo. não conhecia ele. mas o fato de eu fazer uma viagem média para curta deixou o cara puto. muito puto: "eu fiquei duas horas na fila e você vai fazer uma viagem dessas?" e eu ali atrás: "ô fera, não dá para andar até a minha casa. acho que até é proibido uma pessoa andar pela avenida até lisboa." ele não achou muito engraçado. contou que a gasolina em lisboa é muito cara e o taxi muito barato. é, o cara não estava lá assim com muitos dentes aparecendo. beleza, eu entendo, todo mundo tem um dia ruim. bom, ai, o taxi para num sinal. um mini furgão fecha o taxi. o taxista abaixa o vidro e manda a mãe, não o motorista, mas a mãe dele para o caralho. a mãe dele não estava no taxi com a gente. foi uma força de expressão. um palavrão para ser mais exato. ele e o cara do furgão trocaram acusações até que as buzinas acabaram por nos empurrado de volta ao nosso trajeto. alguns minutos depois, com o taxista mais calmo, perguntei para ele se não era melhor ignorar esse tipo de briga. vai que o cara está armado. vai que isso. vai que aquilo. bom, ele olhou para mim pelo espelho retrovisor e respondeu: "ai dele se saísse do carro, eu acabaria com ele." e eu: "arma? o senhor tem uma arma?" e ele, na maior naturalidade: "luta livre. golpes mortais." e o meu ponto chegou.

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