sexta-feira, janeiro 09, 2009

o king.



documentários são bacanas por um motivo muito básico: não precisam colocar aquela frase no início que diz "baseado numa história real." a bagaça é real do começo ao fim e ninguém duvida, ninguém questiona. documentários são por natureza impressionantes, porque aquilo que se está vendo, aconteceu mesmo, e não importa se chamaram o brad pitt para interpretar a história do sujeito que em 1800 e tal ficou preso seis anos numa mina de carvão e enquanto lá criou uma cidade perfeita e etc... a bagaça aconteceu e pronto. mas estou cagando essa regra toda porque dia desses assisti um épico de proporções digamos star warsianas. um documentário de arrancar lágrimas no segundo final. um turbilhão de emoções. uma batalha do dark side contra o bem. "the king of kong". a história de um pai de família que tenta bater o recorde do clássico joguinho donkey kong dos anos 80. o cara está desempregado. na merda. e tudo que ele tem para se agarrar é o donkey kong. depois ele consegue um emprego numa escola. e aí, seus alunos, todos eles, entre 5-7 anos de idade-- torcem pelo herói. eu sei, eu sei, parece estranho. ou pelo menos você tem toda a razão para questionar a minha empolgação com o documentário. mas você precisa assistir. eu apertei play meio que com um pé atrás. e com um pouco de sono. se você leu o post abaixo, já sabe que lisboa está um pouquinho frio. e aí você sabe, frio, cobertor, sono. mas o documentário é foda. é uma batalha daquelas que você prende a respiração e começa a temer pela estrutura familiar do cara. a mulher que leva os filhos para a escola enquanto ele continua debruçado sobre o donkey kong na garagem. o filho que chora ao fundo. o rival dele, detentor do recorde que se recusa um desafio ao vivo. o drama, a emoção, a trilha que sobe nos momentos chave. a torcida. não vou entregar o final. mas vai por mim, dos melhores filmes de, sei lá, um tempão. um épico como gladiador. ou mais. sim, mais.


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