segunda-feira, fevereiro 05, 2007

o tiozinho filhodaputa no cinema e "o xixi da morte."

dia desses fui ao cinema assistir babel. aquele filme indicado a uma caráiada de oscars. babel é daqueles filmes que contam 3 histórias simultâneas, um terço em japonês, o segundo terço em árabe, e a outra parte em espanhol. no meio desse esquema todo também tem inglês, outra coisa do filme, a porra da história não segue nenhuma ordem cronológica. resumindo, é bom prestar atenção na porra do filme ou você periga voltar pra casa sem entender picas do enredo. segure o mijo, a sede, a vontade involuntária de piscar. foco na tela. bom, aí você senta atrás de um tiozinho filhodaputa de voz grave e carente. que gosta de fazer piadas entre cenas em que a maioria das pessoas está soluçando ou com a respiração fora dos eixos. esse tiozinho estava bem na minha frente com uma filha ao lado que parecia idolatrar cada piadinha daquele bosta. vinte minutos de filme, uma mulher leva um tiro no peito. o cinema suga o ar inteiro da sala. o tiozinho aproveita o silêncio e diz: "bala perdida. perdeu playboy!" e solta uma risada tipo mutley do dick vigarista. meia hora depois, no núcleo japonês da história, uma menina surda-muda e em profunda depressão entra em cena nua. o veado imita umas quatro frases em japonês macarrônico e fecha com "peito bon, nô?" dez minutos depois, uma das personagens a beira da morte pede ajuda para urinar para o marido. uma tiazinha no corredor ao lado chorava. ele, o tiozinho, limpou a garganta e gritou: "ahhh, o xixi da morte!" eu não sei se era o fato de 200 pessoas estarem com os olhos pregados na tela pra entender a pouura do roteiro, mas ninguém matou o filhodaputa. dei mole. ele tem mais ou menos 1,70m. pesa uns 90kg. tem uma pança saliente. uma barbichinha no queixo. é careca atrás e tem o cabelo bem branco a lá steve martin. usava uma camisa laranja gritante e um par de chinelos de couro. ah, e tinha uma voz meio cid moreira, meio william bonner quando aparece no plantão da globo. se você pegar uma sessão com ele, dê uma cotovelada na nuca do fera por mim.

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