O Eléctrico 28 e o Michael J. Fox.
Viajar para o espaço: 20 milhões de Euros. Viajar no tempo: 1,30 Euros. Explico. Um dia destes, com um guia na mão e um mapa mal dobrado no bolso lá estava eu a planear os pontos turísticos que iria visitar. Era um Domingo. Melhor, era um Domingo de sol. Melhor ainda, era um Domingo de sol sem nuvens no céu. Bom, e enquanto os meus dedos vagueavam pelas páginas do guia, vi crescer no horizonte o eléctrico 28. O que no Brasil chamamos de bondinho. Sem saber, estava a dois passos do ponto de partida do 28E. Em Campo de Ourique. Sentei à janela. com o dedo indicador nervoso agarrado no botão de disparo da câmara. Uma viagem no tempo. Cada curva. Cada subida. Cada descida. Tudo cheira a mil oitocentos e tra lá lá. Senti-me na pele do Michael J. Fox. O eléctrico 28 é uma espécie de Delorean, aquele carro que carregava o actor pelo tempo nos filmes. O motorista acelera e quando o eléctrico consegue vencer a lombada da subida, pimba, você está numa parte mais moderna da cidade. Ele faz uma curva e você se vê de frente para uma ruela que não se encontra em nenhum guia. Chega um ponto e turistas entram. Quase nenhum sai. E todos partem juntos para o final apoteótico. Como nos filmes protagonizados pelo Michael J. Fox. O motorista pisa fundo. Acelera até atingir o ponto que permite a derradeira e emocionante viagem no tempo. Num piscar de olhos você deixa a cidade e chega a Alfama. Chega à porta do Castelo. E assim como no cinema, você sai a coçar a cabeça e pensar: "tenho que ver esse negócio mais uma vez."
bela. a menina que se achava feia.
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bela nasceu com um nome que descrevia seu rosto, sua pele, sua
personalidade. enfim, bastava bela se apresentar para todos entenderem quem
era ela. "bela, ...
Há 15 anos
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