terça-feira, janeiro 22, 2008

evel knievel e a minha lambreta.




dia desses bateu as botas o evel knievel. para quem não sabe, o evel knievel saltava carros com motos. saltava caminhões. saltava precipícios. saltava tudo. o cara não tinha medo de nada. deve ter quebrado uns 70 ossos no corpo. o fêla devia ter o equivalente ao peso do corpo em placas de titânio. bom, o cara bateu as botas. o cara que eu sempre julguei invencível. unbreakable. o herói dos heróis. triste. mas zuzo bem. e foi o evel knievel ter batido as botas que me fez pensar. pensar sobre o fato de eu ter comprado uma motoca. bom, certa vez com as ruas quase molhadas de lisboa levei um mini tombo. mas nini mini mesmo. estava devagar, bem devagar. acho que não passava de 18 kms por hora. escorreguei a lambretinha no trilho e pimba. "você quer que eu chame uma ambulância?" "você está bem?" "ele apareceu de repente..." levantei rapidamente, já recolhendo a motoca da rua, levante o dedão como quem diz: "ok!" e continuei em frente. não aconteceu nada. ralei o quadril e o cotovelo. e só. mas fiquei cagado desde então. a motoca tinha 80 Kms rodados. olhei hoje o mostrador, ela está com 86. ou seja, desde o mini tombo, andei mais 6 km. e agora com a notícia que o evel knievel bateu as botas, decidi me aposentar quase que permantemente das pistas. não faz sentindo saltar calçadas, faixas de pedestres (passadeiras) e trilhos do elétrico se o evel knievel não vai mais fazer o mesmo. o cara que era super fucking fuckers deixou as pistas, farei o mesmo. eu e a minha imitação de vespa que na velocidade máxima chegava nos 46 km/h. e isso nas descidas. ahhh, a emoção de passar por cima de uma pedrinha na rua. as mãos suando. a respiração ofegante. e por falar nisso, o capacete todo embaçado. abandono as pistas com a mesma velocidade que entrei. em homenagem ao evel. e é claro, por causa do meu cagaço agora crônico.
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