quinta-feira, dezembro 06, 2007

carbonara e a aula de antropologia.



procuro evitar comer muita gordura. mas como com uma certa frequência. é complicado evitar. certa vez, acho que era uma aula de antropologia, um professor meu explicou que todo nosso fascínio por gordura está na nossa origem. quando éramos nômades e púlavamos de um canto para o outro da terr atrás de comida, o nosso organismo criou as papilas gustativas e alguma parte no cérebro para que a gente apreciasse mais as comidas com maior índice calórico. assim, com mais calorias, mais gordura acumulada, as viagens poderiam ser mais longas. até porque, naquela época não existiam supermercados e tal. é algo mais ou menos por ai. posso estar cagando regra. mas algo faz algum sentido aí. o fêla da pulta do homem da caverna que entrasse numas de comer alface, rúcula e tomate, estava fudido. e, está aí a nossa predisposição de preferir uma fatia de picanha do que uma de beterraba por exemplo. o que faz de um chocolate mais popular do que brotos de feijão. o que nos leva ao título deste textinho. hoje, jantei um macarrão carbonara. com mais lascas de bacon do que macarrão. impressionante a quantidade de calorias. esse que eu pedi, por algum motivo tinha um creme desses que agarra no garfo. saboroso. mas deve ter lá suas quinhentas e tal calorias. bom, enquanto comia e comentava que precisava perder lá uns quilos emendei na teoria do meu professor de antropologia. com a boca cheia de carbonara e uma tulipa de cerveja na outra e uma cesta de pão de alho mergulhado em manteiga disse: preciso contar para vocês o que um professor de antropologia meu disse um dia. sobre as calorias. e, sem nenhum peso na consciência, molhei o pão na mini piscina de molho que se acumulava no canto do meu prato e soquei para dentro. as vezes, quando a calça jeans ameaça tossir, penso como teria sido interessante ter faltando aquela aula.

Um comentário:

Unknown disse...

E pediu uma dose de salada? Era o mínimo!