terça-feira, novembro 20, 2007

a chuva, a represa e a bacia do pica-pau.



água. água. e mais água. água quente. no inverno os banhos ganham mais uns bons doze minutos de duração. doze para mais. nunca para menos. me lembro ainda quando era moleque e nos desenhos animado do pica-pau, quase sempre, ele, o pica-pau, sempre corria para colocar os pés dentro de uma bacia de água quente depois de um dia de frio. aqui é a mesma coisa. lá em casa, por exemplo, tem uma banheira. daquelas com um chuveiro em cima. tecnicamente tem uma bacia grande. no primeiro dia de inverno que o bicho pegou aqui, me lembrei dos desenhos animados. do pica-pau. enchi a banheira quase pela metade, coloquei uma bermuda, e sentado na beirada da banheira, mergulhei os pés. agora entendo porque o pica-pau fazia isso. o efeito é quase imediato. quase. demora lá uns vinte segundos, mas acaba funcionando. a temperatura sobe logo. o complicado depois é negociar com o seu corpo para abandonar o esqueminha. negociar com os pés, quero dizer. mas voltemos a duração dos banhos. sempre que estou no meio, fico imaginando o pessoal das represas ou barragens como eles chamam aqui em portugal. fico imaginando o carinha que lá trabalha, olhando para o nível da água da represa e pensando: "pourra erick, sai logo desse chuveiro cacete."

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