segunda-feira, abril 17, 2006

o triângulo das bermudas.

você já pediu para sua mulher guardar sua carteira na bolsa dela? e as chaves? aquele papelzinho sem vergonha da entrada do estacionamento do shopping? e o trident azul? vou assumir que, se você é um homem lendo isso, respondeu "sim" para todas as perguntas anteriores. e, se você é mulher, já teve sua bolsa "alugada" em todas essas situações. bolsa de mulher cabe tudo. mas cabe mesmo. e quando eu digo bolsa de mulher, incluo aí aquelas mini-bolsas que as mulheres usam para casamentos, formaturas e entregas do oscar. sabe? aquelas do tamanho de um tubo de creme de barbear? então, bolsa de mulher cabe tudo. fui a um casamento com a minha mulher, e ela consegiu colocar dois celulares, duas carteiras e as chaves de casa, ou melhor, o chaveiro de casa numa micro bolsinha daquelas. sem suar. sem reclamar. falando em festas de casamento: você já notou que quanto maior o evento, menor a bolsa. trabalho? bolsa grande. almoço com as amigas? bolsa média. formatura da sobrinha? bolsa média-pequena. casamento? bolsa micro. entrega do prêmio nobel? bolsa quase invisível. mas voltando ao assunto do início desse textinho. sempre pego uma carona na bolsa da minha mulher, assim como vejo que meio mundo faz a mesma coisa. e foi, observando isso que eu cheguei a conclusão que a bolsa das mulheres não têm fundo. é, têm um fundo falso. assim como palco e cartola de mágico, a bolsa da mulher tem um fundo falso. isso é um fato. não adianta você observar o exterior da bolsa e tentar estabelecer, calcular o espaço interno. com bolsa de mulher não funciona assim. faça o teste hoje ao chegar em casa. ou, alcance a bolsa de uma colega de trabalho que você tem um tantinho a mais de intimidade e mergulhe o braço lá dentro. mas vai fundo. vai por mim: a bolsa pode ter lá seus 15 centímetros de altura, mas você vai enterrar o braço até o ombro. dependendo do tamanho da bolsa, cuidado, você pode ir junto. e eu não quero e não vou me responsabilizar por isso. sempre suspeitei disso. tive certeza nesse sábado. tinha deixado meu celular na bolsa da minha mulher. e, quando fui atrás dela, não consegui encontrar a fêla da pulta. soquei a mão lá dentro. explorei todos os lados e nada. até que minha mulher gritou lá de dentro do quarto: "amor, você já procurou atrás da caixa de bombons?" e eu, ali, segurando aquela bolsa pequena, respondi: "mas... caráio, eu estou procurando na sua bolsa?" e ela, como se notasse que acabara de revelar para mim, um homem, a verdade sobre o fundo falso das bolsas das mulheres, respondeu: "eu sei, eu sei..."

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