terceira série. 1990 e tal. a professora, com um caderno pautado em uma das mãos, grita enquanto dá mordidas pequenas em um bolo ana maria.
- ana?
- presente!!
- antônio?
- presente!!
- astolfo?
- presente!!!
e, para o resto da vida, astolfo sofreria uma dor indescritível. e para sempre-- culparia-- a ordem alfabética-- por colocar entre ele a sua amada ana, o filho da puta do antônio.
e mesmo anos depois, décadas-- sempre que alguém perguntava se ele estava namorando, ou pelo menos interessado em alguém-- ele sempre gritava bem baixinho, aquele grito contido que acompanha sempre uma batida na mesa com o punho fechado: "ordem alfabética filha da puta!"
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