sexta-feira, maio 19, 2006

o tiozinho e a bufa.

agora uma história sobre o vôo de ida das férias. estava lá eu, sentado na cadeira do corredor, e, logo ao lado, tinha uma família de três na fileira do meio. um senhor, sua esposa e seu filho, já adulto com seus quarenta e tal. bom, durante as primeiras 10 horas de vôo, tudo tranquilo, rilécs. sem dramas. ninguém lustrou o cotovelo com paninhos quentes, ninguém gargalhou em voz alta em câmera lenta ou jogou comida na tela que passava o filminho. aí veio a hora final. serve o café da manhã. retira os restos do café da manhã. aeromoça avisa que estamos prestes a pousar e pede pro pessoal levantar a cadeira e apertar os cintos. tudo muito bem até o momento em que o avião pára no portão de desembarque. aí meu amigo que o tiozinho me fodeu. tudo indica, que, depois de comer o jantar, tomar duas taças de vinho tinto, uma de vinho branco seguido por sobremesa e um omelete de café da manhã-- o tiozinho estava fermentando por dentro. e, como ele estava na companhia da senhora sua esposa, não podia soltar aqueles 3 metros cúbicos de gases mortais na direção dela. a porta do avião se abre. eu me levanto. o tiozinho se levanta. e, numa virada de 180º perfeita, o fêla da pulta descarrega aquela arma de destruição em massa na minha direção. ele deve ter pensado: "caguei pra esse moleque, eu não posso é soltar essa bufa na direção do meu filho e da minha mulher." resultado, o meu vizinho de fileira olhou para mim. o pessoal da fileira de trás também. meus olhos começaram a arder e, por pouco as máscaras de oxigênio não são automaticamente acionadas. prendi o ar como quem acaba de testemunhar um acidente nuclear e corri para a porta do avião. um erro, já que essa corridinha acabou me incriminando. e lá, lá atrás, ficou o tiozinho, com um sorriso de canto de boca-- como quem diz: "amador... ah moleque amador!"

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