sexta-feira, março 30, 2007

a teoria do contrapé 2.

a teoria do contrapé é simples. o título desse textinho vem com um 2 no fim porque eu não me lembro se já escrevi sobre isso antes. bom, mas vamos a teoria. e o contrapé. um exemplo de como ela se aplica: você sai para beber com os amigos numa segunda-feira ao invés de uma quinta ou sexta, ou até mesmo um sábado. sem saber já ee mestre na teoria. como? bom, o seu corpo está acostumado a sair para beber com os amigos naqueles útimos dias da semana, não é? os enzimas do seu aparelho digestivo. o seu fígado. os seus rins. até mesmo aquele cantinho do seu cérebro que controla o sono e o cansaço. a patota toda, achando que aqueles copos a mais de cerveja vão vir pontualmente numa sexta depois do trabalho. mas, você resolve pregar uma peça. pegar todo mundo no contrapé. quando os seus enzimas esperavam um copo de leite. "um copo de coca light com bastante gelo e sem limão, por favor."-- você fode todo mundo. é o contrapé. e a teoria se aplica em diversas facetas do seu dia. da sua vida. seus neurônios achavam que você ia assistir mais uma vez uma filme de aventura cheio de explosões? comédia romântica neles. domingo é dia de pizza em são paulo? pede feijoada. quarta é dia de feijoada? "opa, o senhor pode trazer o cardápio de pizzas, por favor!" mas tem uma coisa, uma regra, que deve ser sempre seguida na teoria do contrapé. a única regra da teoria. a regra universal. quebrou a porra da regra. fodeu a teoria. acabou o contrapé. a regra é a seguinte: você não pode aplicar a teoria do contrapé com freqüência. tem que ser raramente. de vez em quando. quase nunca. por um motivo muito simples: se você entrar numa putaria de querer pegar o seu fígado, seus neurônios, no contrapé sempre, aí, meu amigo, deixa de ser contrapé. eles vão ficar atentos. vão ficar mais espertos. já vão saber antes, que segunda é o dia do chopp com a galera e não mais sexta. que você agora é apreciador de comédias românticas e não mais torcedor do charles bronson. segure a onda. marque o chopp de segunda uma vez a cada dois meses. aí, é contrapé. peça um x-filé bacon com ovo e três dedos de maionese, as sete da manhã na padaria. peça. mas uma vez em janeiro, outra em maio. coloque aquele tênis quadriculado dos anos 80 que está no fundo do armário para ir ao cinema. ok, mas uma vez para assistir um filme, a outra, a continuação do mesmo. a teoria do contrapé. pode parecer uma baboseira. e é. mas experimente marcar um chopp com a galera do trabalho numa segunda feira chuvosa. ou marque um jantar com a patroa ao lado de uma van de cachorro quente. cachorro quente dos bão. mas tem que ser o de van. aí você vai entender o contrapé.

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