sexta-feira, setembro 17, 2004

as datas de validade sem validade.

tem um episódio do seinfeld genial em que ele questiona a data de validade dos leites. é, aquele carimbo com a data que o leite supostamente vai ficar podre. no tal episódio, o seinfeld chega a conclusão de que a própria vaca devia falar para o produtor de leite. tipo sussurando no pé do ouvido do cara-- assim que ele terminava de tirar o leite. "17 de setembro de 2004 ... moooooooo!" o que nos leva ao ponto desse textinho. ontem eu comi um iogurte vencido. não foi nada planejado, mas eu comi um iogurte que já estava vencido tinha umas duas semanas. descobri isso meio que por acidente quando fui lamber a tampa. mas o iogurte estava perfeito. não estava azedo. não estava podre. estava delicioso. foi aí que eu fiquei cafuzo. porra, a minha vida inteira eu fiquei preocupado com as datas de validade dos produtos. cresci seguindo três leis básicas: não aceitar balas de estranhos, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, e finalmente, respeitar as datas de validade dos produtos. e foi assim até ontem. até eu comer, deliciar um iogurte que de acordo com a data da tampinha deveria estar completamente estragado. mas que como você já sabe, não estava. porra, como é que eu vou continuar acredito nas coisas. nas leis. em tudo que eu sempre acreditei. a data de validade do iogurte fudeu com tudo isso. assim como o seinfeild, cheguei a conclusão que a data de validade desses negócios são no mínimo chutadas. nunca mais vou correr pra esvaziar a geladeira só para vencer a data de validade. nunca mais. hoje por exemplo vence a minha conta de celular. hoje é a data de validade dela. tô pensando seriamente em não pagar. esperar alguns dias. umas duas semanas talvez. e, se a operadora ligar para mim cheia de marra cobrando o pagamento, eu já sei o que vou falar. "debita essa conta no cartão de crédito tal e tal!" e ela, como esperado, vai dizer: "mas senhor, esse cartão de crédito está com a data de validade vencida!?" e eu vou simplesmente dizer-- antes de desligar o telefone na cara dela: "e daí? a do meu iogurte também tava, e ninguém se fudeu por causa disso!"

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