quarta-feira, maio 18, 2005

derreti.

morei no rio durante dezenove anos da minha vida. nasci aqui. saí quando tinha dezenove. e lá se vão 11 anos. é claro que sempre que tinha férias, dava meus pulos por aqui. beijo na mãe. beijo no pai. beijo na irmã. e voltava. e não sei se eu sou meio ruim de memória. mas não me lembrava do rio de janeiro tão quente assim. caráio. a gente tá no meio de maio e os termômetros ainda marcam perto de quarenta. porra. porque o sol não vai dar meia hora de bunda. tô falando sério. será que alguém lá em cima esqueceu de desligar a porra do microondas? caceta. tava andando hoje em ipanema e uma tiazinha me avisou que minha canela estava derretendo. corri para casa. para o ar-condicionado. não sei se era alucinação. mas cheguei aqui jurando que tinha testemunhado carros pegando fogo no calçadão. e seus respectivos donos correndo para a praia. não sei. tô torcendo para acordar amanhã e o sol ter aliviado a parada. uns três graus. quatro, quem sabe. de tempos pra cá, sempre que lia no jornal que o aquecimento global estava fudendo com o mundo-- ignorava. não conseguia entender toda aquela gritaria. greenpeace. líderes mundiais. todos querendo dar um jeito no aquecimento global. porra, acabei de entrar nessa onda. "abaixo ao aquecimento global!!!!" amahão vou me filiar ao greenpeace. ao wildlife zambers. a sos mata atlântica. meu amigo, vou dedicar minha vida a acabar com o tal aquecimento. ou faço isso, ou nunca mais venho para o rio.

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