quinta-feira, agosto 28, 2008

andar.



eu acho que todo país deveria ter uma lei sobre como andar. uma lei simples. de como circular pelas calçadas, pelos corredores de shoppings, estações de metro, ladeiras estreitas. é simples. você mora em portugal ou no brasil? então deve, obrigatoriamente andar sempre pela direita-- pois é assim que os carros andam. você mora na inglaterra? então, sempre que circular pela calçada, deve fazer isto, andando pela esquerda.

hoje, quase atropelei um senhor. ele estava na contramão.

microondas e o toque polifônico.



desde moleque eu não curto aquele barulhinho que o microondas faz quando a comida fica pronta. sabe, quando chega ao zero? eu sei, é meio estranho. mas, sei lá, por algum motivo o meu cérebro produz uma dor fina quando o microondas chega ao zero. e, com esse "problema", desenvolvi uma técnica para fazer os alimentos, esquentar o leite e etc. eu sempre coloco 2 segundos extras, a mais... no timer, no relógio do microondas. assim, se o leite precisa de 30 segundos para ficar quente, eu coloco 32 segundos. com isso, eu consigo o tempo certo e aperto o botão para a portinha do microondas abrir antes de chegar ao zero-- e ao barulhinho. bom, e foi pensando nisso que eu comecei a pensar numa solução. acho que o microondas poderia ter uma esquema tipo de celular com uma centena de opções de toques polifônicos. alternativas para você escutar quando chegar ao zero. ao invés do toque comum, sei lá, poderia tocar um toque desses com uma versão de uma sinfonia de chopin. ou uma musiquinha como aquelas que todo nokia toca quando você compra um novo. acho que seria pelo menos interessante. parece estranho. mas tenho certeza que outras pessoas sofrem com isso. sentem uma dor de cabeça breve e fulminante com o toque do microondas. por isso mesmo, a idéia.

diálogo quase interessante de pessoas que eu não conheço.


mulher chega em casa depois de dois dias fora numa viagem de negócios. e encontra o namorado deitado no sofá. uma camisa social preta jogada ao pé da tv. um dos sapatos virados e o outro na boca do beagle. depois de uns 8 segundos observando os detalhes da cena, ela grita:
- de quem é a marca de batom na borda da taça de vinho?!
- como?
- a marca de batom? de quem é?
- não sei.
- eu chego em casa e encontro você apagado no sofá com duas taças sobre a mesa. uma delas com uma marca de batom.
- e?
- e? porra, você enlouqueceu?
- eu não, você é que está alterada. e você sabe que eu não gosto de vinho. prefiro cerveja.
- porra felipe, dois copos. um deles com marca de batom...
- maria, eu estava dormindo e você me acordou.
- felipe...

- maria...
- felipe, eu mereço uma explicação.
- uma explicação?

- qualquer uma. eu preciso de qualquer coisa que explique essa marca de batom na taça de vinho.
- uma explicação?
- é claro. alguma coisa que me deixe pelo menos com a sensação de que você tentou... porra felipe... qualquer coisa que faça algum sentido. eu estou cansada para cacete. não tenho nenhuma energia para ir para um hotel agora. acordar a minha mãe agora ia mexer com pressão dela. eu tô cansada. preciso de alguma explicação que me deixe com uma sensação um pouco melhor. que pelo menos me dê a paz de algumas horas para eu poder ir descansar.

- hmmmm... eu estava com os lábios secos e usei o batom para deixá-los mais molhadinhos?

- hmmm, não.... isso não explica os dois copos.
- ok, ok, eu tenho inveja do seu lado feminino e entre usar as suas calcinhas eu optei por colocar o seu batom?

- fraca, um pouco melhor, mas ainda é fraca. a história dos dois copos ainda não está assim fazendo tanto sentido.

- já sei, já sei. eu guardei o copo do nosso primeiro encontro e de tempos em tempos, quando estou sozinho, tiro esse copo do armário para eu lembrar daquele dia.
- é, qual é a cor desse batom? é... é... essa é aceitável. quase romântica.

- ok. página virada?

- sim, sim. seu filho da puta.

quarta-feira, agosto 27, 2008

o pior de portugal.




portugal é fucking fuckers. puta país sensacional. a comida é fantástica. as praias lindas. o vinho excelente. o clima fudido. bom, você entendeu, recomendo por uma centena de motivos. basta ler este blog para saber disso. mas tem uma coisa que é impressionantemente ruim: a loja do cidadão. mas ruim mesmo. ruim "perder de 6 a 0 para o vasco". ruim "beber toddynho estragado X2". ruim perder da argentina na copa de 90 + perder da itália na copa de 82". é ruim para cacete. a loja do cidadão, se você é brasileiro de são paulo, é o equivalente ao "poupatempo". você precisa tirar um documento, ou melhor precisa tirar uma caráiada de documentos, se você está em são paulo, vai ao poupatempo. aqui em portugal, você vai a loja do cidadão. a loja do cidadão é até um pouco mais ampla na lista de serviços que oferece. tem de tudo lá. mas, se a idéia na teoria é boa-- na prática é muito muito ruim. péssimo. não sei qual é o problema das pessoas que lá trabalham. mas até hoje nunca fui bem atendido. nunca. a sensação que você tem, ao sair de lá-- é de querer deixar o país. sério. e não estão exagerando. é algo por aí. porque, burocracia você encontra em muitos lugares, o brasil então-- é imperador maximus da burocracia, mas meu amigo, se você entra num guichê da loja do cidadão para se atendido-- sem ter decorado o nome da declaração que você precisa, você é tratado como um torcedor do fluminense na torcida do flamengo. se você entregar os documentos sem a pessoa do outro lado do balcão pedir, leva advertência. se você gaguejar, tenso, para não errar o nome do tal documento versão 7bCXX7-9-0, a pessoa do outro lado do balcão cresce e dificulta ainda mais. e isso, meu amigo, depois que você esperou quase duas horas para a sua senha ser chamada. a loja do cidadão é um negócio inexplicável. só indo para sentir. e não tem como evitar. para abrir conta em banco, para fazer qualquer coisa, tem algum documento que você só consegue lá. só lá. e aí meu amigo você vai ser maltrado, vai se sentir um bosta e vai voltar para casa com o saco na lua. com vontade de mandar meio mundo à merda. mas aí, depois de um tempinho a raiva passa. mas de um tempinho. você tem que respirar fundo. contar até dez bilhões e relaxar. porque como você já sabe-- lá da primeira linha, portugal é fucking fuckers. e, como você pode suspeitar, escrevi este texto no mesmo dia que sai da loja do cidadão. e mais uma vez, fui atendido com a completa ausência de boa vontade ou mesmo gentileza.

quinta-feira, agosto 21, 2008

beijing e algumas observações.




na prova de saltos. o cavalo deveria ganhar a medalha, e o carinha em cima, um diploma. meu amigo, quem faz o trabalho é o cavalo. até quem é pego no doping, é o cavalo. e se o fera machucar a pata, morre. ou seja, se der merda, se fode. se acertar tudo, quem ganha a medalha, é o carinha que estava em cima. e, se não fosse assim, pelo menos deveriam dar duas medalhas.


o usain bolt ficou 26 horas no avião para chegar em beijing, incluindo as escalas. e ganhou a medalha de ouro em 9 segundos e alguma coisa nos 100 metros rasos. agora vai encarar as 26 horas de volta.


as redes de tv têm uma desculpa muita boa para focar as câmeras nas bundas das mulheres do volêi de praia. as própria atletas ficam com os dedos das mãos sobre as próprias bundas sinalizando para a parceira o que fazer na próxima jogada. ou seja, a câmera foca nos dedos e nas bundas.


o brasil levou 3 gols da argentina. o juan, um argentino aqui do trabalho se comporta como se a argentina tivesse ganhado o jogo de 108 a 0. no momento não estou assim tão puto pelo brasil não ganhar a medalha de ouro. mas por trabalhar com um argentino. que se comporta como se a argentinha tivesse ganho do brasil de 2339877 a 0. para mim, o dunga tem que cair, sair, deixar a seleção por causa do juan, e não por causa da medalha de ouro. simples assim.



entrei no yahoo americano e os caras colocam os estados unidos na frente da china. eles, nesses jogos, somam as medalhas. não importa que a china tenha 20 medalhas de ouro na frente. para os feras, bronze e ouro é a mesma bosta. o negócio é ficar na frente.


o michael phelps consome 12.000 calorias por dia. o dia que esse fera faltar um treino, explode.



tem uma chinesa na ginastica olímpica que deve ter uns 7 anos de idade. talvez menos.



como é que os caras resolvem as medalhas de provas como nado artístico? eles vão com a cara das nadadoras? é amor a primeira vista? puta esqueminha esquisito. é tudo subjetivo. o cara da maratona tem que correr 42 quilômetros para ganhar a medalha. o futebol tem que marcar gols. o nadador, chegar na frente. a nadadora artística tem que caprichar no "bonitizing". quisito.

salada em saco.



fazer salada é foda meu amigo. muito foda. cortar o tomate em rodelas é complicadíssimo. ok, exagerei para cacete. mas não é fácil. tem aquela história da gosminha que sai quando você corta errado. saiu muita gosminha, perdeu um pouco do sabor. cortou muito grosso, não fica assim, ideal. cortou muito fino, também não. agora, o alface. puta negócio difícil de acertar também. meu amigo, você já comprou um pé de alface, limpou, deixou dar uma secada, escolheu as folhas certas e tal? não é assim, um domingo no parque. e até agora só trocamos uma idéia sobre o alface e o tomate. ralar uma cenoura num esqueminha stáile, para ficar crocante e não muchibenta também não é para qualquer um. eu não sei fazer. achar o ponto certo do ovo cozido. o negócio tem que estar frio mas não gelado. tem que estar picotado ou dividido ao meio. não inteiro. o que nos leva correndo ao título deste textinho, a salada em saco. eu só compro assim. em saco. esquema jetsons. o tempo, o drama, o trabalho para encontrar o alface certo, o tomate que não está machucado, a cenoura que não está véia. salada em saco. você pode estar pensando, "porra, não fódi, é muito mais caro assim." é. e não é. é, se você apenas pegar uma calculadora e fazer as contas. não é, se você estragar a salada e não comer nada. e aí, ter que pegar o carro e partir para um restaurante. é mais ou menos por aí. ou não.

o esqueminha do eléctrico. ou as curiosidades do bondinho.



o eléctrico, como você pode ver pelo título é o bondinho de portugal. puta esqueminha bacana. como você pode ler num post aí embaixo, agora, no verão, tenho procurado sempre pegar o eléctrico. e, depois de digamos, umas duas semanas no eléctrico, resolvi deixar um mini guia sobre o tal aqui para você que ainda não o conhece ou sei lá, vai que você está prestes a visitar lisboa e quer (e deve) fazer um passeio a bordo do eléctrico. não vou fazer uma lista para não confundir. vou colocar aqui algumas observações. para começar, acho curioso e engraçado o momento da entrada. antes mesmo de entrar, você vai estar lado a lado com algumas pessoas no ponto. até aí, tudo normal. mas, o passageiro do eléctrico tem uma média de idade levemente superior, é um pouco mais velho. e aí, na hora de entrar, você entra numas de ser simpático para deixar uma senhora entrar e ela não quer que você faça isso só porque ela é, supostamente mais velha. e todo o dia a cena se repete. você acena com a cabeça e ela ou ele, balança a cabeça. e isso tudo, antes mesmo de entrar. aí você entrou. chegou num acordo com a senhora e os dois entraram. leve dinheiro contado. moedas contadas. o troco é dado manualmente pela motorista. mas, numa esquema do tipo, abre uma mini carteira, pega moeda e dá na sua mão. e enquanto isso, forma trânsito atrás, trânsito na mini escada que dá acesso ao eléctrico. é foda. chegue com o dinheiro contado ou com um cartão carregado. o seu ponto de saída é perto? então fique no fundo. não fique dando mole ali no meião ou você terá que pedir desculpa para umas 10 pessoas e gritar para o motorista esperar. seja paciente, o motorista pára para tudo. um carro está estacionado perto da calçada e corre o risco de estar ligeiramente perto do trilho? o motorista vai frear e passar milimetro por milimetro. você está com muita pressa? pegue um taxi. o eléctrico pela própria natureza dos trilhos, não pode ultrapassar nenhum carro. e aqui em lisboa, você espera uns dois caminhões por dia fazerem entregas dentro do eléctrico. essas são as dicas. parece que não é ideal. mas é fudido. fudido no sentido de bom, é claro. puta negócio bacana. mais stáile que os ônibus. mais arejado do que o metro. e passa na porta de casa. mas não custa nada levar o troco certo. ok, custa. mas apenas 1,40.

terça-feira, agosto 19, 2008

o tutankamon no shopping e o prato quadrado.


como você já sabe pelo post abaixo (se você não teve paciência para ler, deixa eu fazer um resumo.... comprei um par de óculos feito de ouro com pedaços invisíveis de rubi). e aí, no mesmo dia, hoje, com fome e com um certo peso na consciência resolvi comer num esquema rápido no shopping e é claro, barato. bem barato. nada de guardanapo no colo. praça de alimentação. sem putaria. afinal, como você já sabe, vendi um dos meus rins para pagar as lentes dos meus óculos. bom, mas sem querer, entrei num lugar que eu nunca tinha ido. todo arrumadinho. atendendete simpáticas. acho que eram umas 20 opções de ingredientes para montar uma salada por 4 euros e 50. e mais umas 8 opções para o prato quente para jogar sobre a salada por mais 1 euro. eu olhei para mulher do outro lado e perguntei: "mas, deixa eu ver se eu entendi...tudo que eu conseguir colocar dentro dos limites do prato... por apenas 4 e 50?" e ela: "é simples...está em cima do prato e não caiu para fora? 4 euros e 50. mais um prato quente, 5 e 50." eu olhei novamente para os ingredientes, olhei para o prato que é quadrado e fiquei cafuzo. coloquei um pouco, mais um pouco, e como não estava com fome, coloquei mais um pouco. cabe coisa para cacete. bom, eu descobri hoje. mas logo atrás de mim, tinha um fera que com certeza já conhecia a bagáça. o cara é o tutankamon dos pratos. com uma agilidade, um controle de respiração e uma delicadeza-- o fera montou uma pirâmide. ele conseguiu equilibrar sobre o prato-- uns 2 quilos de comida. a mulher do outro lado não sabia se ria de pânico ou se ria de histeria. na hora de pagar, ele comentou: "que bom que vocês abriram... eu trabalho aqui no prédio." logo depois enquanto ele-- o tutankamon comia, eu olhava de rabo de olho para a mulher atrás do caixa. ela rabiscava alguma coisa num papel. acho, ou melhor, tenho certeza--- que-- o que ficou ali escrito foi: "o prato quadrado com pequenas bordas elevadas é uma péssima idéia. quem foi que optou pelo prato quadrado? porra, você não assistem o discovery channel? vocês nunca viram as pirâmides do egito? vai dar bosta."

1000.



porra, o romário fez um puta bafáfá (assim com dois acentos agudos) quando marcou o milésimo gol.

o pelé também.

com o milésimo post deste blog (o anterior a este), eu fiz mais um post-- para falar sobre ele.

mais diálogos na nespresso.


espero com um amigo-- a minha vez para comprar as cápsulas de nespresso na loja oficial da nespresso. que até então julgava ser a única de lisboa.
meu amigo pergunta:
- qual é o número da sua senha erick?
- 187.
- hmmmm, está no 183.
- é, vai ser rapidinho.
- tomara.
uma senhora se aproxima, interrompe a conversa e diz:
- é, vocês sabiam que podem comprar logo ao lado? na porta ao lado. porque vocês não compram lá?
eu respondo:
- tem certeza? é que faltam apenas 4 números para o meu.
- 4?
- isso, agora 3.
- lá vai ser mais rápido.
- olha...
- tenho certeza.
entro na porta ao lado, que na verdade é a mesma loja duplicada, mas quase escondida--pergunto para moça do outro lado balcão:
- mas... porque não avisam de primeira que existe essa alternativa?
ela responde, um pouco sem graça:
- mas o senhor entrou lá não foi?
- foi.
- não entrou aqui.
- não.
- então. se o senhor tivesse entrado aqui primeiro, e esta loja estivesse cheia, eu provavelmente indicaria para o senhor se dirigir para a outra.
- como?
- é, e assim, a outra então seria-- a loja alternativa, reserva, menor, que fica com as sobras. (ok, essas últimas 5 palavras da frase ela não falou, mas eu coloquei aqui para efeito)
- não estou entendendo?
- isto é uma loja.
- ah entendi. isto é uma loja, não uma lojinha alternativa para quando a loja oficial está cheia....
- isso.
- bom, desculpe se foi isso que pareceu.... a intenção não foi diminuir a importância desta loja em comparação com a outra (silêncio) ...olha, gostei da decoração desta loja mais do que a da outra ao lado.
- sério?
- tô brincando.

um negócio no mínino curioso. ou não.


fui comprar um par de óculos esses dias. semana passada para ser mais exato. não sei qual é a tabela de preços de um par de óculos na cidade em que você mora. mas aqui em lisboa um par de óculos vale ouro. não, vale diamante. ok, vale ouro. é caro para cacete. o que, de certa maneira faz com que você olhe, pesquise, olhe e pesquise um pouco mais o modelo certo. e tem um negócio, como a lente custa grande parte da fortuna, digamos uns 70 por cent0, não faz sentido comprar uma armação bosta, barata. é como usar um motor de uma ferrari numa carroceria de um fusca. algo por aí. é como comprar um picasso e colocar uma moldura da ikea. é, é mais por aí. mas tem um negócio curioso. fui comprar o meu par de óculos, que, detalhe, uso apenas quando os meus olhos estão em chamas com as lentes de contato (ou seja, o pouco uso ainda dá mais dor na hora de pagar pelas armações de 18 quilates). bom, fui comprar os óculos usando, o meu único par de óculos. fui, pois-- eu queria que a mulher checasse o meu grau, e usasse o meu par de óculos antigo como base para o novo. me fodi e não. me fodi, porque ao tirar o meu par de óculos para provar as outras armações, não conseguia ver picas no espelho. não me fodi muito-- porque não tive vergonha de espremer o meu nariz no espelho para ver como estava e acho que acertei a escolha. mas enquanto eu pagava olhei ao meu redor e vi dois senhores e uma jovem provando, experimentando os óculos novos. todos com miopia profunda e segurando os óculos antigos em uma das mãos. e todos, sem conseguir ver picas no espelho. acho, e só acho, não tenho assim tanta certeza de duas coisas. a primeira: a grande maioria das pessoas que compra óculos novos se ferra pois, por usar óculos, não conseguem enxergar no espelho a porra do modelo do par de óculos novo e podem errar. e a segunda: acho que acertei na minha. ou não.

domingo, agosto 17, 2008

a pequena luz vermelha da pizzaria casanova.


não sei se você já comeu na pizzaria casanova. fica ali ao lado da lux, perto da estação santa apolônia. pizza boa. provavelmente (com certeza), a melhor de lisboa. foi a minha primeira refeição quando cheguei aqui. ok, não foi a primeira. foi a segunda. a primeira foi uma tosta no príncipe real. e a segunda, de noite, foi lá. ainda meio baleado com o fuso horário. puta esqueminha legal. e está quase sempre (sempre) cheia. o que é um bom sinal num lugar de acesso exclusivamente motorizado ou para pessoas treinando para a maratona. mas quando eu acessei para escrever aqui era porque ainda estava com a cena da luz vermelha na cabeça-- depois de jantar lá hoje. é engraçado. é inteligente e engraçado. o esquema é mais ou menos assim: sobre cada uma das mesas existe uma luz vermelha daquelas com o botão na própria luz. é um cabo branco que escorre do teto até a mesa. detalhe, essas luzes estão apagadas. as luzes do restaurante são outras, brancas. bom, aí, o esquema é o seguinte, quer chamar o garçom? você acende a luz. e o que acontece? o salão inteiro fica com aquela luz vermelha brilhando. e a reação do garçom é correr para apagar a tal luz. a luz nunca fica acesa mais do que 20 segundos. é possível ver a tensão explícita no rosto dos garçons quando a luz vermelha acende sobre qualquer uma das mesas. é um drama constante. e foi, observando cada garçom ou garçonete correndo para apagar a tal luz que eu cheguei a duas conclusões. a primeira e mais óbvia: os caras correm para apagar, pois cada segundo que passa com a luz acesa é sinal de um serviço mais ou menos. e a segunda: o salário dos caras deve  estar associado de alguma maneira a conta de luz. quanto maior é a conta de luz, menos eles ganham. a dona ou dono nem precisa mais ficar no restaurante. para saber se os clientes gostaram do atendimento no seu restaurante, basta olhar para a conta de luz no fim do mês. se a conta subir, está na hora de mandar alguém embora. simples assim. puta idéia genial. não precisa de câmera. não precisa de pesquisa ao final da refeição daquelas que você rabisca e deixa ao centro da mesa. não, basta olhar a conta de luz.

quinta-feira, agosto 14, 2008

o macho makers da nike e a lojinha do bigode molhado.




quando o blogspot perguntou o nome que eu queria para dar para este blog eu pensei, pensei, e o nome bigode molhado surgiu porque era sonoro. e meio curioso, pelos menos na hora parecia. o fato dele estar sendo escrito de lisboa agora, é a mais pura coincidência. digo, bigode molhado, portugal, bigode. bom, mas de lá para cá, o blog já foi reformado algumas vezes. o véio fez um logo bem bacana e o blog ficou mais apresentável. aí, esses dias eu comentei com o véio e ele aceitou, vamos fazer umas camisetas com o logo aí de cima, o logo aí do lado, e mais algumas marcas e desenhos inspirados no bigode molhado. não sei se alguém vai comprar, mas o véio prometeu comprar pelo menos uma. e se ficar bacana, até eu compro uma. mas é claro, se tiver um desconto. e aí, comentei isso com a sofia. uma amiga-- que volta e meia acompanha os posts aqui e ela me enviou esse negócio que a nike fez. eu resolvi colocar aqui. é uma espécie de start para a lojinha. um tipo do produto que vai ter lá. o macho makers que também é conhecido como "cut-out moustache". basta printar a bagáça e colar com fita dupla. e, para conseguir um bigode molhado você tem algumas opções. você pode colar o bigode e depois dar um gole grande num chopp (imperial). você também pode colar o fera e depois dar uns amassos forte naquela menina que é doidja por um bigode. mas tem que dar um beijo empolgado para a bagáça ficar molhada. ou você também pode simplesmente tomar uma banho com o bigode antes de partir para a night ou mesmo para o trabalho. acho que é só baixar para o seu desktop e printar. o fazedor de bigodes.

os bossa and alguma coisa.



existe um filão novo na área da música. para ser sincero, antes de continuarmos aqui com este textinho, preciso admitir que eu não entendo muito de música. não sei quais são as tendências. o que é moda. e o que não é, mas por isso mesmo, é. até mesmo rádio, eu não escuto aqui, pois não tenho um carro desde que me mudei de são paulo. ou seja, não sei que caráio é uma música atual. escuto aquelas que são mais ou menos consagradas e que me seguem desde moleque. mas, voltando aos "bossa e alguma coisa". recentemente fui a um bar, pedi um mojito, deitei numa espreguiçadeira e por lá fiquei quase dois dias deitado. e foi aí que notei que aquilo que estava tocando no sistema de som do lugar eram os rolling stones. mas não os rolling stones que estamos acostumados a ver. mas os rolling stones depois de passar um mês socados num quarto com o joão gilberto. não, caguei na comparação. era uma mulher cantando os sucessos dos caras mas na versão bossa nova. puta esqueminha interessante. e aí, bom, eu entrei na fnac curioso e fui atrás do disco. porra, descobri que existe praticamente ua categoria inteira dedicada a esse esqueminha. "bossa n' stones", o volume 1 e o 2. existe "bossa n' marley". existe também "bossa n' roses" que como você pode suspeitar são as músicas dos guns and roses versão bossa nova. puta negócio doidjo. comprei um e mandei para o meu pai de presente. ele quer todos agora. e com razão, a bagáça contagia e você não consegue parar de cantarolar. mas só para concluir, tive uma idéia. não, tive duas. a primeira: o rock n' joão gilberto, o rock n' jobim. ok, essa primeira idéia é óbvia para cacete. mas a segunda é melhor: classic n' carla perez. ok, nenhuma das duas é boa. mas cá entre nós, não consegui nada melhor para fechar esse textinho.

meninos do rio. o quando você quer ligar o "foda-se" no volume 9.



meninos do rio é um restaurantes que fica aqui em lisboa perto do rio. não, não fica perto do rio. fica bem na margem. se você tomar mais do que deve, periga cair no rio. é um esquema sensacional. recomendo por uma caráiada de motivos. a imperial é gelada. os sandubas fartos e as saladas têm duas mil calorias. mas recomendo mesmo é para aquele dia da semana que você pode ligar o botão do "foda-se" num volume alto. sabe aquele dia que você já entregou todo o trabalho e ainda fez um bonito. tipo, era para entregar alguma coisa na sexta e você se antecipou e entregou tudo na quarta e melhor: o cliente elogiou, o seu chefe ficou bem na foto? esse dia, meu amigo, é aquele dia que você pode e deve ligar o foda-se. o foda-se é o ato de não dar assim muita importância para as convenções estabelecidas pela sociedade. o almoço não precisa acabar precisamente duas da tarde. você não precisa nem ficar sentado de frente para o computador até as 8 da noite. no dia que você ligar o foda-se direito, você deve, calmamente, e sem medo de ser visto por alguém-- levantar antes das cinco, com havaianas nos pés e uma garrafa estupidamente gelada de qualquer cerveja numa das mãos-- e sair do trabalho. e é aí que entra o restaurante meninos do rio. por algum motivo ainda inexplicável, o sol bate de jeito lá. sobre você e sobre o rio tejo. esqueminha du caralho para ligar o foda-se. mas também, para qualquer outro dia-- mas que, nesses dias, você se sentirá quase obrigado a estar sentado de volta na cadeira antes das duas. para quem não conhece a bagáça, fica logo ali depois do cais do sodré, perto do restaurante portugalia.
vai por mim, você vai ficar com uma vontade gigantesca de passar o resto do dia coçando a sáca.

terça-feira, agosto 12, 2008

os 39 que parecem 50. a subáca e a cor cinza que é mais filha da puta da história.



não sei qual é o drama que ocorre no verão português. que bosta climática acontece. mas é muito mais quente do que o termômetro registra. e não sou eu que estou falando, mas o meu desodorante. por exemplo, hoje marcou no máximo 31 graus. mas, dependendo do momento que você saiu na rua, a impressão é que está marcando uns 56 ou mais. e isso, por baixo. é claro que eu estou exagerando, mas é algo por aí. bom, e até semana passada eu costumava andar para o trabalho. quinze minutos não mata ninguém e ainda entra na soma daqueles minutos de exercício que você deve para o seu médico e para aquela veia quase entupida que é vizinha de alguma artéria mais importante. bom, mas com esse calor infernal, esses quinze minutos de caminhada estavam parecendo uns 45, pelo menos no que diz respeito ao suor. e não é nada nojento. não é nenhum drama. mas o fato é que eu comecei a chegar no trabalho e ter que trocar de camiseta. camisa. sempre. a bagáça é quente assim. até aí tudo bem. mas um dia desses, teve uma reunião. e aí meu amigo, entrar numa reunião com a testa cheia de bolinhas de suor prestes a explodir, e a camisa prestes a colar no corpo-- não é assim a melhor maneira de começar uma reunião. então, enquanto a porra do sol não se retirar de cena, vou passar a vir de bondinho. o eléctrico. não fódi. e pelo o que eu vi nesses primeiros dois dias de eléctrico, a maioria das pessoas que lá se encontram devem estar passando pelo mesmo drama. tiozinhos de terno. um jovem com aquela camisa cinza que é a camisa com a cor mais filha da puta que existe. não tem gota de suor que escapa uma camiseta cinza. vi também uma menina com um vestido de linho azul claro que na primeira gota de suor fica azul escuro. o bondinho que sai da minha rua, sobe uma ladeira do cacete. tenho quase a certeza, que-- tirando uns dois turistas agarrados no botão das câmeras digitais, todo mundo que está ali, todos os dias-- está é fugindo da subáca molhada. e o fera que insiste em usar uma camisa cinza com certeza terá que permanecer lá-- mesmo quando o outono aparecer. bom, mas assim que o outono chegar, aí eu volto a caminhar. antes disso, nem fudendo.

o volume que as pessoas falam.





falo mais baixo do que alto. acho que se eu tivesse um botão de volume visível no pescoço, ele estaria marcando 3. isso, é claro, quando o 10 é o máximo. mas existem pessoas que falam mais alto. minha irmã costuma falar no volume 7. meu pai, dependendo do barulho ambiente fala no volume 8 e meio. e tudo bem, cada um com o seu volume. o que eu acho engraçado e curioso, ao mesmo tempo, é a modulação de volume. e que caráio eu quero dizer com isso? bom, a modulação de volume é o poder que uma pessoa tem de regular o seu volume de repente. explico. você está num bar com o seu amigo e vocês estão falando no volume 6, e de repente entra a gisele bündchen ou a sua similar no meio das mortais. e ela senta na mesa quase ao lado. o que você faz? você olha, é claro. mas, se a gisele, por algum motivo inexplicável estiver com um decote relativamente grande-- um peito da giselle quase escapando. você com certeza vai comentar com o seu amigo. agora, poucas pessoas conseguem modular a voz assim, no susto. sair de um volume 6 quase 7 para um volume 2, 3-- para a gisele não escutar você comentando sobre o quase peito dela de fora. vejo muito isso. não o peito da gisele. mas pessoas que não conseguem modular a voz no susto. aqui no trabalho, recentemente estava num almoço-- quando um fera da mesa ao lado comentou da fartura das pernas da garçonete. mas o cara-- que até então falava sobre o benfica aos berros, fez o comentário, também aos berros. ou quase aos berros. ele desceu do volume 10 para o 9. como se aquele volume estivesse ok. a garçonete ficou meio vermelha e o pai dela que estava atrás do balcão com vontade de limpar a garganta dentro do prato dele. e com toda a razão. apesar da fartura das coxas da filha dele, o comentário poderia ter sido feito de maneira mais reservada. e aqui em portugal tem muito disso. as tascas. os restaurantes portugueses mais típicos são pequenos, aconchegantes. e aí, meu amigo, se você é desses que ainda não aprendeu a modular a voz no susto-- ou periga leva uma muqueta de um namorado com um déficit de humor ou um tapa de uma menina não tão liberal. falo mais baixo do que alto.

quinta-feira, agosto 07, 2008

dois casais que estão mais para lá do que para cá.



ele tinha uma mania estranha de estalar o cotovelo. ela estalava os dedos. todos os dez das mãos, começando pelo mindinho da mão direita até chegar ao polegar da mão esquerda. certa vez ela pediu para ele não estalar mais o cotovelo. ele disse que parava se ela também parasse. ela então confessou que só fazia aquilo para irritar ele-- na esperança de um dia-- ele parar. ele, com uma expressão de terror no rosto-- disse: "mas caceta, porque você não falou antes, eu também só estalava a porra do cotovelo para irritar você-- com a esperança de um dia você parar." uma semana depois, os papéis do divórcio chegaram. apesar de felizes, e apaixonados, ambos chegaram a conclusão que faltava diálogo. "sinceridade", corrigiu ela.
---------------

- amor?
- oi?
- você viu o biquini daquela mulher que passou? brega, não é?

- você por acaso está usando a estampa de oncinha do biquini dela como desculpa para fazer um comentário pertinente-- mas ao mesmo-- tempo olhar para bunda dela?

- (ele fala baixinho, olhando para o chão) sim.
- duas coisas. primeiro, você é um filho da pulta. e segundo, sim, é brega.

o truque jack johnson



certa vez escrevi aqui sobre o truque ben harper. o truque jack johnson é parecido. mas diferente. explico. o jack johnson toca a mesma música. a mesmíssima música desde o primeiro disco. a diferença está principalmente na velocidade. algumas-- ele toca os mesmos acordes com mais rapidez ou mais lentamente. outra coisa que ele faz para diferenciar um pouco é a batida com a mão no próprio violão, meio que para passar a impressão de ser um ritmo diferente, quando não é. as letras também não são assim bob dylan profundas. são sobre amigos ou momentos com amigos ou surfando com os amigos. o objetivo do truque jack johnson é simples. é para dar a impressão que você já escutou aquela caráia de música em algum lugar. aí você começa a bater o pé no chão, e cantarolar mais ou menos a música já que as letras são saladas das mesmas palavras. e aí você deve estar pensando: "porra cara, vai dar meia hora de bunda, eu curto o jack johnson. não fódi." tudo bem. também gosto, acho que tenho uma caráiada de músicas no meu itunes. e foi agora mesmo, depois de uns 40 minutos com o fera batendo a mão no violão e no meu ouvido que caiu a ficha. são todas as mesmas músicas. o truque jack johnson. fique esperto. você pode cair nele.

erick com cê kapa



não existem portugueses chamados erick. alguém aqui do trabalho me contou que existe uma lista com uma série de nomes. estes nomes podem ser usados sozinhos ou em determinadas combinações. exemplo: existe joão e existe pedro. você pode colocar o nome do seu filho de joão, de pedro ou de joão pedro. não está na lista, não rola. e acho que a lista deve ter umas 100 páginas. não sei quantos números são, mas a tal lista existe. e eu sei que erick não está lá. já me informei. o que nos leva ao título deste textinho. erick com cê kapa. aqui eu não me chamo erick. mas erick com cê kapa. quando eu vou abrir uma conta no banco, preencher qualquer coisa. até quando eu me apresento, uma pessoa, curiosa por não conhecer nenhum erick, pergunta: "como? como se escreve?" e eu: "erick, com cê kapa." taí um detalhe curioso da língua portuguesa, o k, é falado "kapa" e nunca "ká". a história da lista me foi contada pelo peixinho, um redator aqui da agência. eu estava meio curioso com a quantidade de alguns nomes repetidos aqui da agência e foi aí que surgiu a história. "é erick, existe uma lista de nomes." e eu: "o meu está lá?" e ele: "erick? e com cê kapa? nem fudendo."

o efeito limoncello.



a única coisa que eu sei sobre o pavlov é a história do cachorro que babava depois de escutar o sino. o cara fez o tal teste, tocava o sino, dava a carne suculenta para o cachorro. e repetiu isso uma caráiada de vezes. até que eventualmente, apenas tocou o sino, mas sem colocar a carne. resultado, o cachorro, ao escutar o barulho do sino começou a babar. o fêla da pulta estava condicionado a escutar o sino ver o bife. tenho certeza que caguei um pouco na minha explicação, mas é algo por aí. bom, agora vamos ao efeito limoncello. aqui em lisboa tem um restaurante chamado luca. já escrevi aqui sobre ele. puta restaurante bacana. não custa uma fortuna e tem o melhor atendimento do universo. e não sei se você já foi lá, mas o pessoal que atende as mesas-- bem ao final, entre o pedido da conta e a conta chegar-- oferece uma dose farta de limoncello. aquele licor de limão bom para cacete. e aí é aquele negócio, eu já fui ao tal restaurante uma porção de vezes. e todas elas, tomei o limoncello. ontem, voltei ao restaurante. já tinha tomado uma cerveja e uma taça de vinho. digamos que o meu fígado já estava devidamente servido. então resolvi que ontem, não tomaria o limoncello. pedi a conta já com o cartão na mão. a idéia era acelerar o processo para escapar a tentação. mas não funcionou. foi a garçonete perguntar: "a conta? o senhor aceitaria uma dose de limoncello? cortesia da casa." que as minhas papilas gustativas começaram a borbulhar. larguei o cartão sobre a mesa, levantei as sobrancelhas como quem diz: "claro, por favor, você leu a minha mente" e lá fiquei mais alguns minutos. me senti meio que o cão do pavlov. fico imaginando o próprio, espiando, lá da janelinha da cozinha com uma prancha na mão: "hmmm, que interessante, mais um que baba ao escutar a garçonete falar a palavra 'conta'.... hmmmmm... esse, particularmente, babou para cacete."

terça-feira, agosto 05, 2008

pintar a casa é complicado.




pintar a parede de uma casa não é assim a coisa mais fácil. não dá para depois de que está pronto falar que não gostou, parede, até pela definição da mesma, é grande. e aí, decidiu que vai pintar a porra da parede de verde melão? vai até o fim-- e depois acorda e fica com a mão apoiada na cintura de manhã com aquela cara de: "porra, verde melão, que bosta.... mas não posso falar nada para a minha mulher pois a gente já brigou uma semana para decidir na cor... ela queria salmão e eu queria azul marinho-- aí para nenhum dos dois concordar com o outro--- escolhemos essa bosta. então eu tenho é que balançar a cabeça positivamente e dizer como ficou do caralho esse verde melão azedo." tenho um casal de amigos que mora numa casa assim. os dois olham para a parede da sala sempre com uma expressão de que deu algum revertério ali-- mas nunca abertamente. é apenas a minha interpretação da expresssão da cara dos dois-- quando um não está presente. bom, e digo isso, pois estou com uma parede gigante-- que é do tamanho da casa que eu moro--- esperando a cor ser escolhida. o próprio salmão já foi considerado (que, cá entre nós é uma puta corzinha em cima do muro do caráio. mas é claro, se você tem uma parede com essa cor em casa, desconsidere a frase anterior-- é do caralho.) o preto e o verde escuro também. mas até agora nada. é aquele medo de acordar no sábado e ficar puto sem poder ficar muito puto. uma parede, você sabe, por definição é grande. e a parede lá de casa, por algum motivo quase inexplicável é gigante. é como se fossem três paredes miniaturas e uma gigante. e é essa parede gigante que está lá, esperando, branca.

plantas são carentes para cacete

tenho um cagaço do greenpeace e dos caras da peta. do primeiro, porque acho que sem querer matei duas plantas lá em casa. e do segundo porque como carne para cacete. (para quem não conhece, o peta é aquele grupo que promove o vegetarianismo e é completamente contra o uso de peles de animais -- contra o uso de pele de animais, eu também sou, 1000%. mas contra comer uma picanha suculenta, nem tanto.)bom, mas não sei se você tem uma planta em casa. não é todo mundo que tem. eu não tinha. aí, numa daquelas de parecer que eu estou num esquema casa de campo mesmo morando na cidade, soquei a casa com plantas. comprei umas 6. ok, comprei 5, mas uma delas é grande. mas uma coisa que eu não sabia, e digo isso com todo o respeito com as pessoas que são taradas por plantas-- planta é carente para caráio. foi eu esquecer de molhar uma direito e molhar a outra muito-- que as duas estão na unidade intensiva de tratamento. e tudo indica que elas vão sobreviver. pelo menos uma delas. tem uma, que particulamente já está mais para lá do que para cá. mas não sabia que planta era assim (ah, além de carente, custam uma fortuna.) tinha uma idéia que tinha o esqueminha da terra, do vaso, do pratinho, do sol. o basicão. mas, meu amigo, porra, planta é foda. eu fico agora no trabalho precoupado com as cinco. e até um pouco puto. a vendedora não me disse que ia ser tão foda assim. entro no cinema tenso se o filme for longo. vou dormir e acordo de madrugada suado achando que não molhei direito as cinco. foda. tô com cagaço do greenpeace. se os caras enfrentam o alto mar para mandar os pescadores de baleia do japão tomar no cú-- imagine o que eles vão fazer com o sujeito que escreve estas letrinhas e praticamente assassinou um pé de alguma planta que eu não sei o nome. e como disse lá em cima, também tem um pouco de cagáço do peta. até porque eu estou saindo daqui para ir comer numa churrascaria e almocei vitela.