quinta-feira, junho 26, 2008

o headphone sem fio que era mas não era.

comprei um, da sony. a bagáça é legal. mas-- para você poder andar pela sala sem fios, é necessário ligar três fios. um da antena na tomada. um da antena no computador. um no phone durante algumas horas para carregar. ou seja, é quase sem-fio.

o finger puppet.

comprei um finger puppet. na loja da fabrica em lisboa. aquela loja cheia dos produtos zambers de designers igualmente zambers. um finger puppet para quem não sabe é um marionete de dedo. não funciona assim tão bem pois você não pode mover os bracinhos com os dedos. mas é engraçado. mas o mais engraçado é falar com o fera que trabalha do outro lada mesa, de frente para você-- por cima do monitor. mandar um cara ir para aquele lugar olhando para ele-- é uma coisa. outra coisa, completamente diferente, é um finger puppet surgir por de trás do monitor é mandar ele para a casa do caráio. ele, pode até ficar puto. mas não pode e não vai brigar com um finger puppet. seria no mínimo estranho. bom, e partindo desta cena que acabo de descrever, acho que o finger puppet é uma excelente alternativa para uma porção de momentos do seu dia-a-dia. se você, por exemplo, está num restaurante e o atendimento for bem mais ou menos, coloque o finger puppet e deixe as moedas sobre a mesa. se o garçom olhar para trás com um cara de poucos amigos, acene com o finger puppet. e tudo vai ficar na boa. deixe o garçom puto com o finger puppet. você está andando com a sua namorada e passa uma menina interessante para o outro lado e, sem querer, você não consegue evitar e olha... coloque a mão no bolso e o finger puppet na mão. assim que a sua namorada for brigar com você, acene com o finger puppet. foi ele quem olhou, não você. perguntas duvidosas em reuniões de trabalho, levante o dedo indicador com o finger puppet nele. quem fez a pergunta foi ele, nunca você. e, se por algum motivo inesperado, o cliente ou chefe julgar a pergunta "genial"... balance a mão e largue o finger puppet no chão. e tome o crédito, é claro. recomendo. é barato. cabe no bolso. finger puppet.

terça-feira, junho 24, 2008

pequenas observações.


- como é que um fera aqui na europa tem a cara de pau de cobrar 4 vezes o preço de uma havaianas?

- na grande maioria dos lugares de lisboa, o pessoal dos restaurantes têm tanta certeza que a sua salada está bem temperada-- que só levam o azeite e o vinagre para a mesa se você pedir com uma certa firmeza.

- a salada caprese é o big mac das saladas. explico. em qualquer lugar do mundo, você pede uma caprese e recebe um prato com tomates fartos e lascas generosas de muzzarela de búfala. isso, com uma dose igualmente gorda de azeite e orégano. e qualquer lugar. qualquer. antigamente quando eu era mais moleque, a caesar salad era a tal. depois acho que o pessoal foi enjoando, enjoando-- e hoje a caesar é uma grande putaria. com versões com achovas, frango, ovos cozidos inteiros.

o yoda na minha mesa.

comprei um bonequinho do yoda e coloquei ao lado do teclado. mas um bonequinho com um feature, uma função diferente. ele balança a cabeça de acordo com as vibrações dos arredores. eu martelo o teclado com força, o yoda balança a cabeça com força. eu bato na mesa puto com alguma coisa, o yoda balança a cabeça com firmeza. eu escrevo com tranquilidade, o yoda... bom, você entendeu. o yoda que balança a cabeça é genial. como você sabe, o yoda tem a "força". é o master makers fucking fuckers dos jedi. e por isso, sempre que eu transmito algum tipo de estresse para a mesa, ele balança a cabeça como quem diz: "não nervoso ficar, erick." ou "a idéia virá, você menos esperar quando." recomendo. e aí, quando você está bem rilécs, basta você olhar para ele, ali, igualmente tranquilo como quem diz: "sabia decisão tomou erick, puto ficar não adianta." e por aí vai.

a ilhota.

sempre tive uma ilhota branca no meio da cabeça. desde moleque. e acho que já falei isso por aqui. não sei quando. mas jea. a tal ilhota era um círculo de cabelos brancos cercados por um mundo de cabelos pretos. não era grisalho. é diferente. os fêla não se arrumavam em sequência: branco, preto, preto branco. tinha a ilhota e o resto. era um negócio meio estranho se você me pegasse vindo de um ângulo com o sol batendo no meu coco, você enxergaria uma ilhota brilhando. bom, mas, dia desses, peguei uma foto recente e notei que quase da noite para o dia, a ilhota explodiu em milhares de pedaços. agora não é uma ilhota grande. mas um caráiada de ilhas pequenas. depois dos trinta fique esperto, pequenas ilhas de cabelos brancos se aproximam, meio que sem você ver, sobem pelas costeletas, pela nuca. e quando você vê, você aparenta quase que com perfeição a idade da sua carteira de identidade. ou mais. é, mais.

teorias. algumas.


- não é o gato preto que dá azar. é você atravessar a rua com pressa para fugir do gato preto-- sem olhar para os dois lados da rua.

- comer alface não emagrece. não comer o purê de batata que ia no lugar do alface é que faz isso.

- qualquer prato com lascas de parmesão e/ou cogumelos custa mais do que você imagina.

- o fêla que corre--ao invés de ficar imóvel-- na escada rolante, acordou tarde.

segunda-feira, junho 23, 2008

the graduate. o filme que você acha que viu mas nunca viu porque o poster faz você acreditar nisso.

nunca tinha visto o filme do dustin hoffman e da anne bancroft. acho que é de 67. ou seja, mais de 40 anos atrás. bom, estava eu refem da cadeira do avião por mais de 13 horas quando ao navegar pelo menu do sistema de video do avião, encontrei o filme. e como já tinha assistido uns 3 filmes seguidos, não restavam muitas opções. o que foi bom. porque o filme é muito bom. não vou aqui entrar numas de cagar regra e dizer para você assistir porque possui uma cinematografia genial. que a direção é cheia das nove horas. não, mas porque como o filme tem lá 40 anos de idade, periga você não se empolgar para assistir. isso é claro, se você ainda não assistiu. e acho, apenas acho, e agora, cagando um pouco de regra, que muita gente ainda não assitiu porque tem certeza que já viu.e o problema aí, a culpa é do poster do filme. simplesmente porque o filme tem um dos posters mais famosos de todos os tempos. aquele com a perna da anne bancroft em primeiro plano e o dustin hoffman olhando em segundo plano. por isso, sem querer-- lá no subconsciente, você entra numas de que já viu. um bom filme. ou melhor, fucking fuckers.

idéias e o cospe troco.

a impressão que eu tenho sempre que eu visito o japão é que os caras não conseguem represar idéias. não tem essa de "pô cara, mas acabamos de lançar um carro movido a eletricidade.... vamos esperar um pouco para colocar no mercado esse novo movido a espirro e suspiros." em todo lugar que você vai, é uma idéia daquelas que impressionam pela simplicidade e genialidade. o exemplo mais óbvio para mim é o secador de mãos de qualquer restaurante. lá também tem o ventinho. aquela máquina que assopra a sua mão no lugar dos papéis. mas, enquanto a máquina de ventinho é uma grande bosta em todo os lugares, a máquina dos japoneses é de foder. parece uma turbina de avião que expulsa toda e qualquer gota da sua mão. é uma espécie de engenhoca em formato da letra "u", assim mesmo, apontando para cima, não para baixo. o ar sai dos dois lados, com toda a força para o centro, onde a sua mão se encontra. em questão de segundos e o melhor, sem deixar uma gota sequer cair no chão-- sua mão fica nova em folha. mas-- a invenção que mais me cafuzou foi o cospe troco. outro dia fui a um supermercado. comprei duas latas de cerveja e um pratinho de sushi pronto. a mulher do caixa apontou para o mostrador com o valor das compras. e assim que eu tirei a nota da minha carteira, a mulher digitou o valor da nota na máquina. até aí tudo bem. mas, ao invés da máquina abrir e a mulher ter que lamber os dedos para catar notas e moedas, para a minha surpresa, o troco começou a escorregar literalmente por um tobogã até chegar na minha mão. sério, um pequeno e discreto escorrega de metal que circundava a caixa, cuspiu o troco certinho na minha mão. o cospe-troco. e as idéias aparecem em todos os formatos. o açúcar líquido para a bebida gelada. a cerveja quase sem calorias mas com alcool. não uma bud light com suas cento e tal calorias. quase zero mesmo. pourra e para foder a cabeça mesmo, basta entrar numa loja de eletrônicos. você fica com a certeza que os caras estão cagando baldes para as convenções mundiais do que é de ultima geração. as idéias vão chegando e os caras vão lançando. e aí você fica lá segurando uma máquina de fazer arroz ou de moer café sem saber se é aquilo é uma pegadinha no reality show com uma câmera escondida ou se é um tocador de mp3. bom, aí tem o carro em formato de cubo que suspeito que seja para facilitar estacionar "a lá tetris", o cartão de crédito que basta você tocar num sensor para ser debitado e por aí vai. a impressão que eu tenho sempre que eu visito o japão é que os caras não conseguem represar idéias.