sexta-feira, setembro 30, 2005

os bicos entumecidos (os biquinhos duros dos peitos) dos manequins do shopping morumbi.

qual foi a última vez que você foi ao shopping morumbi? meu amigo, dei um pulo no shopping hoje para almoçar e o que foi que eu encontrei? um novo tipo de manequim, na verdade eles já existiam, mas agora evoluiram: são os manequins com bicos entumecidos do shopping morumbi. é uma nova espécie de manequim. com bicos dos seios duros como se estivessem em contínuo estado de tesão. deve funcionar. porque todas as lojas fazem isso agora. eu acho que segue o seguinte raciocínio: o consumidor, eu, está lá passeando procurando uma camisa social. ele olha a vitrine de uma loja, olha a da outra, até que de repente, ele se de frente com um manequim feminino com os bicos dos seios entumecidos, ou em português claro, com os bicos duros. e, vamos citar o exemplo da loja richard's. uma loja unisex. bem ao lado da manequim excitada, está um manequim homem vestindo uma camisa social nova que custa uns duzentos mangos. o que você faz? porra, você compra cararalho. se essa camisa deixou um manequim com os bicos dos seios entumecidos, meu amigo essa camisa vai fazer as mulheres de verdade pularem em cima de você. o mesmo funciona para as mulheres. de um outro ângulo, é claro. acho que com as mulheres funciona da seguinte maneira. a mulher passa e vê aquele manequim com os bicos dos seios entumecidos e pensa: "caceta, essa mulher está pegando fogo com essa camisa... e eu aqui nesse marasmo! vou comprar cinco. também quero estar me sentindo assim." os bicos entumecidos dos manequins do shopping morumbi. vai lá ver você mesmo, em pessoa. é bico para todo lado. um novo tipo de manequim. quem sabe esses bicos entumecidos (palavra legal essa de escrever hein?) não convencem você a comprar aquela camisa que você tanto precisa mas não se decide.

quinta-feira, setembro 29, 2005

quando parar num buffet e porque o segundo pão de queijo é uma ameaça para o bem-estar da sociedade.

saber parar de comer num buffet é uma arte. eu, particularmente, não sei. se a minha mulher não me afastar da mesa eu explodo. sério, não estou exagerando. ir a um restaurante bacanudo em que você pode comer comidinhas gostosas sem parar, é uma aventura. é muita emoção: da cestinha de pão de queijo ao carrinho de sobremesa. tem gente que é tão boa nesse esporte (comer em buffet) que sabe a quantidade certa de pães de queijo que se deve comer no início para não foder o resto da experiência. essas pessoas comem no máximo um, um pão de queijo. quem come dois, depois se arrepende. esse segundo pão de queijo é a diferença entre voltar para casa soltando mini-arrotos e voltar tranquilo. o segundo pão de queijo é o que separa você de abrir a calça em pleno restaurante. depois vem a salada. ou melhor, depois você vai até a salada se servir. o certo é evitar coisas como palmito, salada de batata e aquele mega tomates. prefira as folhas. você volta para casa com a consciência leve de quem comeu uma saladinha, e ainda tem espaço para o prato principal. falando nele, concentre-se nas carnes, nos peixes e nas aves. porco não. só se você tiver um metabolismo como do "the flash", a carne de porco vai se arrastar dentro do seu sistema. evite arroz, feijão e maçarocas como mandioca frita e batata frita. meu amigo, você não quer chegar na hora da sobremesa suando bicas pela testa. bom, pelo menos isso foi o que eu escutei por aí. até porque, eu tentei, mas não consegui. ainda não aprendi a a arte do buffet. quando parar e principalmente o que evitar. quando parar no buffet. uma das coisas mais importantes da humanidade. algo que todos deveriam saber. quem sabe um dia não ensinam nas escolas. vou ficar aqui torcendo.

quarta-feira, setembro 28, 2005

estacionamento. ahhh... estacionamento.

você pára o seu carro sempre no mesmo lugar? eu tento. mas nem sempre é possível. estacionamento é foda. é tudo igual. as vagas são do mesmo tamanho. as paredes da mesma cor de concreto. a luz é fraquinha fraquinha e não ajuda picas na hora de encontrar o seu querido carrinho. estacionamento é uma aventura na hora de estacionar mas principalmente na hora de ir embora. o pessoal tenta de tudo. principalmente o pessoal do shopping. inventam nomes criativos para os andares: "andar fanta laranja", "andar coca-cola", "andar tulipa", "andar rosas selvagens", "andar beija-flor". mas é foda, quanto mais os caras tentam simplificar, mais complicam. eu já passei horas em shoppings procurando o meu carro. já peguei carona em carrinhos de golf com os tiozinhos que cuidam do estacionamento atrás do meu carro. já fui até de taxi para o trabalho para depois voltar e continuar procurando o carro. sério, estava tão atrasado para uma reunião que não podia mais perder tempo procurando onde eu tinha estacionado. as vezes quando eu entro no estacionamento de um shopping e sinto um "vibe" negativo, eu dou meia volta e saio. isso acontece geralmente quando tem fila para entrar, muitas motos pilotadas por guardinhas uniformizados e é claro, quando a sinalização é uma bosta. é por isso que eu acho que todo shopping deveria ser estilo "valet park". da noite para o dia, tinha que mudar tudo. a minha vida seria melhor. a sua vida também. eu te garanto. isso teria um efeito cascata na sociedade. todos seriam mais felizes no trânsito. e eu provavelmente não teria mandado a tiazinha que me fechou na saída do estacionamento "à merda!". mas é só a minha opinião. se você gosta tanto assim de estacionamento de shopping, vá em frente. eu provavelmente terei que passar uma boa meia hora procurando o meu carro no estacionamento aqui do prédio onde eu trabalho-- antes de ir para casa.

terça-feira, setembro 27, 2005

o s.a.c. dos bancos.

s.a.c. de banco é coisa de fêla da puta. não sei se você já tentou tirar uma dúvida, resolver algum problema. é de foder. cada vez mais esse negócio de sac é automatizado. é sempre uma gravaçãozinha meia boca. gravada nas coxas. não entendo como é que banco, uma instituição que toma conta de bilhões de reais (não os meus bilhões é claro), não consegue pagar uns carinhas pra falar com você. hoje, por exemplo, liguei para falar com o meu banco, me fodi. escutei a nona sinfonia de bethovem inteira. mas inteira mesmo. não estou exagerando. vai dar meia hora de bunda. não aceito perder meia hora do meu dia falando com gravações e apertando o meu cpf, a minha data de nascimento, repetindo o meu endereço. sério, acho que alguma coisa deveria ser feita. não é possível que ninguém ainda não se revoltou. não é possível que alguém ainda não achou o endereço da central de atendimento para ir até lá lançar uns coquetéis molotovs, aquelas garrafinhas com alcool e um um pano na ponta. quase mandei um carinha tomar no meio do olho do cu da mãe dele quando ele teve a cara de pau de falar que iria me repassar para mais uma gravação. "se você me passar para mais uma gravação, você tem que mudar a porra do disco! não aguento mais bethovem. coloca chopin!" mas ele cagou para mim. me jogou no beethovem novamente. acho que eles estão acostumados a mandar os clientes à merda. acho que é a falta de opção. é tão difícil, dá tanto trabalho cancelar uma conta de banco e abrir outra que você, o cliente, acaba engolindo tanta bosta. já sei o que eu vou fazer. sempre que eu estiver em casa e atender alguma ligação do banco, vou acionar uma secretária eletrônica com os seguintes comandos: "aperte 1 para tomar no cu, aperte 2 para ir para a puta que te pariu ou aparte 3 para ir a merda." e depois jogava música em cima dos caras.

segunda-feira, setembro 26, 2005

mais algumas observações.

-headphones deveriam ser chamar ear-phones.
- o hamburguer tem esse nome pois foi criado na cidade de hamburgo.
- o cheeseburguer tem esse nome mesmo sem existir uma cidade com o nome de cheeseburgo.
- existe coca-cola. mas não existe maconha-cola.
- a revista veja deveria ser chamada "leia".
- apesar de ser uma musiquinha de criança, se você "atirar o pau no gato-to-to" você é preso.
- o trânsito sempre está livre entre três e quatro da tarde em qualquer lugar do mundo.
- se você estudar numa escola comum e responder que 2+2= 5, vão te chamar de burro.
- se você der a mesma resposta numa escola de artes plásticas, vão te chamar de criativo.
- uma criança chorando no avião equivale a dezoito chorando num restaurante de shopping.
- uma sujeito que sai com uma mulher que usa uma mini saia e um decote que revela metade dos peitos, não tem o direito de ficar putinho se alguém olhar para ela. vai dar tomar no cu.
- churrascaria rodízio deveria tirar o cupim do cardápio.
- o mcdonald's deveria tirar o picles do big mac.
- o bob's deveria fechar as portas e abrir uma sorveteria.
- sete e meia da mahã deveria deixar de existir. por lei.
- os deputados do brasil deveriam ser obrigados a trocar o "vossa excelência" por "seu fêla duma puta" quando se dirigir uns aos outros.
- segundas-feiras deveriam trocar de nome para "dia de merda".
- o kid abelha deveria ser proibido de lançar mais discos com as mesmas músicas com nomes diferentes.
- restaurantes deveriam ser divididos em duas partes: as pessoas que mudam os pratos do cardápio e gente que não muda e está satisfeita com forma que o chef criou o prato em primeiro lugar.
- a seleção brasileira deveria ser autorizada a ter dois times, a seleção "a" e a seleção "b" e inscrever as duas nas eliminatórias da copa do mundo.
- a porção de batata frita deveria ter a mesma quantidade de batatas em qualquer boteco.
- mais pessoas deveriam morrer nos episódios do seriado "er- plantão médico".
- a novela das 8 passa as 9 e 15.
- se você colocar todas as músicas dos beatles lado a lado, são menos de 3 horas de música.

a volta do acento.

depois de uma semana usando um computador sem acentuação. o acento está de volta. o acento é de foder. poucas pessoas dão valor pra ele. ou para eles. afinal são muitos, os acentos. mas no dia que os seus dedinhos percorrem o teclado atrás deles e você não encontrar, aí meu amigo, aí você vê a diferença que eles fazem. aí que você sente falta deles. acento é como um chapéu, um boné para a palavra. o acento para a palavra é como o gergelim em cima do pão do big mac, o telhado de uma casa, o cadarço de um sapato, a calda de chocolate do sundae do mcdonald's. a neve no topo do monte fuji, o filtro do cigarro, a tampinha do saleiro e o catchup da salsicha. ou seja, quando ele não existe, faz uma puta falta. por isso mesmo decidi escrever um textinho em homenagem ao acento. tava com saudade deles. eles ajudam você e eu a não travar na hora de ler as palavras e as frases que elas constroem. o acento do "pão", do "pé", do "incrível", e de "você". ahhh, os acentos. nunca, nos meus trinta anos de vida achei que escreveria um texto em homenagem aos acentos. acento é de foder, mesmo que volta e meia não tenho a menor idéia onde colocar os fêla da puta.

quinta-feira, setembro 22, 2005

observacoes.

- porque quanto mais voce fica na cama, mais dificil e levantar depois?
- voce ja notou que voce so fode o esqueminha do AM e PM do alarme quando voce realmente precisa acordar cedo?
- mulher usa salto alto mas vive dizendo que sao os homens que mentem.
- o clube do flamengo fica na gavea.
- existe queijo-quente. existe misto-quente. nao existe presunto-quente.
- maes estao sempre certas mesmo quando estao erradas.
- os mesmo com esposas e sogras.
- voce usa cada vez mais a internet para ir ao banco, mas mesmo assim sobra cada vez menos tempo livre no almoco.
- o codigo da vinci esta no top 3 da lista de bestsellers desde 1968.
- existe uma banda que toca musica de elevador e que de vez em quando esta mesma banda toca em salas de espera de consultorios medicos.
- a bala perdida sempre encontra alguem.
- se o roberto carlos nao tivesse aquele chutao, voce estaria pergunta para alguem agora: quem e roberto carlos?
- o brazil so e escrito com "s" no brasil.
- os japoneses estao sempre doze horas na sua frente, nao importa a velocidade que voce faz as suas coisas.
- e que eles estao dormindo enquanto voce esta trabalhando duro.
- existem mais chicletes debaixo de cadeiras e carteiras do que em lojas para vender.
- um elefante incomoda muita gente. mas duas pessoas falando no cinema incomodam muito mais.
- nao e possivel ver a muralha da china do ceu.
- mas e possivel ver o ceu da muralha da china.

o croque madame e ovo que subiu na vida.

continuamos sem acentos. mas vamos la.

acabei de comer um cafe da manha de cafuzar a cabeca. um cafe com leite, daqueles com espuminha em cima. bastante espuma. e, para acompanha um "croque madame". o croque madame, descobri hoje, e primo do croque monsieur. daqueles tipos de primos que se comportam como se fossem irmaos. bom, voce entendeu. o croque madame, e uma sanduba de queijo, presunto, uma manteiga daquelas de vacas obesas e um belo ovo por cima. e e ai que a historia fica interessante. afinal, esse ovo, ele nao e mexido, ou sanduichado entre camadas de frios e paes. esse ovo vem por cima. e literalmente um ovo que subiu na vida. e como se ele tivesse tido a oportunidade que um simples ovo frito nao teve. o ovo do croque madame teve a chance de estudar numa escola particular em paris. conheceu formadores de opiniao. o ovo que vem por cima do croque madame, e como o nome diz, uma madame. ele e o mesmissimo ovo que vem misturado na farofa, ou estourado sobre o arroz. mas ele teve uma chance. ele viu uma luz no fim do tunel e pulou pra cima do croque monsieur, e assim foi criado o croque madame. esse ovo, corajoso, e a maior prova de que tudo e possivel. a vida e um mar de oportunidades. quando voce acha que tudo esta perdido, voce pode subir na vida. voce pode escalar montanhas. vencer objetivos. pular obstaculos. o croque madame e um exemplo. um exemplo que eu vou para sempre seguir. ate porque, depois de comer o fela da puta hoje no cafe da manha, com certeza vou comer varios outros. croque madame, o ovo que subiu na vida.

quarta-feira, setembro 21, 2005

o cafe e o tapa nos cantos do cerebro.

hoje acordei com muito sono. tanto sono que eu achava que nao tinha acordado. tanto sono que mesmo colocando os oculos eu nao conseguia enxergar nada na minha frente. tanto sono que eu pensei que tinha sido sequestrado e estava no alasca com tudo branco ao meu redor. mas, foi so tomar o primeiro gole de cafe que tudo veio ao normal. bom, nao foi automatico. mas foi relativamente rapido. eu nao sei como e que o cafe faz isso. tudo bem, eu sei que o cafe tem cafeina. o que eu nao sei e como o fela da puta faz isso tao rapido. fiquei imaginando o cafe entrando garganta abaixo. o caminho que ele fez pelo meu corpo. e foi ai que eu cheguei a conclusao que, diferente dos outros liquidos, o cafe nao desce pela garganta. o cafe sobe. e, ele sobe. na direcao do seu cerebro. o cafe funciona como aquela mangueira que o pessoal da padaria usa para limpar as calcadas. o cafe sobe queimando cada onda do cerebro. cada curvinha dele. e como se ele desse uns tapas nos cantos mais dormentes da sua cabeca. so pode ser verdade. eu acho que as pessoas nao divulgam isso como medo da repercusaao. mas nao existe outra explicacao. o cerebro esta viciado no cafe. o cerebro precisa da fumacinha e principalmente das temperaturas elevadas. apenas uma teoria. eu, por exemplo, estou com um dos olhos no momento quase fechando. o que eu vou fazer? vou socar os cantos do meu cerebro com cafe, e claro. experimente. tente. vai por mim. funciona. todas as manhas.

o desodorante sem cheiro.

obs: cade os acentos? tambem nao encontrei nesse computador.

dia desses comprei um desodorante sem cheiro. acho que o termo oficial e "neutro". bom, esse desodorante e um misterio. porque? e um misterio porque diferente dos outros com cheirinhos de flores, "fresh", "powder" e similares, o desodorante sem cheiro, como o nome diz, nao tem nenhum cheiro. essa porra esta me causando problemas. problemas serios. eu nunca sei se eu coloquei o desodorante ou nao. todos os dias pela manha eu tenho que colocar a lente de contato, fazer a barba, colocar a locao pos barba, escovar os dentes e passar o fio dental depois do cafe. e, no meio disso tudo, eu coloco o desodorante. e e ai que esta o problema. como ele nao tem cheiro, chega um determinado ponto do dia que eu nao consigo me lembrar se eu estou ou nao usando desodorante. chega um ponto do dia em que eu nao sei se entre a barba e a lente de contato, eu me lembrei de colocar a camada protetora debaixo de cada subaca. com o meu desodorante atigo, o "powder fresh" eu sentia aquele odor falso de "limpinho" de longe. minhas narinas conseguiam na hora sentir o drama. eu me sentia seguro. eu sabia que eu podia entrar confiante num elevador lotado sem o risco de causar um incidente internacional. agora por exemplo, acabei de sair de uma reuniao. e eu sai com a sensacao estranha de que eu nao coloquei o caraio do desodorante sem cheiro. nunca mais. a partir de agora so desodorantes como avanco, rastro e similares. aqueles desodorantes de spray. aqueles que despejam uns 100 ml de alcool nas subaca. pode ate incomodar alguem mais fresco. mas eu caguei. nao saber se voce esta com o desodorante e de foder. e inquietante. nao entendo quem compra. nao entendo quem faz. nao entendo como e que eu fui car nessa.

segunda-feira, setembro 19, 2005

a camisa cinza.

obs: mais uma vez o textinho vai sem acentuacao porque noi ainda nao descobriu como se faz isso nesse computador.

camisa cinza definitivamente nao deve ser nunca usada em reunioes, encontros ou qualquer situacao que envolva algum tiquinho de tensao. camisa cinza e uma especie de termometro que revela o que esta passando na sua cabeca. a camisa cinza reage a qualquer mudanca de temperatura no seu corpo. se voce estiver nervoso, da subaca nasce uma pequena ilha mais escura, ou como algumas pessoas gostam de descrever esse efeito, forma uma pizza. bom, o problema de nascer a tal ilha na subaca, e que nao tem como voce esconcer de ninguem. qualquer pessoa num raio de dez kilometros consegu ver esse suor acumulando debaixo do seu braco. e dai para tomar conta do resto da camisa e questao de minutos. uma pessoa que sai no primeiro encontro com a giselle bundchen de camiseta cinza e uma lenda viva. um heroi que merece ser eternizado com uma estatua em praca publica, vestindo e claro, a sua camisa cinza. uma sujeito que entra numa reuniao de diretoria com uma camisa de terno cinza clara, e um heroi que merece ser eleito o presidente da compania por unanimidade. isso tudo, e claro, e somente, se os dois, tanto o cara que saiu com a giselle como o executivo da reuniao, nao suarem uma gota sequer. nada, nem uma mililitro de suor. meu amigo, isso precisa de treino. agora, se voce nao se garante, e entra numa situacao de tensao, vestindo uma camisa dessas, ai, voce e muito mane. do maiores que existem. por isso, va por mim, evite a todo custo a camisa cinza. e um perigo. do maiores que existem. nao arrisque. a nao ser e claro que voce sej o dalai lama e, e por lei, o cara mais zen que existe. a camisa cinza te entrega. mas se voce leu isso aqui, ja sabe disso.

sábado, setembro 17, 2005

quem esta cozinhando no aviao?

obs.: esse textinho nao tem acentos porque o teclado em que ele esta sendo escrito e bem esquisitinho.

aviao. tem gente que tem medo de aviao. eu nao tenho medo, eu tenho mais e claustrofobia. do lugar fechado. de nao poder abrir a janela pra pegar um ar. de nao poder dar uma paradinha numa loja de conveniencia no caminho para tomar uma agua, esticar os joelhos e voltar para encarar o resto da viagem. bem, voce entendeu. aviao e foda. umas trezentas pessoas socadas dentro de uma lata. se voce se levantar, periga ficar preso entre o carrinho da comida e uma tiazinha nervosa que foi ao banheiro pela centesima vez. mas o que mais me deixa cafuzo no aviao e as comidinhas. o mini pratinho. o mini garfinho. o mini copinho. o que mais me deixa cafuzo e o fato desses caras servirem frango recheado com queijo e arroz com amendoas como se tivesse acabado de ser cozinhado. caraio, de onde esses caras tiram essas comidas? quem e que esta cozinhando essa comida? sera que o co-piloto faz um bico de assistente de chef? "file com molho de cogumelos, frango em tiras com lascas de gengibre ou ravioli de vitela?" quando a aeromoca me pergunta o que eu vou querer comer no jantar, eu fico pensando: "puta que pariu, e se as trezentas pessoas deste aviao pedirem o mesmo prato? cacete, lascas de gengibre? vai dar meia hora de bunda, como e que voces arrumaram tempo de tirar lascas de gengibre nos quinze minutos que o aviao ficou no solo?" agora, o que de foder, e o cafe da manha. a mulher, a aeromoca, novamente aparece cheio de opcoes: "omelete? cereais? sanduiche de peito de peru?" caceta, onde e que esses caras guardam tudo isso? sera que eles viraram a noite cozinhando enquantos os passageiros dormiam? e, eu nao sei. acho tudo muito estranho. trezentas pessoas, tres opcoes de jantar. tres opcoes de cafe da manha. no meio do nada. dez mil metros de altura. tem algo estranho acontecendo la naquele lugarzinho em que as aeromocas se reunem de madrugada. alguma coisa sinistra. piloto, co-piloto e aeromocas descascando batatas e cortando carne enquantos os passageiros dormem. da proxima vez eu nao durmo. vou entrar la de madrugado e pegar esse felas das puta com a faca e o queijo na mao.

sexta-feira, setembro 16, 2005

o aeroporto.

aeroporto é um lugar engraçado. engraçado não, diferente. é como se fosse um universo quase paralelo. onde as pessoas usam roupas que geralmente não colocam em outras ocasiões, como calças de veludo marrom escura, por exemplo. no aeroporto também, as pessoas comem comidas que nunca comeriam em outro lugar. suco de maçã e sanduíche frio de queijo e presunto é um bom exemplo. e como o seinfeld disse uma vez, você paga em média uns quinze mangos para comer esses quitutes com prazo de validade de dois meses. leitura é outra coisa. você acaba comprando revistas que você nunca comprou porque, sei lá, a porra do aeroporto tem esse efeito em você. um bilhão de pessoas socadas num portão de embarque a espera de um avião que está vindo do rio de janeiro ou que está trocando de tripulação em recife. é de foder. esse textinho por exemplo, estou escrevendo numa sala de espera, com um grego suado fungando o meu cangote. o fêla da puta quer tomar o teclado de mim. mas como essa é a última cadeira disponível na sala de emabarque, eu quero que ele se foda. bom, pensando bem, a subáca do cara tá ardendo as narinas. tchau.

quinta-feira, setembro 15, 2005

a teoria das roupas.

que roupa escolher para vestir pela manhã? não fico muito tempo escolhendo. juro. não tenho frescuras. tenho é preguiça de escolher. as vezes eu abro a janela só para ver como é que as pessoas estão vestidas lá fora. tento copiar. mas geralmente não tenho nada igual no armário. as vezes eu vejo o céu. coloco o dedo para fora da janela. "tá frio?" "tá quente?" "tá morno?" "tá bom! eu já tô indo porra!" canso de ir para a mesa tomar café de toalha. as vezes dá um branco--não sei o que colocar. tenho medo de ter uma reunião e não me lembrar. me cago de ficar suando o dia inteiro por ter finalmente decidido usar o sweater bordado com renas amarelas com bolinha azuis dado pela minha vó. muitas vezes não me lembro que calça ou camisa eu usei no dia anterior. tenho que começar a anotar. semana passada por exemplo, vim três dias seguidos para o trabalho com uma camisa azul e jeans. o mesmo tênis. as camisas eram da mesma cor. marcas diferentes. mas da mesma cor. não sei se passei a impressão de sujo ou de apenas 'quisito'. vou fazer como einstein. einstein pelo o que reza a lenda se vestia sempre igual. com a mesmíssima roupa. não mudava a combinação. todos os dias. faça frio ou faça sol. ele não queria gastar seus neurônios escolhendo a roupa logo pela manhã. e olha que o cara tinha muitos neurônios. tô pensando em seguir o exemplo . afinal, se ele que tinha bilhões de neurônios--fazia isso. imagina eu--que ontem matei uma dúzia dos que restam-- secando 3 cervejas.

quarta-feira, setembro 14, 2005

garfos, facas, colheres e etiquetas.

garfo pequeno, garfo grande, faca pequena, faca grande, colher pequena, colher grande. alguns restaurantes, os mais caros tem o costume de entulhar a mesa com talheres. os pequenos para a salada ou entrada, os maiores para o prato principal, a faca sem dente pra o peixe, a afiada para a carne, a super afiada para a carne que custa o dobro da carne da faca que é apenas afiada e assim por diante. quando eu era mais moleque, caí de pára-quedas num restaurante desses e não consegui entender picas. não consegui decorar a ordem. e desde então tenho ignorado todas as etiquetas: só uso os talheres grandões. garfo e faca grande pra salada, o prato principal e sobremesa. no começo as pessoas olham, observam, e olham novamente pra ver se você se tocou que você está comendo a salada com os talheres errados. mas depois elas se acostumam, ou pelo menos se comportam como se fosse a coisa mais normal do mundo. a primeira coisa que eu faço quando sento numa mesa dessas, é pegar todos os talheres supérfluos e entregar para o garçom. não sei se você teve dificuldade na hora de aprender a usar os talheres, comigo foi foda. aprender a cortar um bife então, foi mais difícil que dominar uma equação de segundo grau. a minha teoria é a seguinte, já é difícil fazer uma criança largar a colher. agora, fazer um moleque decorar com que garfo e com que faca ela deve rasgar as folhas de alface é de fuder. sei que já estou mais crescidinho e já não é tão difícil decorar a ordem, mas e me recuso. vai dar meia hora de bunda o pessoal que inventou essa história de garfos e facas de vários formatos e tamanhos. é como os orientais, você não vê eles comerem salada com palitos pequenos. não, é tudo do mesmo tamanho. na próxima vez que você for a um restaurante e se ver cercado de talheres, pegue o guardanapo do colo, embrulhe todos os talheres que você não vai usar e chame o garçom. assim, meu amigo, você pode concentrar em driblar as espinhas do peixe, dobrar as folhas de alface, desfiar o frango e tirar aquela casca de titânio dos camarões de buffet. vai por mim, fica muito mais fácil. e se alguém levantar uma sobrancelha quando notar que você não está comendo com o garfo certo, pergunte se na casa dele, ele almoça todos os dias com essa putaria toda.

terça-feira, setembro 13, 2005

esse é um trabalho para sobrancelha man!

quando eu era mais moleque, inventei um super-herói bem quisitinho, o nome dele era sobrancelha man. isso mesmo. dia desses fuçando numa papelada lá em casa, encontrei um esboço com o sobrancelha man. ele era um super-herói para os dias modernos. ele não soltava raios lasers pelo rabo, não era feito de titânio, mas tinha lá seus super poderes. é, o sobrancelha man, carregava uma pinça em cada mão. daquelas pinças bem fucking fuckers feitas para arrancar os pêlos mais difíceis. sobrancelha man, tinha duas mega sobrancelhas. gigantes mesmo. elas subiam quase um metro e depois curvavam. bom, você deve estar pensando que caráio essas mega sobrancelhas faziam? elas funcionavam mais ou menos como o escudo do capitão américa. além de serem a prova de bala, também funcionavam como um puta charme para a mulherada. sobrancelha man era pegador. dos mais pegadores. a mulherada chegava perto pra olhar as sobrancelhas e ele cráu. e as pinças? quem já arrancou um band-aid com força sabe a dor que é arrancar cabelos de suas respectivas raízes. mas com a pinça doi mais. doi muito mais. se uma vovó estivesse sendo assaltada num beco escuro por um fêla da puta... sobrancelha man surgiria munido de suas micro-pinças para arrancar fios de cabelo da base da nuca do ladrão (estudos comprovam que arrancar um fio de cabelo da base da nuca resulta na maior dor que um ser humano pode sentir.) depois de encontrar os rabiscos do sobrancelha man tentei me lembrar como é que ele nasceu. a resposta estava no verso da mesma folha de caderno. a inimiga nº1 dele era uma professora minha de matemática bem babaca. ela era o lex luthor, o duende verde do sobrancelha man. ele nasceu no dia que ela, a professora, me fodeu ao dar um teste surpresa de algebra, eu acho. e porque, sobrancelha man e as pinças? a fela da mãe tinha umas sobrancelhas que enrolavam na testa, uns tufos de cabelo nos braços e um bigodinho, um buço bem visível. e foi aí que eu pensei no sobrancelha man. depois de pensar em todas as alternativas, cheguei a conclusão que a melhor maneira de me vingar dela seria arrancando cada cabelinho daquele bigode. um por um. mas como eu já estava bem fodido naquela matéria... aquilo era um trabalho para o sobrancelha man... man...man....man... (eco)

segunda-feira, setembro 12, 2005

o cheque de papelão.

reza a lenda que o pai das irmãs williams (venus e serena) teve a idéia de matricular as filhas numa escolinha de tênis depois de assistir a entrega de uma premiação de um torneio de tênis. aquele cheque gigante de papelão cheio de zeros -- que os caras entregam nessas finais fodem a cabeça de qualquer um. o cheque gigante de papelão quase levou o cara a locura. ele não sossegou enquanto não viu as filhas ganharem um. 15 anos depois, as duas já ganharam mais de 10 milhões de dólares cada uma. caráio. é dinheiro que não acaba mais. o que nos leva ao assunto desse textinho. ontem, assisti a final do us open. assisti a entrega do prêmio. e do cheque gigante de papelão. no valor de 1 milhão de dólares. puta que pariu-- 1 milhão de dólares! foi aí que eu decidi. como eu ainda não tenho filhos e não posso forçar eles a jogar-- vou jogar tênis eu mesmo. é resolvi jogar tênis. noite e dia. dia e noite. fiz os cálculos. eu tenho 30. posso treinar duro uns 2, 3 anos. me dedicar de verdade. aí-- com 32 eu entro no circuto profissional (o agassi tem 35). jogo uns 3 torneios desses dos grandes e me aposento. é. quero ganhar um cheque gigante de papelão. esse passou a ser o meu grande objetivo na vida. não vou lutar pela paz mundial não. muito menos plantar uma dúzia de árvores para um mundo melhor. quero ganhar o checão de papelão. é apenas uma questão de tempo e dedicação. vou me aposentar com o checão. e aí, sempre que chegar a conta do restaurante e o garçom me perguntar: "cartão? dinheiro? cheque?" eu vou simplesmente responder: "não! eu vou pagar com o meu checão de papelão." deve ser de fuder.

onze pior que... um melhor que...

- pior que sentir dor de cabeça, é ter que sair pra comprar aspirina.
- pior que não picanha ou fraldinha, é só ter cupim.
- pior que esquecer de tirar as lentes de contato, é acordar com elas.
- pior que pegar um trânsito, é pegar um caminho alternativo e se perder.
- pior que trabalhar no fim de semana, é trabalhar na vespera do natal.
- pior que sinal de ocupado, é ficar escutando a musiquinha da espera.
- pior que dor de dente, é dor da maquininha do dentista.
- pior que uma espinha no rosto, é uma de peixe atravessada na garganta.
- pior que especial do roberto carlos, é a reprise do mesmo.
- pior que coçar o saco, é levar uma bolada nele.
- pior que estar com o nariz sujo, é não estar ciente disso.

- melhor que acordar tarde no sábado é acordar tarde na segunda.

sexta-feira, setembro 09, 2005

diferenças.

as mulheres vão juntas ao banheiro.
os homens vão separados.
as mulheres gostam de atender o telefone.
os homens gostam de desligar.
as mulheres gostam de comidas como "quiche" e "confit de pato".
os homens gostam de "bolinho de bacalhau" e "filé a cavalo"
as mulheres não entendem porque o homem precisa saber quanto foi "fortaleza x cruzeiro" pela segunda rodada da copa sulamericana, mesmo que você não torça por nenhum dos dois.
os homens não entendem como a mulher não percebe a beleza que existe num gol de bico aos 47 minutos do segundo tempo num jogo que não vale pourra nenhuma, mas que vai deixar algum amigo seu bem puto.
as mulheres choram ao final de filmes como "titanic" e "notting hill".
os homens choram quando levam uma bolada na sáca.
as mulheres acham que entendem o homem.
os homens acham que não entendem as mulheres.
as mulheres acham que mandam nos homens.
os homens acham que eles mandam nas mulheres mas fingem que as mulheres mandam neles.
as mulheres amam a sandra bullock.
os homens acham que a sandra bullock quebra um galhão, mas amam a angelina jolie.
as mulheres odeiam a daniella cicarelli.
os homens adoram.
as mulheres gostam de conversar.
os homens fingem gostar de escutar.
as mulheres entendem que homem tem barriga.
os homens não entendem quando mulher tem.
as mulheres gostam de escrever, de falar, de conversar e provavelmente não terminariam esse textinho por aqui.
os homens são mais práticos.

quinta-feira, setembro 08, 2005

pessoas que espirram e depois apertam a sua mão.

já aconteceu com você? comigo já. eu apertei é claro. o que é que eu vou falar? desculpa aí cara, mas você acabou de espirrar na sua mão. não dá, o cara vai achar que eu estou de sacanagem. eu também já fiz minhas vítimas. já espirrei e apertei a mão de alguém. é complicado, você não controla. as vezes você está lá trabalhando e espirra. seis minutos depois chega um amigo e oferece a mão. o espirro já perdeu a validade, ele não viu você espirrar e muitas vezes você esqueceu até que espirrou. e você estende a mão e aperta. existem algumas maneiras de evitar apertar a mão espirrada. a melhor, na minha opinião é oferecer a outra mão. por exemplo, o cara espirrou na mão direita e logo em seguida oferece a mesma mão direita para você apertar... estenda a mão esquerda. mas faça isso com convicção. não desista, deixe ela lá no ar, como se você não entendesse ao certo o que está acontecendo. até ele trocar de mãos. mas se comporte com naturalidade como se você fosse canhoto. pessoas que espirram e depois apertam a sua mão não fazem isso de propósito. essas pessoas não acordam com um plano maquiavélico na cabeça. eles não fazem parte de um grupo cuja especialidade é espalhar germes. não, pessoas que espirram e depois apertam a sua mão simplesmente espirram com tanta frequência que cresceram apertando a mão dos outros depois de um atchim. dia desses estava tomando um café depois do almoço quando esbarrei num cara que eu conhecia de algum lugar só não sabia de onde. o rosto era familiar, mas se a minha vida dependesse de dar o nome dele, você não estaria lendo isso aqui agora. ele acenou de longe e veio na minha direção. só que, no caminho ele espirrou. um daqueles espirros que você vê em slow motion. com gotículas densas e viscosas voando para toda direção. bom, o cara usou a mão direita pra cobrir o espirro. eu estendi a mão esquerda e levantei o café com a direita, deixando claro que estava com a aquela mão impossibilitada de apertar a dele. não fode, vi depois que o cara também não lembrava o meu nome. já inventei apertos de mão no momento em que eu noto que se trata de um espirrador. apertos como aquele famoso em que as pessoas batem os punhos ao invés de apertar a mão. já dei golpes baixos também: recusei a apertar a mão de um amigo e dei um abraço seguido de frases como: "apertar mão!? vai tomar no cu! a gente é amigo desde pequeno! não fode! abraça aqui, irmão, porrrrra!" pessoas que espirram e depois apertam a sua mão. preste atenção, você pode ser a próxima vítima.

terça-feira, setembro 06, 2005

você só vai entender um milkshake de verdade, o que se passa dentro dele... no dia que você colocar ele no congelador.

você deve estar se perguntando que caráio eu estou querendo dizer com isso. bom, deixa eu tentar explicar. quando você pega um milkshake no drive-thru do mcdonald's, por exemplo, você soca o canudinho amarelo e vermelho e começa a chupar com a mesma força de uma mãe que tenta tirar o ferrão de abelha do braço de uma criança. bem, você entendeu. o ponto que eu estou tentando chegar é o seguinte: é impossível compreender a magnitude de um milskhake consumindo ele em seu estado líquido. é difícil abstrair, calcular a densidade, a espessura, a quantidade de ingredientes de um milkshake, simplesmente com um canudo. quando você coloca as mãos num copo de milkshake, você bebe rápido. o negócio é gostoso e você bebe até dar aquele choque gelado na cabeça. ou, você aprecia cada gole, mas bebe em goles grandes. desta maneira, você não consegue visualizar a quantidade de sorvete que está engolindo em segundos. por isso, vale a pena fazer essa experiência. congelar o milkshake. eu fiz e é bem simples. vai ajudar você a entender o milkshake. congele ele no freezer por algumas horas. uma vez que você tirar o milkshake do freezer, pegue uma colher de aço inox daquelas que nem o uri geller conseguiria entortar. aí, você coloca um filme no dvd e comece a comer o milkshake. coma o bicho como se fosse sorvete. colher por colher. você vai ter uma surpresa. é, quando você chegar na metade do copo, você não vai aguentar dar mais uma colherada. vai estar com as bordas da boca lambuzada de chocolate e uma sensação de peso no estômago. o copo ainda estará pesado, cheio de milkshake congelado, mas você não vai conseguir comer. nem se a vida daquela velhinha boazinha do andar debaixo dependesse disso. aí você guarda o milkshake congelado no freezer e volta para ler as conclusões deste textinho. vai lá, eu espero. a idéia desse teste é mostrar pra você que o milkshake que você bebe com o canudo é monstruoso. contem 1 bilhão de calorias. sete bolas de sorvete, meio litro de leite. mas a sua cabeça não computa isso. você não consegue visualizar isso. então você bebe tudo como se fosse toddynho. mas, assim como eu aprendi, você agora já sabe o que é um milkshake. o que se passa ali dentro. congelado, fica beeeeem mais fácil entender que se trata de meia tonelada de açucar. assim como todo jovem que completa 18 anos deve se apresentar ao exército, acho que também deveria existir uma lei forçando a molecada a fazer esse teste. e mais, todo milkshake deveria vir com fotos como os cigarros. e no lugar de gente impotente e de pulmões podres, os milkshakes teriam fotos de barrigas enormes, celulite e cirurgia de redução de estômago. milkshake... aprecie com moderação.

segunda-feira, setembro 05, 2005

o alface, a chupadinha de macarrão, o naco de picanha preso nos dentes e o cardápio do primeiro encontro.

sempre achei engraçado primeiros encontros em restaurantes. acho que a grande maioria dos primeiros encontros acontecem num restaurante. o casal pode até ter se encontrado num bar, numa festa, na escola ou no trabalho. mas o primeiro encontro sério acontece numa mesa no canto de um restaurante que provavelmente foi indicado por alguém que já teve um primeiro encontro lá. bom, a idéia do primeiro encontro no restaurante, obviamente é chegar ao final dele com um segundo encontro programado. isso é claro, se tudo der certo. mas não vamos desviar do assunto deste textinho. que é o fato desses encontros acontecerem em restaurantes. porque é engraçado isso? bem, qualquer comida que você pedir pode influenciar diretamente no que pode acontecer. se você pedir uma salada, você pode passar o jantar inteiro com um pedaço de alface agarrado nos dentes da frente sem saber. lembre-se que a menina ainda não tem lá essa intimidade com você para avisar sobre o alface. se você pedir fetuccine, espaguete e similares, você tem que dar aquela chupadinha com barulho pra levar todo macarrão para a sua boca. ou, você morde o que cabe na sua boca e devolve o restante ao prato. ou seja, nada simpático para quem quer impressionar alguém. bom, aí você pensa: "hmmmm... acho que vou pedir um peixe com molho de maracujá!" se fodeu também. as chances de você ter que levar a mão inteira pra dentro da boca pra retirar uma espinha que ameaça te sufocar são enormes. filé acebolado. bafo de cebola. file sem cebola. aí, você fica sem o bafo, mas vai ter que esfregar a língua nos dentões lá de trás para liberar o naco de carne preso. é só por isso que eu acho engraçado o fato de primeiros encontros acontecerem em restaurantes. as variáveis que podem acabar, destruir com esse primeiro encontro são muitas. não sei, mas deve ser exatamente por isso que é assim. afinal, se você passar por esse teste.... significa que você é o cara. pourra, depois de traçar dezoito tipos de carnes jorrando sangue e de bochechar café, se a mulher encarar te beijar no final, é porque você mandou bem. e, se ela aceitar um segundo encontro mesmo depois de você passar a noite fazendo aquele barulhinho ensurdecedo ao chupar o espaguete, aí meu amigo, pode pedir bife a cavalo caprichado no alho e na cebola com dois ovos mal passados no próximo encontro. essa mulher te ama.

sexta-feira, setembro 02, 2005

o 'babe' cozido e o 'nemo' grelhado.

você já assistiu o filme "babe"? aquele do porquinho que conversa com os animais da fazenda? e "procurando nemo"? do peixinho que vai para um aquário e o pai passa o filme tentando salvar? dia desses, acho que foi domingo passado, assisti pequenas partes dos dois na televisão. quando existem mais de 60 canais na tv, as chances disso acontecer são grandes. primeiro vi o "babe" e depois o "nemo". o problema é que tudo isso aconteceu antes do almoço. uma meia hora antes. saí de casa com o babe e o nemo na cabeça. cheguei no restaurante cheio de fome. muita fome. o couvert evaporou em questão de segundos. se o garçom demorasse mais um milésimo para tirar a mão da minha frente, ao colocar a cestinha de pães na mesa, eu teria arrancado o dedo dele. bom, aí chegou o cardápio. a pessoa que estava a minha direita, pediu cachorro quente. e, a que estava a minha esquerda pediu peixe a milanesa. ou seja, eu estava prestes a testemunhar uma pessoa comer o babe, o porquinho atrapalhado do filme, com catchup, mostarda e maionese. e uma outra pessoa, o nemo, empanado com molho tártaro. você deve estar pensando que eu estou de putaria, exagerando. mas tente você mesmo, assistir "procurando nemo" e depois degustar um sashimi. ou melhor, alugue o dvd do "babe" e depois mastigue uma linguiça de porco suculenta. mas mastigue devagar. eu dúvido que você não tem uma pontinha de dó. de pena do peixe e do porquinho. a primeira coisa que vai vir a sua cabeça e o pai do nemo atravessando o mundo atrás do filho. tudo isso, para encontrar, ele, o nemo, sendo fatiado por você num restaurante qualquer. chegou a minha vez de escolher o que comer. eu pensei, pensei, pensei, olhei o cardápio de ponta a ponta. prato por prato. e decidi. pedi um frango grelhado com batatas. afinal eu consegui sair de casa antes de começar o desenho "a fuga das galinhas". vai, alugue o filme e faça o teste. aposto um pirulito qe você não passa.

quinta-feira, setembro 01, 2005

gente que conversa em elevadores.

não estou falando de um pequeno comentário sobre o tempo, as horas ou algo parecido. estou falando de pessoas que conversam coisas íntimas no elevador como se não existisse ninguém ao redor. vou dar um exemplo: "amor, você lembrou de jogar fora a fralda suja de cocô do nenem?" ou "diz aí, armando, você não acha que aquela menina do financeiro tá louquinha pra me dar?" ou "você se lembrou de rebobinar 'dando de 4 é mais gostoso'? tô cansada de pagar multa no vídeo clube!" bem, você entendeu. nada contra quem fala em elevador. só acho estranho. quer falar sobre o seu período mestrual no meio de estranho? beleza, não me importo em escutar. mas como é que uma pessoa não consegue esperar o elevador abrir a porta para confessar para o amigo que não foi capaz de segurar a bufa? quer saber as horas? onde vamos comer? beleza. que tesão louco é esse de falar coisas íntimas na presença de estranhos? será que dá uma onda? será que causa um formigamento na base da nuca? não sei, deve ser mais ou menos a sensação que as pessoas têm ao transar em estacionamentos de shopping, elevadores e banheiros de aviões. só pode ser. o elevador lá do meu prédio é pequeno. muito pequeno. cabem 6 pessoas prendendo a respiração. dia desses, uma mulher perguntou para o marido com quem ele tinha ido tomar chopp na noite anterior. gaguejando, ele emendou uns três nomes de amigos (aqueles três que são casados, e que toda mulher confia). tava na cara que estava mentindo. como o elevador é pequeno, a mulher notou que eu estava a par de tudo. ela olhou para mim, como se pedisse um veredito. eu cocei a sobrancelha direita e o elevaador chegou. quase entrei no meio de uma briga conjugal. vai dar meia hora de bunda. espera o elevador chegar e interroga o cara no carro. no subsolo do prédio, onde ninguém poderá testemunhar o crime de vingança. não fode.